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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Assunto do momento: nutricionista explica quem não deve consumir glúten e lactose




A dupla está em alta por conta das intolerâncias relacionadas a ela

As especificações “Não contém glúten” e “Não contém lactose” são cada vez mais comuns de se ver nas prateleiras dos supermercados. A dupla é o assunto do momento e o mercado se adaptou às necessidades daqueles que têm doença celíaca, no caso do glúten, ou algum grau de intolerância a esses alimentos e estão cada vez mais conscientes de seus problemas.

O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte, que ajuda a dar a “liga” para algumas preparações, como pães e massas, por exemplo. Segundo a nutricionista Bianca Naves, do NutriOffice, “de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos, cerca de 1% da população apresenta doença celíaca”. A nutricionista explica que “esta é uma desordem sistêmica autoimune que acontece devido à ingestão de glúten, e que causa uma inflamação crônica nas paredes do intestino delgado”.
Entretanto, Bianca afirma que “a dieta gluten free está na moda, mas é preciso ter cuidado, pois tirar essa proteína do dia a dia não significa perder peso, ao contrário do que muitos acreditam”. Ela explica que “apenas aqueles que têm doença celíaca ou hipersensibilidade ao glúten precisam eliminar a proteína da alimentação e substituir os produtos à base de trigo, aveia, centeio, cevada e malte por outros que não contenham glúten, como farinhas e preparações que sejam à base de milho, mandioca e arroz, como é o caso do amido de milho, tapioca e farinhas de milho e de arroz, por exemplo”.

Já a lactose é o açúcar naturalmente presente no leite e em alguns laticínios. Bianca explica que “os intolerantes à lactose apresentam baixa produção da enzima que digere a lactose no intestino, o que pode provocar sintomas como gases e diarreia”. Esses indivíduos devem, portanto, restringir o consumo de lactose, mas a nutricionista afirma que “o cálcio, presente nos alimentos lácteos, é muito importante para o corpo humano, portanto os intolerantes à lactose podem substitui-los por bebidas que sejam fortificadas com esse mineral, para garantir seu consumo adequado, como é o caso da bebida à base de soja, por exemplo”.

Ambos, glúten e lactose, estão presentes em alimentos importantes e necessários para uma alimentação saudável e equilibrada. A nutricionista diz que “é comum ter alimentos tratados como vilões, e de tempos em tempos esses produtos mudam. Hoje, a bola da vez é o glúten e a lactose, mas a retirá-los do cardápio só é considerado necessário para quem realmente precisa”.



BULLYING: ATÉ QUANDO?




Como saber se seu filho está sendo vítima de bullying? Primeiramente, saiba o que é o bullying. O problema envolve um comportamento agressivo (seja por palavras ou atitudes), repetitivo, feito por alguém que exerce algum tipo de poder ou intimidação sobre outra pessoa do mesmo nível hierárquico (diferente do assédio moral, quando é exercido por alguém de nível hierárquico superior sobre um subalterno).

O comportamento de domínio é muito frequente em animais que vivem em grupos: tipicamente, o macho-alfa exerce um poder sobre os demais machos, determinando uma hierarquia/ordem social no grupo. Entre os seres humanos, esse comportamento foi sendo inibido à medida que foi se constituindo a civilização humana. Em certo sentido, os humanos estabelecem um “acordo” em que a hierarquia e as regras são respeitadas, seja pelas leis impostas pela sociedade, seja por um acordo implícito entre as partes.

Só que, na prática, essa interação é bem mais complexa, pois envolve personalidades e temperamentos diferentes. Pensando no modelo da psicanálise freudiana, o ID representaria a instância instintiva, presente já no nascimento, e exercendo seu impulso “indiscriminadamente”. Aos poucos, especialmente na fase de elaboração do complexo de Édipo, a criança incorporará limites dentro de si mesma, o que virá a constituir o SUPERGO, a instância psíquica moral do ser humano, responsável pelo controle dos impulsos do ID. Por sua vez, estas duas também serão mediadas pelo EGO, que funcionaria como uma espécie de gestor de ambas frente à REALIDADE. As características de cada indivíduo de certo modo serão responsáveis pela maneira como este interagirá socialmente.

As crianças, obviamente, não nascem sabendo de tudo isso. É preciso ensiná-las a respeitar limites e os demais seres humanos. De certo modo, elas aprendem a domar seus próprios instintos e desejos, inclusive o de dominar seus pares. Este é um dos papéis fundamentais dos pais, os primeiros e mais importantes modelos que a criança toma para aprendizado das regras sociais. É importante lembrar que cada criança, desde cedo, começa a demonstrar seu temperamento e suas características de comportamento: umas mais tímidas, outras mais extrovertidas... E essas características serão moldadas ao longo do tempo, conforme o ambiente familiar e social. Aspectos culturais também devem ser levados em conta. Especialmente em relação aos meninos, que são cobrados desde cedo a se tornarem corajosos e fortes no contexto social ao qual pertencem.   

Vale lembrar que a função das escolas é ensinar, e não educar. Essa responsabilidade é dos pais. É bastante frequente que os pais se abstenham deste papel e deleguem às escolas uma função que não é delas. Se uma criança não tem capacidade de se conter e respeitar os colegas (e de se fazer respeitar), trata-se de um problema já instalado, provavelmente originado da educação em casa. Será preciso que os pais mudem seu modo de lidar com a criança, tentando corrigir o que não foi ensinado no momento certo. Muitas vezes, é necessário que os pais procurem orientação/psicoterapia para que seja possível rever os limites da criança.

As vítimas de bullying, em geral, tem algum tipo de característica de fragilidade ou vulnerabilidade que as faz ser tornar alvo do intimidador (“buller”). Pode ser algum aspecto físico (a criança “gordinha” ou “baixinha”, por exemplo) ou psicológico (a criança “tímida” ou mais “infantil”, em comparação com as demais). As vítimas do bullying têm vergonha de contar o que estão sofrendo. Cabe aos pais detectar as mudanças no comportamento da criança (não querer ir à escola, mostrar-se triste ou angustiada quando chega a hora de ir à escola, não demonstrar interesse em participar das atividades no recreio, entre outras).

Um aspecto particular do bullying que tem se tornado muito preocupante e atinge mais especialmente os adolescentes é o “cyberbullying”. Trata-se do bullying exercido através do uso da internet, através do uso de redes sociais (por exemplo, Facebook) ou de sistemas de comunicação de grupo (por exemplo, WhatsApp). Frequentemente, estão associadas a “sexting” (fusão das palavras “sex” e “texting”), a troca de mensagens, fotos ou vídeos de conteúdo erótico explícito através do celular. Em situações extremas, nas quais uma pessoa tem uma situação íntima exposta publicamente a milhares de pessoas, as vítimas têm, infelizmente, chegado a cometer suicídio. As meninas costumam ser as principais vítimas.

As abordagens para manejo tanto do agressor quanto da vítima são, principalmente, de base psicoterápica. Para o “buller”, o trabalho envolve amenizar seu comportamento agressivo. Já para a vítima do bullying, a terapia ajuda a superar a dificuldade de se expressar e se defender. Em ambos os casos a orientação ou terapia dos pais é indicada, uma vez que estes muitas vezes se sentem “perdidos” e não conseguem lidar adequadamente com seus filhos.



Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra e psicanalista, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. (CRMSP 34330).



Obesidade pode aumentar risco para 13 tipos de cânceres



A obesidade pode aumentar o risco de ocorrência para 13 tipos de cânceres. É o que apontam estudos atuais que relacionam as duas doenças. 

Segundo o especialista em cirurgia metabólica do Hospital São Luiz e da clínica Franco & Rizzi, Dr. Roberto Rizzi, as pesquisas mostram que as células de gordura também podem ter efeitos diretos e indiretos sobre vários mecanismos que atuam como reguladores de crescimento de tumores.

 O National Cancer Institute, por meio de pesquisas realizadas dentro do programa Surveillance, Epidemiology, and End Results (SEER), estimou que, em 2007, nos Estados Unidos, cerca de 34 mil novos casos de câncer em homens (4%) e 50.500 em mulheres (7%) foram devido ao excesso de peso. Esse percentual variava para diferentes tipos da doença, mas em alguns casos era alto, chegando aos 40%, especialmente quando se tratava de câncer de endométrio e adenocarcinoma de esôfago. 

A pesquisa, explica dr. Rizzi, apontava fatores que podem relacionar as duas doenças. Dentre eles, a de que o tecido gorduroso produz quantidades excessivas de estrogênio, hormônio que tem sido associado com o risco de cancro da mama, do endométrio e alguns outros. Outra questão é que obesos geralmente têm elevados os níveis de insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1) no sangue, que podem promover o desenvolvimento de tumores. Além disso, as células de gordura produzem hormônios, chamadas adipocinas, que podem estimular ou inibir o crescimento celular. “Já foi apontado que a leptina é mais presente em pessoas obesas e parece ajudar na proliferação de células, enquanto que a adiponectina, menos abundante em obesos, teria efeitos anti-proliferativos”, diz o médico.


Quais tipos de câncer são afetados pela gordura excessiva?
A pesquisa mostrou que os tipos de câncer mais comuns em pessoas obesas incluem cancros da mama, intestinos, útero, esôfago, pâncreas, rim, fígado, estômago superior (cárdia), vesícula biliar, ovário, tireóide, mieloma e meningioma. E a lista inclui dois dos tipos mais comuns de câncer - câncer de mama e do intestino - e três dos mais difíceis de tratar - pâncreas, esôfago e de vesícula biliar.


Por que o sobrepeso excessivo é relacionado a tantos tipos de câncer?
As células de gordura no corpo são ativas e produzem hormônios e proteínas que são liberados na corrente sanguínea e transportadas ao redor do corpo. “Eles são distribuídos pela circulação e assim podem afetar várias partes do corpo, e aumentar o risco de vários tipos diferentes de cancro”, lembra Rizzi.

Outra questão é que as células de gordura podem também atrair células do sistema imunológico e estas células liberam substâncias químicas que causam a inflamação de longa duração, o que pode aumentar o risco de cancro.   


Mudanças hormonais, excesso de peso e cirurgia metabólica
O fato é que o excesso de gordura mexe com os níveis de hormônios como estrogênio e testosterona e isto pode aumentar o risco de cancro. Já o hormônio insulina, que diz respeito a como nosso o corpo usa a energia do alimento, é encontrado em excesso no corpo de pessoas obesas, o que afetaria os níveis de fatores de crescimento e também interferiria no surgimento de câncer.

“Diante de tantas evidências que apontam haver uma correlação entre o ganho de peso e alguns tipos de câncer, a cirurgia metabólica pode proporcionar a perda de peso e reduzir a mortalidade relacionada à obesidade”, diz o cirurgião. Também o paciente operado pode melhorar ainda diminuir os riscos cardiovasculares e curar casos de diabetes.

A operação também está associada com uma redução significativa da incidência de câncer. “A cirurgia proporciona benefícios diversos. Temos, além de ganho de qualidade de vida e redução de comorbidades como diabetes e hipertensão arterial, a queda dos índices de vários tipos de tumores cancerígenos ”. E segundo ele, quando o tratamento clínico falha é hora de pensar seriamente no cirurgico. “Manter um peso excessivo pode ser o mesmo que assinar uma sentença de morte, porque a obesidade abre precedentes para várias doenças e agora, como vemos, até para o câncer”.



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