Pesquisar no Blog

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A Otite é uma das causas mais comuns de infecção na primeira infância



 Saiba como identificar, prevenir e tratar a doença


Considerada uma das causas mais comuns de infecção na primeira infância, em especial, na idade pré-escolar (crianças até 6 anos de idade), a otite média (OM) é uma das principais fontes de morbidade (convalescência, doença) nesta fase.

De acordo com a médica otorrinolaringologista e especialista em Otoneurologia, Dra. Jeanne Oiticica, a doença lidera as causas de ida ao médico nesta faixa etária e é também o principal motivo de prescrição de antibióticos e indicação de cirurgias na infância. “Mais de 60% dessas crianças irão apresentar episódios de OM em algum momento. Até os três anos de idade praticamente todas as crianças irão apresentar pelo menos um episódio de OMA (otite aguda), e cerca de 50% delas terão episódios recorrentes (três ou mais episódios em 6 meses, quatro ou mais episódios em 12 meses)”, aponta a especialista.

Em geral, a otite média é causada por bactérias ou vírus. “Na maioria das vezes a causa é bacteriana. Streptococcus pneumoniae, Haemophilus Influenzae, Staphylococcus aureus, Moraxella catarrhalis e S pyogenes são as bactérias que mais comumente causam otites. Em crianças até 2 anos de idade os vírus representam cerca de 40% dos casos, entre eles o vírus Syncycial respiratório e o Rhinovirus humano. A perfuração espontânea da membrana timpânica trata-se de uma complicação que pode ocorrer em até 30% dos casos”, explica a médica.


Saiba quais são os sintomas e como identificá-los

A OM pode ser dividida em categorias: aguda (OMA), aguda recorrente (OMAR), com efusão (OME), crônica OMC, crônica supurativa (OMCS). A OMA se caracteriza por efusão na orelha média, quadro de início abrupto e brusco, com sinais e sintomas de inflamação local (muita dor que pode interferir no sono e nas atividades rotineiras, sensação de ouvido tampado, otorreia); além de sintomas sistêmicos como febre, mal estar geral, falta de apetite, náuseas, vômitos. A OMA Lidera as causas para uso de antibióticos em crianças. O pico de prevalência da OMA ocorre dos 6 a 18 meses de idade. Algumas crianças apresentam episódios recorrentes de OMA (OMAR), cuja definição inclui três ou mais episódios de OMA em 6 meses ou quatro ou mais episódios de OMA em 12 meses.

Já a OME é definida por efusão na orelha média sem os sinais e sintomas decorrentes da infecção aguda da orelha. Ela varia de sintomas ausentes ou mínimos, a distúrbios do sono, e até mesmo perda auditiva significativa e impacto direto na fala. A OME que persiste por mais de três meses pode ser considerada OMC. Ela pode ocorrer como parte da recuperação da OMA, tendo em vista que a inflamação aguda resolveu, porém bactérias remanescentes ainda podem estar presentes na orelha. A OMCS indica inflamação persistente na orelha média, que leva à otorreia (purgação do ouvido, vazamento de pus pelo ouvido), que persiste por pelo menos 2 semanas (em alguns casos persiste por meses ou anos), com perfuração da membrana timpânica.

“Inflamações/infecções do nariz não tratadas ou tratadas de forma incompleta podem afetar diretamente o ouvido. Malformação congênita do osso do ouvido, condições de baixa imunidade também podem propiciar o quadro ou complicações. Crianças com OMA em ambos os ouvidos, não tratadas com antibióticos, são mais propensas a otites persistentes. Crianças que não respondem como esperado ao tratamento padrão, em 48 a 72 horas, devem ser melhor investigadas, por meio de exame clínico mais detalhado com especialista e até mesmo exames de imagem”, alerta a Dra. Jeanne.


Prevenção

As OM podem vir acompanhadas de comorbidades como má nutrição, anemia, HIV, dentre outras. Aleitamento materno, evitar o cigarro durante e após a gestação, reduzir a exposição à poluição ambiental podem prevenir o aparecimento de OMA, suas complicações e sequelas. O tratamento imediato, adequado e correto dos quadros de gripes, resfriados, alergias, rinites, sinusites é fundamental, pois evita que a doença se alastre e ocupe a orelha média.

A médica explica que algumas vacinas também têm impacto direto na prevenção da otite média, como a Pneumococcus Conjugada (VPC). “A VPC13, capaz de conferir imunidade a 13 cepas diferentes, é eficaz na prevenção de otites pelo S pneumoniae. As Vacinas Haemophilus Influenzae tipo B (Hib) conjugadas praticamente erradicaram a doença Hib invasiva em crianças, nos países onde estas são usadas de rotina”, explica Dra. Jeanne.


Tratamento

O tratamento da doença é feito a base de antibióticos, corticoides, gotas tópicas no ouvido (em casos de perfuração da membrana timpânica), analgésicos, anti-inflamatórios são formas comuns de tratamento na vigência de quadro agudo, crise aguda de OM. “Para evitar recorrências é fundamental tratar a causa da otite, seja ela rinite, adenóide, baixa imunidade, alergia, etc. Em alguns casos, a cirurgia faz-se necessária, vai depender da recorrência dos sintomas e do impacto direto na fala, linguagem, sono, qualidade de vida da criança em questão”, conclui a especialista.




Dra. Jeanne Oiticica - Médica otorrinolaringologista concursada do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP. Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Chefe do Laboratório de Investigação Médica em Otorrinolaringologia  (LIM-32) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Responsável pelo Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.



Cecilia Dale ensina o passo a passo para decorar a árvore de Natal



Na tradição católica, a árvore de Natal deve ser montada no primeiro dia do Advento, que este ano é no dia 27 de novembro. Mas já no início do mês é difícil segurar a ansiedade, principalmente das crianças, que já começam a cobrar a decoração. 
Confira as dicas da decoradora Cecilia Dale para enfeitar sua árvore de Natal:


1. Comece preparando bem o pinheiro, abrindo os ramos e desamassando os galhos. Ele é a base da decoração e precisa estar bem armado;


2. É importante colocar primeiro as luzinhas, para evitar que os fios apareçam por cima dos enfeites. Isso garante um efeito especial, pois a árvore fica iluminada “por dentro”;


3. Comece a colocar os enfeites com a árvore acesa. Assim, fica mais fácil identificar “buracos” onde é preciso colocar enfeites maiores ou mais importantes;


4. Pendure primeiro os enfeites maiores, como laços e bolas grandes, depois vá colocando os outros, por ordem de tamanho, até chegar aos menores, que servem para arrematar o espaço que sobrou;


5. Enfeites grandes devem ficar do meio para baixo da árvore, para não pesar. No topo, arremate com um só mais importante: uma ponteira, uma estrela, um Papai Noel ou mesmo um laço bem grande são ótima opções;


6. Durante a arrumação, faça pausas e dê um passo para trás para ver, de longe, como está ficando o conjunto e localizar os lugares que precisam ser preenchidos. Quanto mais cheia, mais bonita árvore fica.


Pode ser divertido envolver toda a família nesse trabalho. Assim, a árvore acaba tendo um pouquinho da colaboração de cada um representada ali, já entrando no espírito de Natal.






Saiba quais são as regras para viajar de avião com medicamentos



 Medicamentos de uso contínuo exigem maior atenção. Regras para viagens ao exterior são diferentes. Fique atento!


Com alguns feriados à vista e o fim do ano se aproximando, é chegada a hora de começar a planejar suas viagens. Entretanto, para evitar imprevistos é importante ficar atento a certas regras, como o transporte de medicamentos, em especial, os de uso contínuo. 

Para alertar os viajantes, a Allianz Global Assistance, líder global no segmento de seguro e assistência viagem, que no Brasil atua como representante de seguro da Allianz Seguros, separou algumas dicas importantes sobre o tema, que podem evitar muita “dor de cabeça” para você 

O Coordenador Médico da Allianz Global Assistance, José Sallovitz, responde às principais dúvidas sobre o tema.

Levando a farmácia na bagagem

Faço uso de medicação de uso contínuo. Eu posso viajar? Quais cuidados devo ter?
Os passageiros que fazem uso de medicação contínua ou controlada podem viajar tranquilamente, desde que tomem algumas medidas preventivas. “Apesar de não ser obrigatório, em viagens dentro do Brasil, é indicado levar uma prescrição médica, registrada no nome do viajante, constando os medicamentos desse tipo que estão sendo transportados. Já no exterior, com diferentes normas sanitárias, é recomendado que o passageiro leve consigo também uma versão em inglês da receita e, se possível, a nota fiscal dos medicamentos”, explica o médico.

Qual a quantidade de medicamentos que eu posso transportar?
Isso varia de acordo com o tempo que você irá passar fora. Segundo o doutor José Sallovitz, uma boa dica é levar uma quantidade extra, para uma semana a mais, por exemplo, caso a sua viagem de retorno tenha que ser adiada.

Consigo comprar meus medicamentos de uso contínuo e controlado no exterior?
A prescrição médica brasileira não tem validade no exterior. Para isso, o viajante teria que passar numa consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país em visita. “Vale ressaltar que consultas clínicas não emergenciais, como essa, não estão cobertas pelo seguro viagem. Por isso, previna-se e leve a quantidade adequada dos seus medicamentos”, esclarece Sallovitz.

Durante a viagem, onde devo carregar meus medicamentos?
“Leve sempre na sua bagagem de mão e dentro dos blísteres, a embalagem original do medicamento. Caso um imprevisto como extravio da mala aconteça, você terá os seus remédios consigo, o que no caso de medicamentos de uso contínuo são de extrema importância”, alerta o doutor.

E os medicamentos de uso de rotina, que não precisam de receita. Posso leva-los sem preocupação?
Segundo Sallovitz, essa é uma questão importante. “Alguns medicamentos de uso irrestrito aqui no Brasil, como a Dipirona Sódica, são proibidos em certos países, como nos Estados Unidos”. Outro ponto de atenção é o uso de anti-inflamatórios. “Em muitos países do exterior a sua compra só é possível com uma prescrição médica local. Por isso, vale a pena levar em sua bagagem esse remédio, mesmo que seja apenas por precaução”, afirma. 



Posts mais acessados