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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Após separação, jornalista cria site de relacionamento para “coroas” encontrarem parceiro




Divorciado aos 43 anos, o jornalista Airton Gontow sentiu dificuldades para encontrar nova parceira. Aí percebeu oportunidade de negócio

Airton Gontow criou o Coroa Metade a partir de uma experiência pessoal. (FOTO: Divulgação)
Aos 40 anos, passar por uma separação e perder a certa estabilidade que o casamento traz, pode ser difícil para quem não abre mão da vida a dois. Foi essa situação que o jornalista Airton Gontow se deparou aos 43 anos.

Divorciado da mulher, sentiu dificuldades para encontrar uma nova parceira. “A gente já não está mais na faculdade, muitas vezes não tem vontade de frequentar baladas, geralmente não quer se envolver afetivamente com alguém do trabalho”, explica.

“Companhia para uma noite eu encontro fácil. Mas uma companheira para a vida toda é tão difícil“, diziam os amigos de Airton.

Ao perceber que eles, homens e mulheres, passavam pela mesma dificuldade, o jornalista teve uma ideia: criar um site de relacionamentos. Mas desses já existem muitos, não poderia ser qualquer site.
“Teria de ser um site específico para o público maduro. Mas teria de encontrar um nome que resumisse por si só a proposta do negócio. Finalmente veio o nome: Coroa Metade, o site de relacionamento para as pessoas maduras”, conta.  


 Tribuna do Ceará

domingo, 20 de novembro de 2016

Criança pequena e tecnologia: até que ponto elas combinam?



Especialista da Sociedade de Pediatria de São Paulo esclarece quais são os limites para uma convivência saudável com tablets, celulares e afins
 

A realidade virtual vem progressivamente confundindo seus limites com o mundo real no cotidiano de crianças e adolescentes. Hoje em dia, eles já nascem imersos no meio digital. Basta lembrar que uma das primeiras providências dos pais ao terem um bebê é postar suas fotos nas redes sociais. Não à toa, essa é a chamada geração digital.

É natural que, com a presença marcante das tecnologias, as crianças sejam capazes de manejar e usufruir cada vez mais cedo de smartphones e tablets. Mas o uso precoce da tecnologia é benéfico ou prejudicial?
Depende de quando e como ela é utilizada. A Academia Americana de Pediatria (APA), no que é seguida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), orienta que até os 2 anos de idade não haja exposição à TV, ao computador, ao celular ou ao tablet. Nesse período, o cérebro está em franco processo de desenvolvimento, o que requer contato com incentivos variados e ativos.

É preciso lembrar que crianças pequenas aprendem por meio da interação com pessoas e coisas; logo, elas precisam ter uma gama de estímulos que requeiram o uso de todas as competências envolvidas. As capacidades motoras, as interações verbais, o tato, a visão, o paladar e o olfato devem estar integrados nas experiências com seu ambiente. Estas, aliadas à socialização, são fundamentais para um crescimento saudável.

Para uma criança pequena, convívio social, com brincadeiras criativas e atividades manuais, é o cerne do aprendizado. Brincando, ela aprende acerca das coisas e das pessoas, bem como sobre ela mesma, na medida em que vai se surpreendendo com suas habilidades.

As experiências de relação com as telas, como TV, celulares ou tablets, por mais que encantem e prendam a atenção, não são suficientes para promover estimulação semelhante como a da vida real. Além de promoverem aprendizagem por repetição – do tipo “aperte o botão!” – induzem a passividade, o isolamento e a diversão solitária, na contramão do que desejamos para a vida da criança.

O problema é que as habilidades digitais estão se sobrepondo à aquisição de competências que só adquirimos nas interações reais.

A superexposição às tecnologias, em idade na qual a criança não desenvolveu competências básicas para interagir com seu meio, é associada ao déficit do funcionamento executivo e da atenção, atrasos cognitivos, prejuízo da aprendizagem, aumento da impulsividade, irritabilidade e agressividade. Bebês e crianças pequenas precisam interagir com outras pessoas. O apego às telas, de qualquer aparelho, traz o risco de causar desengajamento e vulnerabilidade, assim como poucas aptidões sociais e diminuição da capacidade de expressar empatia.

Mas, reconhecendo que o mundo digital já é a linguagem da criança de hoje, fazendo parte até mesmo dos conteúdos escolares e dos meios para acessá-los – basta reparamos que se usa cada vez mais a digitação no tablete como substituta da escrita e a pesquisa na internet como substituta dos livros –, devemos pensar nos cuidados necessários para permitir seu acesso por crianças pequenas.

Para começar, evite o uso de tablets e smatphones antes dos 3 anos. A partir dessa idade, com maior compreensão e expressão, habilidades motoras e de socialização, a criança pode se beneficiar dos conteúdos de aplicativos direcionados à sua faixa etária. Mas atenção com jogos e programas muito rápidos, confusos e barulhentos – eles podem ser assustadores. Prefira aqueles com proposta educativa.

Cabe aos pais selecionarem os apps e monitorarem o tempo de uso de
qualquer dispositivo eletrônico. Nessa fase, não mais do que 60 minutos por dia,
até porque o tempo de atenção e concentração delas a qualquer atividade
é bem mais curto que os do adulto.

Não vale abusar da curiosidade natural da criança e deixá-la brincando
indefinidamente com os dispositivos, com a ideia de que assim ela ficará
quietinha e não incomodará os mais velhos, quando estes estão conversando
ou querem jantar sossegados, por exemplo.

Os adultos são os modelos das crianças para apreender como as coisas funcionam. Se os pais fazem uso indiscriminado da tecnologia no dia a dia e não dispõem de tempo para dar atenção focada aos filhos, estes tenderão a se refugiar nos aparelhos como forma de se ocupar e obter alguma satisfação mais imediata. Só que, dessa forma, criam um hábito que, além de ser prejudicial, não elimina a frustração de um contato desatento e pouco receptivo com os pais. É preciso reservar parte do tempo para as brincadeiras “corpo a corpo” com a criança. São elas que ajudam a fortalecer a autoestima, a criar o sistema de valores, a tranquilizar e a dar segurança.

Também não devemos vincular algo da rotina da criança ao uso da tecnologia, principalmente quando se trata de atividades essenciais até à sua saúde – é muito ruim quando a criança só dorme ou só come se puder ver um desenho no tablet ou brincar com o celular. A autoridade dos pais para colocar limites é essencial para dar o valor de cada uma dessas experiências.
Considere que nessa primeira infância os dispositivos tecnológicos são meios bem interessantes de agregar aprendizagem à criança, mas nunca substituem as experiências concretas com as pessoas e as situações do seu entorno — estas, sim, primordiais para a sua formação.



Dra. Vera Ferrari Rego Barros -  psicanalista e presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo



Novembro Azul impulsiona debate sobre a aplicação de estudos genéticos para o desenvolvimento do rastreamento do câncer de próstata O câncer de próstata é o mais comum e a segunda maior causa de morte cancerígena nos homens




Problemas para urinar, sensação de que a bexiga não se esvazia completamente e sangue na urina são indicadores de um estágio avançado do câncer de próstata, que é o câncer mais comum e a segunda maior causa de morte por câncer  nos homens. Para impulsionar a conscientização quanto à prevenção e o diagnóstico precoce, a campanha Novembro Azul é organizada  por diversas entidades que se juntam para apoiar atividades e manifestações de solidariedade à causa.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1.201.619 novos casos e 335.643 óbitos são previstos no mundo pela doença, o que corresponde a um aumento em relação ao ano de 2012 de 9,7% e 9,2%, respectivamente. No Brasil, a OMS estima para 2016, o número de 61.200 novos casos e cerca de 13.772 óbitos.

Segundo o pesquisador e coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da UFMG e diretor da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada  André Márcio Murad, vários estudos sugerem que maus hábitos alimentares, como uma dieta rica em gordura e proteína de origem animal, alimentos industrializados, enlatados, adocicados e embutidos, eleva os índices de substâncias potencialmente cancerígenas no organismo. “O composto químico nitrosamina e o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) são as principais substâncias resultantes da má alimentação e que atuam diretamente na estimulação do crescimento de células tumorais”, afirma.

De acordo com o oncologista, a obesidade e o sedentarismo igualmente elevam os riscos, por isso, uma dieta saudável, rica em verduras, legumes, frutas, grãos e peixes além da prática regular de atividades físicas e manutenção do peso ideal seriam as principais medidas preventivas.

André Murad explica que não existe consenso entre as organizações de saúde a respeito do rastreamento do câncer de próstata, como o que utiliza as dosagens periódicas do Antígeno Prostático Específico (PSA) e a realização do toque retal. “As organizações contrárias argumentam que não existem evidências conclusivas de que a detecção precoce tenha influência na mortalidade específica pelo tumor, além do fato de pacientes em rastreamento estarem expostos às complicações e aos efeitos colaterais de um possível tratamento cirúrgico ou radioterápico desnecessário. As organizações a favor da prática argumentam que existem evidências de que o rastreamento é responsável pelo declínio da mortalidade em determinadas áreas. As sociedades de urologia americana, europeia e brasileira indicam o rastreamento baseadas em estudos randomizados de grande porte e longo seguimento”, esclarece.

O oncologista observa que o rastreamento universal de toda população masculina, sem considerar idade, raça e história familiar, não parece ser a melhor abordagem, pois, apesar de contribuir para o diagnóstico precoce e eventualmente a diminuição da mortalidade em subgrupos de pacientes de alto risco, a prática pode trazer malefícios a muitos homens. “A identificação de pacientes com alto risco de desenvolverem a doença de uma forma mais agressiva através de parâmetros clínicos, genéticos  ou laboratoriais pode ajudar a individualizar a indicação e frequência do rastreamento. Entre diversos fatores, a idade (acima dos 50 anos), a raça (raça negra apresenta maior risco) e a história familiar apresentam-se como os mais importantes”, comenta. É sabido hoje que até 57% dos casos de câncer de próstata, especialmente o que incide em homens com idade abaixo dos 55 anos, são causados por mutações genéticas herdadas e que hoje podem ser identificadas laboratorialmente, através de exames específicos.

Uma vez estabelecida a doença, seus portadores passam a ser rastreados sistematicamente, e em idade a partir dos 40 anos. Suspeita-se de síndromes de predisposição genética para o câncer de próstata quando existem vários casos na família de câncer que ocorreram em pessoas com idade abaixo dos 55 anos, e não só de câncer de próstata, mas também de mama, pâncreas, ovários, intestino, útero e estômago.

Personal – Oncologia de Precisão e Personalizada A clínica Personal: Oncologia de Precisão e Personalizada procura executar um projeto ambicioso, inovador e inédito em somente um local. Realizando todas as atividades propedêuticas e terapêuticas, a equipe médica multidisciplinar inclui oncologistas, médicos nucleares, cirurgiões oncológicos, neurocirurgiões, anestesiologistas, endoscopistas, mastologistas, coloproctologistas, ginecologistas, urologistas, nutrólogos, ultrassonografistas onco-geneticistas e biólogos moleculares.



Festas e férias à vista: como ficam os pais idosos no final do ano



Está aberta a temporada de festas, eventos e viagens. Quem cuida dos pais idosos precisa se planejar com antecedência para ter tranquilidade e garantir qualidade de vida para eles

Final de ano costuma ser uma época de correria para as famílias. Planejamento e organização das ceias de Natal e Ano Novo, festas, compra de presentes, amigo secreto da equipe de trabalho, da turma de amigos, apresentação de fim de ano dos filhos, reuniões de fechamento, escalas de plantão e, muitas vezes, viagem de férias.

Quem tem uma agenda lotada assim e ainda a responsabilidade pelos pais idosos precisa incluir esses cuidados na lista. Caso seja uma época de atividade muito intensa, que demande longos períodos de ausência, ou exista uma viagem marcada, que o idoso não possa ou não queira acompanhar, é preciso lançar mão de alternativas para garantir o bem-estar deles.

Alguns filhos optam por deixar os pais em residenciais exclusivos para idosos (instituições de longa permanência) durante as festas de final de ano e as férias da família. O que proporciona uma comodidade para os filhos que podem viajar mais livremente, sabendo que os pais estão amparados em uma instituição. Mas, certamente, há idosos que prefeririam ficar no conforto de suas próprias casas. Além disso, a especialista em qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge, Márcia Sena, alerta que é preciso ponderar os prós e os contras antes de institucionalizar um idoso, pois podem surgir impactos negativos na vida deles devido a institucionalização, mesmo que por curto período. “Esse período de "férias" pode retirar a autonomia parcial que essas pessoas possuíam antes de irem para a instituição e, a convivência com pessoas de diferentes graus de lucidez e saúde, pode trazer consequências, como depressão, para um idoso que se encontra mais saudável", explica Márcia.

O sistema de “aging in place”, uma novidade no Brasil, é uma opção para os filhos que assumem integralmente as funções de cuidados com os pais idosos e não têm a quem confiá-las nesse período. Através do sistema é possível montar uma estrutura simples que proporcione segurança e permita que o idoso fique no conforto de sua casa enquanto a família viaja de férias. Por exemplo, antes dos responsáveis embarcarem, profissionais podem fazer uma avaliação na residência para verificar se ela está adequada e segura para o morador com idade avançada desenvolver suas atividades rotineiras. São observados itens como a existência de tapetes e objetos que ofereçam risco de quedas, se existe a necessidade de instalação de barras de apoio ou corrimãos, as condições de iluminação, entre outros fatores.

A proposta é que os familiares viajem tranquilos, enquanto os pais recebem todo o suporte necessário para o dia a dia, como organização e controle de medicamentos, entrega programada de alimentação, limpeza da casa, programação e acompanhamento de passeios, até aparelhos de tele assistência que podem ser acionados para receber atendimento de emergência. “É possível garantir uma série de cuidados que proporcionem mais bem-estar, autonomia e tornem mais prática e segura a vida dos idosos”, esclarece Márcia.

São muitas coisas a se pensar para garantir o bem-estar dos pais idosos. “Não importa o grau de dependência, é preciso estar atento a todo tipo de necessidade. Os idosos mais ativos também precisam de cuidados, porque muitas vezes querem sair para fazer compras, resolver pendências sem incomodar os filhos e, uma companhia pode auxiliá-los nestas atividades. Sem falar que no final do ano é mais perigoso deixá-los saírem sozinhos”, diz a especialista.

Outra coisa importante a se pensar neste período é a comunicação. Esta época costuma trazer momentos de reflexão e, muitas vezes, de solidão para os mais velhos. É interessante incentivar e até mesmo investir em cursos de informática para que eles aprendam a fazer compras online, usar as ferramentas de chamada de voz com imagem pelo computador e até mesmo o uso de aplicativos de mensagens instantâneas pelos smartphones. Assim, mesmo quando os filhos e os netos estiverem distantes, é possível manter contato de uma forma mais dinâmica e sem deixar espaço para a saudade.

“É comum nesta época do ano os idosos ficarem melancólicos por se lembrarem das pessoas que já partiram e sentirem ainda mais falta dos familiares que moram longe, por isso, os filhos devem ficar cientes que merecem sim se divertir, mas também devem redobrar a dose de cuidado e amor com os entes queridos da terceira idade”, reforça Márcia Sena.



Márcia Sena -  especialista em qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge. Possui MBA em Administração na Marquette University (EUA) e experiência em várias áreas da indústria farmacêutica. Criou a Senior Concierge a partir de uma experiência pessoal de dificuldade de conciliar seu trabalho como executiva e cuidar dos pais que estão envelhecendo. Se especializou nas necessidades e desafios da terceira idade e desenvolveu serviços com foco na manutenção da autonomia de pessoas da melhor idade no seu local de convívio, oferecendo resolução de problemas de mobilidade, bem-estar, tarefas domésticas do dia a dia e segurança contra males súbitos.






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