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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Epilepsia: como fazer a diferença no momento de crise



 Informação, respeito e prontidão para ajudar são fundamentais para a inclusão dos pacientes na sociedade


São diversas as manifestações possíveis quando o assunto é epilepsia. Por isso, é necessário entender não só quais são elas, mas como agir ao presenciar uma crise e ajudar o paciente. Muitas vezes, essa primeira assistência pode ser decisiva para um diagnóstico precoce e/ou auxílio ao tratamento.

A crise epiléptica é regularmente confundida com outras enfermidades, uma vez que é comum se associar a fatores como febre alta, abuso de drogas ou distúrbios metabólicos. A crise, principal sintoma da epilepsia, deve-se a uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. "Na realidade, a doença epilepsia tem várias causas  como traumas na cabeça, problemas durante o parto ou até um tumor", salienta a Dr. Maria Luiza Manreza, doutora em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, há, até o momento, cerca de 3 milhões de brasileiros com o diagnóstico da doença, que é clínico com base na história relatada pelo paciente, seus familiares ou pessoas que presenciaram as crises epilépticas, o que mostra como é importante ter conhecimento acerca das características da doença. Exames complementares como o eletroencefalograma (EEG) e de neuroimagem, como a tomografia e a ressonância magnética, ajudam na confirmação do diagnóstico, na caracterização do tipo de crise epiléptica e na definição da causa da epilepsia.

A manifestação mais conhecida é a "crise tônico-clônica generalizada ou crise grande mal", em que o paciente apresenta uma convulsão na qual perde a consciência e contrai os músculos do corpo podendo cair no chão, salivar excessivamente, morder a língua, respirar de forma ofegante e até urinar. Já a "crise de ausência", menos popular e mais recorrente na infância, é caracterizada por um "desligamento", em que o paciente fica com o olhar fixo e perde o contato com o meio por alguns segundos, voltando depois como se nada tivesse ocorrido.

Outro tipo de crise generalizada é a "crise mioclônica", em que ocorrem movimentos bruscos, muitas vezes como um choque, e os pacientes podem derrubar ou mesmo jogar objetos que tenham nas mãos. Essas crises geralmente ocorrem no período da manhã, após o despertar, facilitadas pela falta de sono ou excesso de estresse. Muitas vezes passam despercebidas por quem está por perto, principalmente quando ocorre na adolescência, momento em que "movimentos desajeitados" são considerados mais frequentes. Todo esse cenário retarda o diagnóstico e consequentemente o tratamento, o que pode agravar certos quadros.

As crises epilépticas podem ser ainda "focais", quando comprometem áreas mais restritas do cérebro. Elas podem ocorrer com ou sem perda da consciência e as manifestações clínicas são variáveis dependendo da área do cérebro que foi acometida. Uma das formas mais comuns são aquelas caracterizadas por dor na região abdominal seguida de perda de consciência e movimentos automáticos nas mãos ou mesmo na boca. Certas crises podem ainda ser confundidas com distúrbios psiquiátricos, visto que os sintomas podem envolver alucinações  ou experiências similares a um sonho.

Algumas medidas que podem ser tomadas durante as manifestações da epilepsia podem aliviar a tensão do paciente e até mesmo salvar vidas. "No caso de crises convulsivas, por exemplo, o procedimento é afastar objetos que possam machucar o paciente, apoiar sua cabeça virando-o de lado para não deixar ocorrer o acúmulo de saliva ou que haja a possibilidade de engasgamento e, por fim, esperar que passe", reforça a neurologista.

O papel de quem presencia uma crise faz a diferença. A compreensão é o primeiro passo para se tornar capaz de auxiliar uma pessoa que convive com a doença, além de contribuir para que ela não seja marginalizada socialmente. Informar-se, respeitar e estar pronto para ajudar é fundamental para colaborar com a inclusão dos pacientes na sociedade. 




Fonte: UCB Biopharma



Nutrição nos primeiros estágios da vida – a base para a saúde e o bem-estar ao longo dos anos





A nutrição nos primeiros estágios de vida representa uma oportunidade única de causar um impacto positivo no futuro da saúde de cada bebê. A nutrição é a base para o desenvolvimento saudável, crescimento, aprendizagem e desempenho durante os primeiros anos de vida.
Por isso, além de nos focarmos no bebê após o nascimento, o atual entendimento da nutrição nos primeiros estágios de vida também abrange o período pré-natal. Assim, para nos beneficiarmos plenamente da nutrição sob medida durante os "primeiros 1000 dias", devemos começar desde o início da gravidez.

Nutrição durante a Gravidez – Comer por dois?
A resposta a esta velha questão é tanto "não" quanto "sim". Por um lado, as mulheres grávidas devem evitar a ingestão excessiva de calorias, que resultam em ganho de peso, para prevenir complicações e melhorar as condições da gravidez. Por outro lado, elas devem certificar-se de que estão atendendo ao aumento da demanda por nutrientes essenciais, principalmente aquelas mulheres que já estão comprometidas nutricionalmente.
Há um consenso global entre a comunidade médica de que a ingestão em níveis suficientes de ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é de extrema importância durante a gravidez. As sociedades de pediatria e nutrição, em todo o mundo, estão gradualmente introduzindo os níveis de ingestão adequados. Esse é o primeiro passo para a nutrição eficaz e saudável de um bebê.

Leite materno – O “superalimento” universal para os bebês
O leite materno é o alimento ideal para os bebês. É por isso que a Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses e, após esse prazo, amamentação pelo máximo de tempo possível. O leite materno atende às necessidades dos bebês, fornecendo nutrientes adequados às diferentes fase de desenvolvimento. Uma mãe que amamenta gera cerca de 800 ml de leite/dia, em média. Isto leva a um aumento das necessidades de energia, e de macro e micronutrientes.
Um aumento das necessidades de energia e proteínas é mais fácil de ser suprido com a ingestão diária de alimentos, enquanto os nutrientes essenciais, tais como vitamina D, ácido fólico, ferro, zinco, iodo, cálcio e ácido graxo, e ômega-3 DHA podem exigir um esforço adicional. Formuladores que customizam suplementos para as mulheres que amamentam têm uma responsabilidade importante de atender às necessidades vitais da mãe e da criança. Esta responsabilidade é estendida ao escolher os fornecedores de ingredientes, dando preferência àqueles que garantem uma qualidade consistente.

Fórmulas Infantis – A melhor escolha caso não seja possível amamentar
As fórmulas infantis são a escolha certa quando a mãe não pode ou opta por não amamentar o seu bebê. Estas fórmulas possuem uma composição semelhante a do leite materno, podendo ser utilizada para a alimentação exclusiva ou em combinação com leite materno. Para refletir as variações no leite humano durante o período de lactação, existem dois tipos: fórmulas iniciais (desde o nascimento até 6 meses) e fórmulas de transição (a partir de 6 - 12 meses de idade). As principais diferenças entre as fórmulas iniciais e de transição estão relacionadas ao tipo e quantidades de proteínas e carboidratos.
Um fator importante sobre a nutrição infantil é a segurança. É fundamental evitar a contaminação da fórmula durante o processamento e manuseio. Avanços em embalagens e aplicação, como os formatos prontos para consumo e porções individuais, são passos importantes para tornar os produtos mais seguros. Por isso, deve-se garantir que os fornecedores de ingredientes para as fórmulas sejam os mais recomendados e com níveis de qualidade excelentes. Essa escolha tem um impacto muito grande quando falamos de uma nutrição segura e eficaz.

Leite de crescimento (Growing-up milk) – Elaborado para preencher a lacuna nutricional
Em uma fase mais avançada da primeira infância, o leite de crescimento é uma importante fonte de nutrientes para as crianças pequenas. Novamente, há dois tipos de produtos: leite para crianças entre 12 e 36 meses e o leite pré-escolar (para crianças de 3 anos ou mais).
Nos países desenvolvidos, a necessidade do leite de crescimento é algumas vezes debatida. Crianças menores que 1 ano de idade seriam capazes de consumir alimentos normais e várias recomendações nutricionais são estabelecidas para  planos alimentares específicos por idade. No entanto, é difícil cobrir as necessidades nutricionais das crianças através de uma dieta equilibrada, composta exclusivamente de alimentos naturais e não fortificados, o que reflete os desafios ao introduzir os alimentos da família.
O leite de vaca, por outro lado, não é a melhor opção para compensar a deficiência de micronutrientes, pois possui níveis muito elevados de proteína. O alto consumo de proteínas durante a infância deve ser evitado, uma vez que pode levar a um risco aumentado de sobrepeso e obesidade na infância e na vida adulta.
Recentemente, um painel de especialistas concluiu que o leite de crescimento é uma fonte importante de nutrientes, não só para as crianças em risco de desnutrição protéico-energética. Ele também compensa deficiências nutricionais que podem ocorrer na fase de transição da nutrição infantil para a nutrição familiar ou como consequência do estilo de vida agitado ou escolhas alimentares inadequadas na família.

Quais nutrientes demandam atenção especial durante a Nutrição nos Primeiros Estágios de Vida?
DHA – Food for thought (alimento para o raciocínio)
O ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é um componente integral da membrana celular e, como tal, está envolvido na funcionalidade de células normais, especialmente na retina e no cérebro. Há provas convincentes de estudos em humanos de que o DHA aumenta significativamente o desenvolvimento da acuidade visual.
A primeira infância é a fase fundamental do desenvolvimento do cérebro: um salto de crescimento especial ocorre a partir do último trimestre da gravidez até os 2 anos de idade. Com a idade de 5 anos, a massa cerebral terá aumentado cerca de 3,5 vezes em relação ao nascimento e em torno de 90% da arquitetura cerebral já está estabelecida. Sendo baixa a formação natural de DHA, o fornecimento nutricional adequado é essencial para assegurar condições ótimas para o desenvolvimento estrutural do cérebro, crescimento dos neurônios e diferenciação.
Além desses benefícios comprovados no desenvolvimento estrutural do cérebro, o DHA parece ter um impacto direto sobre as funções cognitivas. Estudos recentes trazem evidências de que a suplementação com DHA em crianças melhora significativamente o desempenho cognitivo na aprendizagem, memória e velocidade de processamento da informação em crianças. Estes são fatores importantes em uma ampla gama de competências como raciocínio e resolução de problemas.
Considerando que a ingestão de DHA de um bebê ou de uma criança é geralmente baixa, a suplementação adequada de DHA (através do leite de crescimento) pode contribuir significativamente no alcance das metas de desenvolvimento da criança. Escolher um fornecedor com expertise na produção de um DHA com baixo sabor residual, ajuda a garantir formulações mais saborosas.

Vitamina D – Argumentos fortes para ossos fortes
Artigos publicados nos últimos anos discutem as implicações da insuficiência de vitamina D em uma infinidade de plataformas de saúde. A vitamina D nos primeiros estágios de vida é mais relevante para a prevenção de raquitismo e para garantir funções imunes normais e, portanto, apoiar o crescimento e desenvolvimento normal.
Apesar da consciência generalizada, a situação do suprimento real em mulheres grávidas, bebês e crianças é alarmante e já foi identificado que a alta prevalência de insuficiência de vitamina D em mulheres grávidas e crianças está em todas as partes do mundo. Assim, a prevalência de raquitismo está aumentando. Um grupo mundial de especialistas publicou recentemente as Recomendações Consensuais sobre a Prevenção e Gestão do Raquitismo. Os especialistas defendem a suplementação de vitamina D para todas as mulheres grávidas (600 U.I/dia) e bebês (400 U.I/dia), independente do modo de alimentação.

Para onde vamos?
Muitos estudos lançam luz sobre conexões potenciais entre a saúde de adultos e o estado nutricional durante os primeiros 1000 dias de vida. Por exemplo, sabemos hoje que a saúde e o estado nutricional das mães durante o período pré-natal, e mesmo na fase pré-concepção, está ligado ao risco de obesidade e desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Alimentar a mãe e o bebê é - e continuará sendo - o principal tema da Nutrição nos Primieros Estágios de Vida. Novas perspectivas animadoras na área da epigenética e programação metabólica irão abrir novas oportunidades para as estratégias nutricionais dos formuladores. Com as evidências científicas já estabelecidas, fica claro que o apoio nutricional, para a mãe e para o bebê, é fundamental para a saúde e o bem-estar ao longo da vida das crianças.

Marianne Heer - gerente de Marketing Científico de Nutrição Humana, BASF

Cinco sinais que podem detectar o câncer de mama masculino




Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), traz cinco orientações para alertar os homens sobre um possível caso de câncer de mama 


Assim como as mulheres, homens também apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe um alto percentual de mortalidade. Em cerca de 100 casos da doença, apenas um ocorre no sexo masculino. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados 1910 casos e, na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam realizar a mamografia anualmente.

“Existe um problema muito comum que faz com que os homens não procurem um médico por questões de machismo, pois não passa pela cabeça de ninguém que o homem pode desenvolver um câncer de mama. Por isso, qualquer mudança suspeita na região mamária, é preciso procurar um especialista para que o câncer não seja descoberto tarde demais”, explica Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas).

Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso que o homem realize o exame de autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos para frente, que é a faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama masculino.

Abaixo, o especialista destaca os cinco principais fatores que podem ser importantes na hora de detectar um câncer de mama no homem:

1- Genética: Se existir um caso alguma mulher (tia, mãe, avó) com câncer de mama na família, as chances do homem desenvolver aumenta discretamente, mas se for relacionado à mutação do BRCA, aumenta bastante. Para isso, é recomendável que o homem faça uma pesquisa de mutação para saber se terá chances de desenvolver a doença. Além disso, existe uma síndrome genética, associada ao alto nível de estrogênio, uma condição que aumenta o índice câncer de mama em homem, principalmente quando tem a mutação do gene BRCA. Se, por exemplo, um homem no qual a irmã/mãe teve câncer de mama, as chances são maiores, por isso, é preciso ser feito um acompanhamento mais de perto.

2- Hormônios: O principal motivo pelo qual as mulheres apresentam câncer de mama com mais frequência do que os homens são os hormônios. A mulher produz muito mais estrógeno do que o homem. A maioria dos cânceres de mama femininos se desenvolve por conta de hormônios sensíveis. O homem apresenta uma baixa taxa se estrógeno no corpo, contendo mais testosterona, que não leva a este tipo de câncer.

3- Caroço na área do tórax: Como os homens não tem o costume de realizar exames mamários frequentemente é preciso que se atentem a alguns sintomas suspeitos. Caroço na área do tórax é dos principais sintomas do câncer de mama masculino que pode ser acompanhado de inchaço nos linfonodos axilares.

4- Retração na pele: Em situações mais avançados da doença, também pode ocorrer uma retração do mamilo, ou seja, um inchaço significativo ou distorção da pele, em alguns casos acompanhados de sangue na região. Quando estes sinais são detectados, é imprescindível que se procure um médico para saber o diagnostico correto.

5- Cirrose/alcoolismo/obesidade: Pacientes com distúrbios do fígado (cirrose, alcoolismo e obesidade) correm mais risco de desenvolver câncer de mama e, quanto mais velho o homem for, maior a possibilidade de a doença aparecer. Na maioria das vezes o homem com câncer de mama procura uma orientação quando a neoplasia ainda está no começo, dificultando o tratamento. Quando mais cedo o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, já que a mamografia masculina não é recomendada como um exame de rotina, homens que estão na área de risco de desenvolver um câncer de mama, precisam realizar o autoexame.




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