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quarta-feira, 5 de abril de 2017

180 milhões de obesos no mundo sofrem de depressão



No Dia Mundial da Saúde (7/4), o psiquiatra do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre a obesidade e o diabetes tipo 2 e sua relação com a depressão 


O Dia Mundial da Saúde é celebrado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), nesta sexta-feira, dia 7 de abril. Para este ano, o lema da campanha mundial é Let’s talk (“Vamos conversar”, em português), que visa chamar a atenção da sociedade para o aumento no número de casos de depressão, transtorno que pode acometer pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida. 

A depressão é uma doença comum em todo o mundo, com uma estimativa de 350 milhões de pessoas afetadas. A condição é diferente das alterações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Em alguns casos, especialmente quando de longa duração, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde. De acordo com o psiquiatra do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Adriano Segal, quadros depressivos podem se manifestar com sintomas de baixa autoestima, apatia, falta de energia e dores físicas sem causas definidas, gerando perigosos efeitos no psiquismo e no organismo. A depressão também pode estar relacionada a outras doenças, dentre elas, duas altamente prevalentes na população mundial: diabetes tipo 2 e obesidade.

Até 30% dos diabéticos apresentam quadros depressivos e, segundo a OMS, 30% dos 600 milhões de obesos que buscam tratamentos para emagrecer têm depressão ao longo da vida.  

“Pacientes com obesidade e diabetes tipo 2 têm o dobro de chances de apresentar depressão. O aumento da prevalência dessas duas doenças é uma realidade mundial e pessoas com distúrbios psiquiátricos têm mais chances desenvolve-las. Isso sugere que essas três doenças, possam ter mecanismos fisiopatológicos em comum. De qualquer modo, são patologias com uma elevada relação”, explica.

De acordo com Dr. Adriano Segal, a presença de quadros depressivos não adequadamente tratados podem colocar em risco o tratamento do diabetes e da obesidade, assim como o de qualquer outra doença associada. O paciente pode perder a motivação em manter a rotina de remédios, atividade física e alimentação saudável, fatores extremamente importantes para manter o nível adequado de açúcar no sangue.

O diagnóstico do quadro depressivo é fundamental para ao paciente ter um tratamento adequado, possibilitando a melhora da sua qualidade de vida. A pessoa com quadro depressivo acaba tendo aumento dos níveis de estresse e consequentemente do estado inflamatório do organismo, podendo levar ao ganho de peso, e consequentemente, provocar resistência à insulina, hormônio essencial para o controle das taxas de glicose no sangue. O aumento da resistência insulínica ocorre quando o pâncreas passa a produzir mais insulina. Por conta desse ciclo, o órgão não consegue produzir mais o hormônio, elevando os níveis de açúcar no sangue e provocando diabetes tipo 2. 

Também existem os quadros depressivos que podem causar aumento de apetite e de peso, que são os eventos de depressões atípicas. Nesses casos, é preciso atenção, principalmente se o paciente tem predisposição genética para o diabetes. Além disso, obesos deprimidos têm maior chance de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce da depressão e do diabetes e o acompanhamento multiprofissional é fundamental para o tratamento das doenças físicas e emocionais.


Sobre o Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz 
Inaugurado em 2014, o Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é o único centro integrado da América Latina dedicado a oferecer atendimento para essas especialidades. Os pacientes contam com o diferencial de realizar diagnóstico, tratamento e acompanhamento em um só lugar. Para tanto, a equipe médica multidisciplinar é composta por endocrinologistas, cirurgiões bariátricos e metabólicos, cardiologistas, nefrologistas, ortopedistas, enfermeiros, oftalmologistas, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. O Centro já recebeu por duas vezes a certificação da Surgical Review Corporation (SRC) por oferecer um serviço médico de excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica. A certificação reforça também o comprometimento do Hospital com a ética e com os altos padrões de qualidade comparáveis aos melhores centros hospitalares do mundo.




 Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br




Erro médico e sua complexidade



Erros médicos no Brasil são um dos grandes problemas enfrentados pelo setor da saúde e também de sua judicialização. De maneira equivocada, chamamos de erro médico todas as intercorrências, falhas e complicações presentes na seara da prestação de serviços médicos hospitalares. Vale ressaltar que a esmagadora doutrina pátria considera erro médico desde o erro na administração de medicamentos por equipe de enfermagem até a falha técnica em um procedimento cirúrgico ou erro de diagnóstico.

Assim, observando-se a amplitude semântica do termo, pode-se dizer que os erros médicos são normalmente sistêmicos e não envolvem apenas o médico. Estatisticamente, as maiores complicações hospitalares ainda se relacionam ao erro de medicamentos, alguns sem consequências percebidas por pelos pacientes e seus familiares e outras que levam à morte.

Ao considerar as especialidades mais demandadas judicial e administrativamente, reconhece-se ser a ginecologia e obstetrícia e a cirurgia plástica aquelas que possuem mais questionamentos pelos pacientes. 

Importante dizer que a especialidade ginecologia e obstetrícia tem reclamações diretamente relacionadas aos partos e eventuais sequelas aos bebês, quer pela demora na realização do procedimento, quer por manobras que deixam algum tipo de sequela como é o caso de uma lesão de plexo braquial. Muitas das reclamações originam-se de atendimentos na rede pública, considerando claro haver maior número de partos normais pela rede.

Nos casos envolvendo estética, raramente há um erro técnico, mas sim a insatisfação das pacientes, uma vez que nem sempre o corpo responderá da forma desejada pelo profissional e pelas pacientes. E, por vezes, faz-se necessário repetir procedimentos – o que desagrada a muitos pacientes. 

Esse, porém, é um indicador de um problema que tem trazido muitas condenações aos médicos e instituições de saúde: a ausência de informações claras e objetivas sobre diagnóstico, terapêutica, prognóstico e, em especial, sobre intercorrências e possíveis resultados.

O ideal para minimizar os problemas nos casos cirúrgicos é realizar um checklist, tais como a identificação correta do paciente, do membro e lado a ser operado, da indicação cirúrgica, da disponibilidade do material necessário ao procedimento, da ciência dos deveres do acompanhante e outros aspectos.

A avalição anestésica deve ocorrer sempre nos casos da cirurgia eletiva, preferencialmente, com antecedência ao ato cirúrgico – nunca no próprio ato. Utilizar um sistema com dupla checagem para dispensação e aplicação de medicamentos é essencial em um hospital, haja vista a quantidade de medicamentos a serem ministrados – em especial em enfermarias  dos atendimentos de urgência e emergência.

Termos de consentimentos usados para cirurgias e também em outros procedimentos envolvem o paciente nos atendimentos, proporcionando-lhe maior consciência de seus deveres, uma vez que os cuidados com a  saúde são de responsabilidade de cada um e dos familiares. Ciente dos procedimentos, o paciente será um coadjuvante muito importante. Daí ser essencial um Termo específico para cada procedimento, sem informações genéricas ou que sejam tão técnicas a ponto de o paciente não as compreender.

Os protocolos médicos são essenciais para se evitar erros médicos. Os protocolos são criados por juntas de profissionais especializados em determinados procedimentos – levam em consideração as evidências, artigos científicos e possuem fundamentação dentro de determinado tempo – isso porque devem ser constantemente atualizados, haja vista a frequente inserção de novas tecnologias em equipamentos e medicamentos.
Um protocolo, porém, não é  vinculante – há casos em que pacientes diferentes demandam tratamentos que podem não estar em consonância com protocolos; no entanto, caberá ao médico justificar a não adoção de um protocolo.

Juridicamente, os protocolos são norteadores. Se observados e houver uma complicação prevista em literatura, dificilmente uma ação será julgada procedente pelos magistrados. E, na hipótese de o médico não ter observado os protocolos por negligência, as chances de uma condenação aumentam consideravelmente diante de um dano ao paciente. A regra deve ser observar os protocolos e segui-los. A exceção precisará ser sempre justificada.

A tecnologia também pode auxiliar, principalmente, na segurança do paciente. O registro de todas as informações dos pacientes em arquivo eletrônico, que podem ser consultados por outros médicos (e colaboradores autorizados) para o acompanhamento e evolução do paciente, é por si revolucionário. Máquinas de exames de imagens, em especial, revelam patologias antes dificilmente detectáveis – radiografia, ultrassom e ressonância magnética são hoje essenciais para certos diagnósticos.

Já existem experiências com robôs que podem ministrar medicamentos, observando a dosagem, a indicação da substância, a via de acesso do medicamento, com alto índice de precisão.  Aplicativos lembram os pacientes em suas casas dos medicamentos que devem tomar e condutas saudáveis a seguir.

Entretanto, deve-se acentuar que sempre caberá ao ser humano alimentar as máquinas com dados e sempre será do ser humano a capacidade de observar os pacientes, suas reações, suas aspirações e necessidades. A tecnologia é um auxiliar fantástico, mas o cuidado humano é decisivo para garantir a segurança. E os erros, sejam dos médicos ou de equipes da saúde, são passíveis de punições e processos judiciais, em alguns casos milionários.

À parte as indenizações, o erro deve ser um condutor para a renovação e consequente  reavaliação de processos internos e de formação dos profissionais de saúde. Essa é a chave para mudanças: reconhecimento das falhas e busca de soluções em conjunto.







Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos (SP), presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde, membro do Comitê de Ética da UNESP para pesquisa em seres humanos e Doutoranda em Saúde Pública.





Campanha de vacinação contra gripe da CAA-PR começa nesta quinta-feira em todo o Paraná



  A novidade na campanha neste ano de 2017 é que os advogados deverão antecipar a compra das doses pelo site da CAA-PR

Começa nesta quinta-feira (6) a Campanha de Vacinação Antigripal 2017 da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná. A aplicação da vacina terá início em todo Estado, dentro do projeto da CAA-PR +Saúde.

A novidade na campanha neste ano de 2017 é que os advogados deverão antecipar a compra das doses pelo site da CAA-PR no link www.caapr.org.br/vacinacao2017.php Pelo site o advogado vai escolher a Subseção, a data e horário em que irá tomar a vacina, indicar o número da OAB e apresentar o nome dos dependentes estatutários (cônjuges e filhos até 25 anos). Cada advogado tem direito a quatro doses da vacina. A aplicação das doses estará condicionada ao pagamento que poderá ser por boleto bancário, cartão de crédito ou débito. A mudança visa agilizar o atendimento.

Com subsídio da CAA-PR os valores cobrados pelas doses estão abaixo dos preços praticados no mercado. Neste ano de 2017 os valores são de R$25,00 para advogados e R$55,00 para dependentes estatutários. As vacinas serão oferecidas gratuitamente para funcionários e estagiários da CAA-PR e OAB-PR.

A vacina que será aplicada tem formulação tetravalente (H1n1, H3n2 e duas cepas Influenza B), com novas cepas 2017, aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina do laboratório GSK (Glaxo Smith Kline), licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é indicada para adultos e crianças a partir de 3 anos.

"Nesta gestão estamos priorizando a saúde dos advogados e seus dependentes e a campanha de vacinação contra a gripe é uma das nossas ações. Com subsídio da CAA oferecemos doses com preços especiais e mais uma vez somos a primeira Caixa de Assistência do Brasil a iniciar a campanha de vacinação contra a gripe", destacou Artur Piancastelli, presidente da CAA-PR.

Vacinação
Em Curitiba a vacina será aplicada na sede da CAA-PR, no 2º andar da sede da OAB Paraná a partir da quinta-feira (6) e no Edifício Maringá a campanha tem início na sexta-feira (7). O horário de vacinação será das 9h às 18 horas, até o dia 20 de abril, mediante agendamento prévio. Nas demais cidades a vacinação irá ocorrer na sede das Subseções conforme datas e horários disponíveis para agendamento no momento de compra das doses de vacina. Algumas Subseções ainda estão fechando a data de campanha para liberar o agendamento. Clique aqui para conferir http://www.caapr.org.br/vacinacao2017.php




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