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terça-feira, 8 de novembro de 2016

O Brasil tem mais de 14 milhões de diabéticos



· Cerca de 540 mil crianças são portadoras do Diabetes Tipo 1 em todo mundo

· Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes


O Brasil tem cerca de 14,3 milhões de diabéticos, de acordo com o Atlas da International Diabetes Federation. Esse número representa cerca de 8% da população do nosso país, que é o 4º do mundo em números absolutos de portadores da doença. Globalmente, há 415 milhões de diabéticos, o que corresponde a uma pessoa em cada 11 habitantes.

O diabetes mellitus é o mais prevalente, uma vez que, de cada 100 casos de diabetes, 92 são do tipo 2. E a doença acomete igualmente homens e mulheres. 

“Em relação às crianças, na faixa até 15 anos, podemos considerar que elas representam de 4% a 5% de todos os diabéticos, lembrando que, se até 20 anos atrás todos pertenciam ao tipo 1, atualmente são observados casos de tipo 2 na população de obesos jovens”, conta o Dr. Marino Cattalini, médico da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP). 

Conforme dados do Ministério da Saúde de 2015, no Brasil há uma prevalência de indivíduos acima do peso ideal que corresponde a 53% da população, sendo 18% os obesos e 35% os indivíduos com sobrepeso. Para o endocrinologista, uma intervenção em termos de educação alimentar e orientação à prática de atividade física permitiria reduzir estes índices e, consequentemente, reduziria os casos de Diabetes de Tipo 2, comumente associado ao excesso de peso, bem como os casos de pré-diabetes (no Brasil há 11 milhões de pré-diabéticos).


Novos tratamentos - estão surgindo análogos da insulina que imitam a secreção basal com duração maior do efeito, e mais estabilidade e previsibilidade, e novos análogos de ação ultrarrápida para melhor imitar a secreção fisiológica na hora da refeição. Há medicamentos orais cada vez mais eficientes e que agem independentemente da insulina eliminando a glicose em excesso por via renal. 

Para Dr. Marino, que é especialista na doença, “a maior novidade deste ano no Brasil pode ser considerada a chegada ao mercado do aparelho que mede a glicemia através de um sensor conectado a um chip, que se encontra num adesivo aplicado ao braço e que permite saber os níveis de açúcar no sangue evitando a famosa ‘furada’ do dedo, que tanto incomoda os diabéticos”.

O médico destaca também o estudo EMPA-REG, apesentado este ano e que comprovou a significativa redução da mortalidade e do risco cardiovascular em um grupo de cerca de 7.000 pacientes com antecedentes de doença cardiovascular, estudados por três anos em vários centros de diferentes países, e comparados com pacientes que não receberam a droga. Eles receberam um tratamento com o medicamento empaglifozina, um inibidor da SGLT2 que elimina a glicose justamente por via urinária, reduzindo não apenas a glicemia média dos pacientes, mas também a pressão arterial.


Mortalidade - O diabetes mata precocemente. Em 2015, no Brasil, 42% dos diabéticos que morreram tinham menos de 60 anos. No mesmo ano, 5 milhões de pessoas morreram no mundo por causa do diabetes, mais que a soma dos óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária.

“Considerando que no mundo 12% dos gastos com a saúde são aplicados no tratamento do Diabetes e suas complicações, o ponto principal a ser destacado para o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, deveria ser a prevenção da doença”, conclui Dr. Marino.




SBEM-SP -Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
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Riscos e prejuízos do uso de analgésicos



 
Utilizados para amenizar ou impedir a evolução da dor, os analgésicos são a primeira opção de medicamento para muitos brasileiros. São divididos em categorias, como os mais simples, que não necessitam de prescrição médica; e opioides, remédios mais potentes que exigem receita. Entretanto, sua utilização excessiva traz efeitos adversos e consequências sérias à saúde.

“Os analgésicos mascaram quadros mais graves. Por exemplo, um paciente com sintomas de meningite, porém sem diagnóstico médico, apresenta febre e utiliza desses medicamentos. Embora resolva a manifestação febril, a real doença, que deveria ser tratada o mais breve possível, permanece latente”, informa o dr. Paulo Renato Fonseca, diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

Neste cenário, insere-se o âmbito da automedicação e seus riscos inerentes: o uso de doses inferiores à recomendada não ameniza os sintomas e os efeitos colaterais podem se expandir quando a quantidade consumida é acima do recomendado. Além disso, a interação medicamentosa de analgésicos com outras drogas tende a piorar o estado do paciente - como a ingestão de alguns anti-inflamatórios por asmáticos, por exemplo, que pode desencadear crises de falta de ar.

“É importante destacar que o consumo abusivo de analgésicos pode transformar dores simples em crônicas. Especialmente como forma de controle de dores de cabeça, há grandes chances de que uma cefaleia eventual vire crônica diária”, alerta o especialista.

Como forma de prevenção, o uso de analgésicos deve ser restrito ao grupo considerado simples, de medicamentos disponíveis em balcão de farmácias e que acarretam em menor risco à saúde. É importante observar se o paciente utiliza concomitantemente medicação para tratar alguma doença listada como possível reação, evitando, assim, algum efeito colateral prejudicial.
Medidas não medicamentosas como massagem, fisioterapia, repouso da estrutura dolorida e técnicas como uso do gelo em contusões, minimizam dores sem precisar recorrer aos analgésicos. “O mais importante é o diagnóstico, que procurará a causa mecânica e estrutural de um desconforto. Somente a partir dele que o analgésico tem real indicação”, conclui.

Novembro azul: O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, afirma Instituto



De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, serão 61.200 casos até o final de 2016 e especialistas alertam sobre cuidados necessários para prevenção da doença

Foto: Perphil serviços Especiais


Novembro Azul é o mês dedicado à campanhas de prevenção contra o Câncer de Próstata e incentivo da reflexão de como é importante ficar atento e buscar um diagnóstico precoce para melhor tratamento da doença.

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. A estimativa é que serão 61.200 casos novos nesse ano de 2016.

Um  recente estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, mostrou que os hormônios ligados ao estresse afetam o sistema linfático – uma rede de vasos que transporta linfa através do corpo – aumentando as chances do câncer se espalhar pelo organismo. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

“Com o câncer, a saúde sexual do homem pode ser afetada pela disfunção erétil (DE) que é a incapacidade recorrente de obter e manter uma ereção que permita atividade sexual satisfatória. Inicialmente, muitos homens que recebem o diagnóstico de câncer de próstata têm alguma DE durante os primeiros meses após o tratamento. A razão para isso é simples: toda região que controla o aspecto físico de uma ereção é incrivelmente delicada, e qualquer traumatismo nesta região provocará alterações”, afirma a psicóloga e sexóloga, Priscila Junqueira.

Ainda de acordo com a especialista, a Sexologia, por meio da terapia sexual, pode trazer benefícios para a saúde sexual masculina, como: esclarecimento de pensamentos ou mitos que afetam a relação conjugal, reflexões sobre experiências sexuais prévias, ansiedade, depressão, atividades profissionais, contexto familiar, educação sexual. A terapia sexual tem se mostrado eficiente para o alívio dos sintomas quando o diagnóstico médico exclui causas orgânicas.

Com o acompanhamento de uma sexóloga, o homem poderá cuidar não só das consequências do câncer, mas também, da sua saúde mental e global.





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