· Cerca
de 540 mil crianças são portadoras do Diabetes Tipo 1 em todo mundo
· Dia
14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes
O Brasil tem cerca de 14,3 milhões de diabéticos, de acordo com o Atlas da International Diabetes Federation. Esse número representa cerca de 8% da população do nosso
país, que é o 4º do mundo em números absolutos de portadores da doença.
Globalmente, há 415 milhões de diabéticos, o que corresponde a uma pessoa em
cada 11 habitantes.
O diabetes mellitus é o mais prevalente, uma vez que, de cada 100
casos de diabetes, 92 são do tipo 2. E a doença acomete igualmente homens e
mulheres.
“Em relação às crianças, na faixa até 15 anos, podemos considerar
que elas representam de 4% a 5% de todos os diabéticos, lembrando que, se até
20 anos atrás todos pertenciam ao tipo 1, atualmente são observados casos de
tipo 2 na população de obesos jovens”, conta o Dr. Marino Cattalini, médico da
Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM-SP).
Conforme dados do Ministério da Saúde de 2015, no Brasil há uma
prevalência de indivíduos acima do peso ideal que corresponde a 53% da
população, sendo 18% os obesos e 35% os indivíduos com sobrepeso. Para o
endocrinologista, uma intervenção em termos de educação alimentar e orientação
à prática de atividade física permitiria reduzir estes índices e,
consequentemente, reduziria os casos de Diabetes de Tipo 2, comumente associado
ao excesso de peso, bem como os casos de pré-diabetes (no Brasil há 11 milhões
de pré-diabéticos).
Novos tratamentos - estão surgindo análogos
da insulina que imitam a secreção basal com duração maior do efeito, e mais
estabilidade e previsibilidade, e novos análogos de ação ultrarrápida para
melhor imitar a secreção fisiológica na hora da refeição. Há medicamentos orais
cada vez mais eficientes e que agem independentemente da insulina eliminando a
glicose em excesso por via renal.
Para Dr. Marino, que é especialista na doença, “a maior novidade
deste ano no Brasil pode ser considerada a chegada ao mercado do aparelho que
mede a glicemia através de um sensor conectado a um chip, que se encontra num
adesivo aplicado ao braço e que permite saber os níveis de açúcar no sangue
evitando a famosa ‘furada’ do dedo, que tanto incomoda os diabéticos”.
O médico destaca também o estudo EMPA-REG, apesentado este ano e
que comprovou a significativa redução da mortalidade e do risco cardiovascular
em um grupo de cerca de 7.000 pacientes com antecedentes de doença cardiovascular,
estudados por três anos em vários centros de diferentes países, e comparados
com pacientes que não receberam a droga. Eles receberam um tratamento com o
medicamento empaglifozina, um inibidor da SGLT2 que elimina a glicose
justamente por via urinária, reduzindo não apenas a glicemia média dos
pacientes, mas também a pressão arterial.
Mortalidade - O diabetes mata
precocemente. Em 2015, no Brasil, 42% dos diabéticos que morreram tinham menos
de 60 anos. No mesmo ano, 5 milhões de pessoas morreram no mundo por causa do
diabetes, mais que a soma dos óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária.
“Considerando que no mundo 12% dos gastos com a saúde são
aplicados no tratamento do Diabetes e suas complicações, o ponto principal a
ser destacado para o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, deveria ser a
prevenção da doença”, conclui Dr. Marino.
SBEM-SP -Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do
Estado de São Paulo
Twitter: @SBEMSP
Facebook: Sbem-São-Paulo