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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Fortaleça sua relevância sem sacrificar a autoestima



Há muitos significados para autoestima, alguns até pejorativos. Muitas vezes, alguém se refere à outra pessoa com grande autoestima como “metida”. Entretanto, há um consenso da importância de se ter uma sensação da nossa própria relevância e autovalorização. 

Para Virginia Satir, mãe da terapia familiar e expoente da psicologia humanista, nutrir e desenvolver a autoestima são fundamentais. Para ela, cada pessoa é uma manifestação da força vital, que recebeu o presente maravilhoso de um Espírito Interno que ela chama de Self. Este é um ponto muito importante, pois tudo converge no sentido de reconectar a pessoa ao Self, ao espírito interno e à força vital. É quando estamos conectados a esses elementos que nosso senso de autovalor se amplia.

Ao longo da vida, especialmente no convívio com a nossa tríade de origem - pai e mãe ou quem quer que tenha nos acolhido e acompanhado na infância e adolescência -, verificamos que dentro de nós vão ocorrendo movimentos que nos afastam desse estado de centramento e autovalor. Como pequenos seres curiosos, observamos tudo e aprendemos, sugando como esponjas, todas as informações. Paralelamente, estabelecemos um modelo interno de como vamos funcionar, muitas vezes durante o resto de nossas vidas.

Posso ter recebido muitas informações, verbalizadas ou não, explícitas ou implícitas. Posso ter aprendido que só trabalhando duro é possível alcançar tudo o que quero ou que não importa o que faça, nunca serei bom o suficiente. Que é perigoso expressar o que sinto e quero, ou, ainda, que não devo expressar nada.  Para atingir o que desejo, devo usar sempre minha raiva com violência. Essas podem ter sido mensagens gravadas tão profundamente que as levo comigo onde estiver: nos meus relacionamentos, ambiente profissional, na minha vida pessoal, etc. 

O importante aqui é entender que tudo isso são apenas aprendizados e que, provavelmente, nos foram muitos úteis. Talvez a melhor maneira e os únicos recursos disponíveis para que conseguíssemos chegar até o dia de hoje. No entanto, isso pode nos ter custado um preço muito alto. Fizemos sacrifícios, nos distanciamos daquela força vital, do nosso Self, sacrificamos a nossa autoestima.

Na aplicação de qualquer ferramenta do modelo Satir, temos então um convite: dar um passo para trás e, de certa distância, observar e tomar consciência desses aprendizados. Ao tomar conhecimento disso, podemos optar e agir de uma maneira diferente. Considero esse aprendizado que tive muito útil naquela época, mas agora não mais. 

Hoje, agradeço e digo “muito obrigada, mas agora você não me serve mais, vou mandá-lo para o Museu da História de minha vida”. Nesse momento, abro espaço e renovo meus aprendizados. Faço um upgrade com versões mais sintonizadas com meu sentido de Self e que valorizam e nutram minha autoestima.

Posso dizer, por exemplo, que “só trabalhando duro consigo o que quero” foi muito importante para mim. Entretanto, traz um sentido de peso que me distancia de viver com prazer, aumenta meus níveis de estresse e prejudica meus relacionamentos. Por isso, eu posso optar por substituí-lo por outro: “posso relaxar e trabalhar duro quando necessário”. 

E, a partir deste novo entendimento, procuro fazer um compromisso com novas práticas e busco recursos que me fortaleçam e deem suporte ao longo do meu caminho futuro. 

Esse é um processo de valorização do Self e desenvolvimento da autoestima. Pode parecer simples, mas é profundo e poderoso.





Ana Guitián Ruiz - Coach, representante no Brasil do Instituto Virgínia Satir da Alemanha (www.virginiasatir.de) e uma das organizadoras da Formação no Modelo de Validação Humana Virginia Satir (www.virginiasatir.com.br).




Estratégias para ter mais foco no dia a dia



Quando pensamos em produtividade no ambiente de trabalho, um dos principais fatores que devem ser levados em consideração é saber como está o nosso nível de foco. Em outras palavras, é preciso entender que, para ter energia e concentração na realização das atividades diárias, é necessário estar com o corpo preparado. Do contrário, a pessoa passará o dia indisposta e acabará fazendo uma série de pausas que vão prejudicar o andamento daquilo que realmente é importante. 

Acredito que existe uma tríade de ações capazes de ajudar a melhorar o foco: descansar da maneira adequada, realizar as refeições da forma correta e fazer exercícios físicos regularmente. Claro que há outras estratégias para aumentar o foco - como saber definir prioridades e fugir das interrupções desnecessárias -, mas quero ressaltar essas três ações, pois muitos enxergam apenas a ponta do problema e priorizam somente o que é mais importante. 

No entanto, em determinados momentos, a ausência de concentração está relacionada a uma noite mal dormida, por exemplo. Ou seja, a pessoa não descansa e no dia seguinte fica sonolenta, sem disposição para realizar todas as ações planejadas.

Sem dúvidas, dormir bem é o fator mais importante para a produtividade e, infelizmente, alguns não conseguem enxergar isso. Tem gente que já acorda cansada e começa o dia sem disposição, afinal é impossível ter condições de produzir no trabalho sem descansar o corpo e a mente.

Além disso, outro fator que merece atenção é a alimentação. Muitas vezes, a pessoa está indisposta no trabalho porque não comeu direito. Uma refeição pesada demais perto da hora de dormir, por exemplo, pode prejudicar a sua produtividade. O ideal é fazer um lanche leve, como um chá com bolachas, enquanto algo mais pesado é indicado para, no máximo, três ou quatro horas antes de se deitar. 

Comer de três em três horas também é uma excelente estratégia, pois ajuda a manter o nível de metabolismo e os nutrientes necessários para abastecer o cérebro - o que, consequentemente, ajuda a aumentar a produtividade. Há também estudos que defendem períodos mais longos de jejum, no qual o mais importante não é o tempo entre as refeições, mas a qualidade daquilo que se come. Nesse sentido, tanto faz qual caminho seguir, o importante é ter energia e disposição.

No entanto, antes de iniciar qualquer mudança nos seus hábitos alimentares, sugiro que você consulte um nutricionista ou um nutrólogo, afinal só um profissional será capaz de elaborar uma refeição ideal para o seu organismo.
Por fim, invista em um esporte. Quando digo isso, não é para ter um preparo de atleta, mas para tomar algumas atitudes simples, como trocar o elevador pelas escadas no prédio do trabalho. Isso já faz com que o corpo entre em movimento, ajuda a aumentar a disposição e melhorar a vitalidade. O esporte em nossa rotina proporciona inúmeros benefícios.

Além de todas essas dicas, considero que o mais importante é entender que, quando queremos aumentar o nosso nível de foco, é preciso olhar para dentro de nós e não nos preocuparmos apenas com as ações externas. Acima de tudo, devemos cuidar do corpo para que ele esteja preparado para as tarefas diárias. A disposição é o primeiro passo para termos um dia com mais foco e produtividade!





Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é CEO da TriadPS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros "A Tríade do Tempo"; "Você, Dona do Seu Tempo"; "Estou em Reunião"; co-autor do "Mais Tempo, Mais Dinheiro"; e "Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?". Sua mais recente obra: "60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo".




Para ser mais feliz em 2017 – e em todos os anos de sua vida



​Não há como ter uma vida plenamente feliz, mas entender do que a felicidade é feita, para você, é uma das maiores garantias de que viverá o máximo possível de momentos felizes.


Situação 1: o cidadão tem o sonho de ter uma casa na praia. Dedica-se à aquisição através do trabalho por anos, inclusive, com frequência, aos sábados e feriados, abrindo mão de família e amigos. Sempre fora considerado obstinado e disciplinado, parabenizado pelos amigos por essas características. Um dia a compra chega. Três anos depois, descobre que usou a casa por não mais do que 15 finais de semanas ao ano, quase metade deles por sensação de obrigação, pois afinal, tinha comprado o sonho dele.

E fica a pergunta: o que te faz feliz?

Situação 2: a mulher está se deliciando ao contar para as amigas sobre a viagem que fará a Dubai. Por semanas se prepara e o dia chega. Lá, não se preocupa em fazer outra coisa senão tirar fotos para mostrar às amigas onde esteve.

Então: o que te faz feliz?

Situação 3: o indivíduo se preocupa em fazer tudo de acordo com o que a sociedade espera de um homem de sucesso, no processo de atender aquilo que os outros consideram uma vida a ser tida. Ele cumpre com todas as expectativas, apenas para descobrir, décadas mais tarde, que não sabia o que lhe fazia bem.

Portanto: o que te faz feliz?

Situação 4: um homem que gosta muito de vinhos está tomando, novamente, aquele rótulo que mais gosta em toda a sua vida. Contudo, neste momento, está focado nas preocupações financeiras da sua empresa. 

Daí a pergunta: onde a sua mente precisa estar para ser capaz de saborear a felicidade?
Felicidade é fazer o que gosta, de fato, concentrado neste gosto. O que impede a felicidade é que as pessoas têm dificuldade de diferenciar o que realmente gostam do que elas acham que gostam; e ao fazer o que realmente lhes dá prazer, estão focadas em alguma outra coisa que não o sabor a sua frente.

Por isso, sugiro um exercício para descobrir o que te faz feliz: (1) feche os olhos; (2) lembre-se de momentos em que você foi feliz, não importa se minutos antes ou décadas atrás; (3) observe, nestes momentos de felicidade, o que se passava a sua volta e na sua mente; (4) abra os olhos e escreva no papel tanto os momentos que lhe foram felizes, como os ingredientes da emoção; (5) agora, diferencie o que apenas pertence ao passado, mas sempre fará parte da sua história e o que pode também se fazer palpável no presente. Você ainda descobrirá outras coisas que lhe fazem feliz na sua vida, mas olhar para o vivido e redescobrir o que realmente te faz bem é um presente de você para você.

Recomendo outro hábito para se focar na felicidade: da mesma maneira que, ao escrevermos um texto, fazemos uso de “itálico”, “negrito”, “grifo”, “letras maiúsculas”, “alteração de fonte”, “aumento de fonte” e “mudança de cor”, o mesmo precisa ser feito para bons momentos na vida que você vai escrevendo nas suas páginas. Concentre-se no que é importante naquele momento, deixe para amanhã o que pode ser deixado para o dia seguinte e saboreie o que a vida lhe apresenta agora. Sim, o mais difícil pode ser que tenhamos problemas nos atrapalhando, mas a vida sempre os terá, às vezes, mais intensos, outras vezes apenas inúmeros, mas mesmo assim, saber se focar naquilo que nos é fundamental é, inclusive, o que nos dá combustível para resolver os problemas depois.

Então, para 2017, lhe desejo prazeres reais e que você consiga estar com a mente naquilo que é verdadeiramente importante para a sua vida. Não há como ter uma vida plenamente feliz, mas entender do que a felicidade é feita, para você, é uma das maiores garantias de que viverá o máximo possível de momentos felizes.
Portanto, de que maneira você pode se focar mais no que realmente lhe faz feliz, no ano que vem e nos próximos?




BAYARD GALVÃO - Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.  www.institutobayardgalvao.com.br


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