Cerca
de 90% da população mundial apresenta o vírus do herpes simples (HSV) em latência no organismo
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
inicia em novembro a Campanha Nacional de Conscientização sobre Tratamento e
Prevenção do Herpes Simples, iniciativa realizada com o
apoio do Aché Laboratórios. A proposta é sensibilizar médicos, redes de
farmácias e a população sobre o vírus que atinge 90% das pessoas no mundo,
levando material educativo de forma continuada para este público. A
manifestação da doença ou a crise do herpes simples afeta
40% dos indivíduos e, desse total, 10% sofrem com até seis episódios de crise
por ano - períodos em que lesões surgem principalmente ao redor da boca e na
região genital, causando dor e importante constrangimento social. É durante as
crises que o portador tem mais chance de transmitir a doença.
“Diante da alta incidência, da grande possibilidade
de contágio e distúrbios causados pelo herpes simples,
somado ao grande desafio de educação da população sobre o tema, a Sociedade
Brasileira de Dermatologia decidiu lançar esta campanha em todo território
nacional, que contará com o apoio de todos os médicos dermatologistas e redes
de farmácias. Temos certeza que todos aqueles que trabalham em prol da saúde e
bem-estar da população têm a consciência da importância da iniciativa para
melhorar ainda mais a saúde dos brasileiros”, afirma Gabriel Gontijo,
presidente da SBD.
Como apoiador, o Aché fará ações informativas por
meio de visitas a médicos, anúncios em revistas médicas, além de comunicar a
campanha para toda a base de seu programa de relacionamento Cuidados pela Vida
(CPV), com mais de 5,5 milhões de pessoas.
Tratamento e prevenção
O Herpes Simples é uma
doença infectocontagiosa causada pelo vírus herpes
simples (HSV-1 e HSV-2). Se não for tratado adequadamente, o herpes
simples pode trazer complicações ao organismo. “A doença não tem cura, mas o
tratamento e a prevenção adequada poderão diminuir a duração e o número das
crises. Além dos medicamentos antivirais que inibem a replicação do vírus,
temos possibilidade de instruir a população no sentido de identificar os
fatores desencadeantes e prevenir as crises", explica Gontijo.
Tipos de herpes
Existem dois tipos de vírus de herpes
simples (HSV), o tipo 1 e o 2. Embora ambos tipos possam atingir tanto a área
genital como demais áreas do corpo, o HSV-1 é o agente responsável pela maioria
dos casos de herpes simples labial (região ao redor da
boca), enquanto o HSV-2 é o principal causador de herpes
simples genital (área ao redor da vulva, do pênis ou do ânus).
A primeira infecção pelo herpes
labial é a mais grave e ocorre mais frequentemente na infância. Mas pode
acontecer em qualquer fase da vida, por meio do contato com a saliva ou outras
secreções contaminadas. As formas mais comuns de contágio são por meio do
contato físico, beijo, sexo oral, gotinhas de saliva liberadas ao falar e
objetos contaminados (compartilhamento de copos, batons, canudinhos, picolés,
cigarros, etc). Geralmente, a manifestação da crise inicia-se com coceira e
ardor no local em que surgirão as lesões. São mais comuns nos lábios, porém
também ocorrem no nariz, no queixo, na gengiva e no céu da boca.
O herpes simples genital é
uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), onde 80% a 90% dos casos são
causados pelo HSV-2. No entanto, o contágio também pode ocorrer por meio do
HSV-1, sendo que a primeira infecção ocorre normalmente na puberdade, com o
início da vida sexual. Na crise, seu sintoma tipicamente aparece como uma ou
mais vesículas sobre ou em torno dos genitais e do reto. As vesículas rompem-se
e deixam feridas que podem levar de duas a quatro semanas para cicatrizar.
Alguns fatores que desencadeiam o herpes
simples são: exposição intensa ao sol, baixa imunidade do organismo, fadiga
mental (estresse, ansiedade, tensão pré-menstrual), fadiga física, alterações
hormonais no período menstrual, trauma local, e quadros de febre.