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segunda-feira, 11 de abril de 2016

‘Crise dos 30’ pode causar ansiedade





Psiquiatra explica que a cobrança excessiva por desempenho e sucesso pode deixar os balzaquianos doentes; se livrar das máscaras e reforçar a autoestima são caminhos para a cura


Parece que agora qualquer erro pode ser fatal, pois não há mais tempo para correções. Chegar aos 30 anos se torna um drama para algumas pessoas, é como se não desse mais tempo para realizar novos projetos e os que já existem não fossem realmente um sucesso. "Muitos adultos nessa fase ficam refletindo consigo mesmo e pensando que não realizaram nada de concreto ou que estão muito distantes dos colegas bem sucedidos", explica a psiquiatra Dra. Maria Cristina De Stefano.

O nome dado é ansiedade do desempenho, chamada assim, a doença acomete adultos, os quais se sentem frustrados com o que conquistaram até o momento. Chegar aos 30 anos deve ser considerado uma grande vitória. Passar pelas mudanças hormonais da adolescência, pelos desafios da juventude, pela formatura e pela estabilização em um emprego são conquistas importantes. “Os principais questionamentos dessa etapa são ‘o que estou realmente fazendo da vida?’, ‘sou apenas um produto da sociedade?’, ‘terei tempo para realizar meus sonhos?’. A tendência da fase é a comparação e, como ninguém se compara com alguém que está pior, sempre que fazemos isso, nós perdemos”, explica Dra. Maria Cristina.

Em uma sociedade onde se impõe a necessidade de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, ser gerente ou diretor de uma empresa, falar três idiomas e ter conhecido pelo menos alguns países, a especialista aponta que é difícil sentir-se satisfeito quando não se cumpriu alguma ou, como a maioria das pessoas, algumas dessas etapas.
“A consequência disso é se sentir uma mentira, mas não deixar evidente esse sentimento para os outros. Comparando a um jogo de Poker, é como se a pessoa blefasse o tempo todo, mas conseguisse esconder que não está com boas cartas”, avalia a psiquiatra.

Não é apenas na relação com as outras pessoas que a ansiedade do desempenho reflete negativamente. Na saúde, essa cobrança excessiva desencadeia crises. Ter o sono prejudicado e a possibilidade de desenvolver úlceras e infecções são alguns dos exemplos do que a ansiedade pode causar. “É necessário buscar ajuda profissional para o tratamento, que depende da causa da ansiedade e do grau de intensidade, e pode ser feito com medicamentos e psicoterapia específica”, orienta Dra. Maria Cristina.

Uma forma de lidar com esse sentimento é encontrar amigos de idades próximas, dividir os problemas e entender que todo mundo está sujeito a passar por isso. “Se livrar das máscaras, reforçar a autoestima e o olhar para própria individualidade são fundamentais para superar essa fase”, finaliza a psiquiatra.



Dra. Maria Cristina De Stefano É formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Foi médica sanitarista e professora de Saúde Pública na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Desde 1996, atua como médica psiquiatra. Em 2012, a psiquiatra perdeu o filho de 34 anos por suicídio e desde então tem trabalhado na prevenção por meio de palestras para especialistas da área de saúde, estudantes universitários e membros de entidades. Além das palestras, a psiquiatra lança a segunda edição ilustrada com quadros pintados pelo autor, com os últimos três anos do diário do filho Felipe.

Má postura pelo uso inadequado do celular pode agravar dores e problemas na coluna





Segundo dados do IBGE, o uso de celulares e tablets para acessar a internet nos lares brasileiros ultrapassou o acesso via computador

O hábito de inclinar o pescoço para ler ou escrever mensagens no celular ou tablet já se tornou uma rotina para a maioria das pessoas de todas as idades. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE com dados de 2014, divulgados neste mês, o uso do celular para acessar a internet ultrapassou a utilização do microcomputador. Na comparação com o ano anterior, 2013, nas residências, a utilização do computador recuou de 88,4% para 76%. Já o acesso à internet pelo celular aumentou de 53,6% para 80,4%.

O que muitos não sabem, é que essa posição pode ocasionar cefaleia ou dores na coluna cervical, e a longo prazo, até patologias mais sérias, como artrose da coluna, conhecido como Text Neck, ou “pescoço da mensagem de texto”. Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida, Dr. Gilberto Ohara, a inclinação constante da cabeça por longos períodos afeta, principalmente, as primeiras vértebras da coluna cervical. “Essa inclinação equivocada pode causar desde dor de cabeça até dor no pescoço por fadiga muscular, e se mantida durante muito tempo, pode ocasionar uma artrose por degeneração do disco vertebral”, afirma o especialista.

A cabeça de um homem adulto pesa cerca de 6kg, mas quando ela é inclinada para baixo por meio do movimento do pescoço, ocorre uma sobrecarga mecânica e pode chegar a pesar 27 kg. O ortopedista complementa que essa postura é prejudicial, e em casos extremos, pode haver a necessidade de uma cirurgia da coluna cervical.

Para não deixar de usar o smartphone e desenvolver uma Text Neck, é importante tomar medidas preventivas contra essas lesões, como colocar o celular ou tablet em frente aos olhos quando for ler ou escrever alguma mensagem de texto. O ideal é fazer exercícios específicos para a coluna cervical, como orienta o educador físico do Centro de Qualidade de Vida, Rodrigo Poli. “Comece com um leve alongamento. Sem pressionar, puxe a cabeça primeiro para um dos lados e segure na posição até sentir a musculatura reagindo. 

Mantenha o conforto e troque o lado. Faça de duas a três séries. Outra forma é flexionar a cabeça para frente, usando as duas mãos pressionando a cabeça para baixo, segure 20 ou 30 segundos, solte as mãos e repita por três vezes.”, explica.

Exercícios para fortalecer a musculatura:

1- Incline a cabeça para baixo e passe uma toalha por trás, segurando nas pontas. Mantenha as mãos puxando levemente movimentos para baixo e, ao mesmo tempo, mantenha a cabeça fazendo a força contrária, para cima. Com isso, a musculatura do pescoço se movimenta contra uma resistência, favorecendo o fortalecimento dos músculos extensores do pescoço (músculos de trás).

2- Para fortalecer os músculos flexores do pescoço, ao contrário do primeiro exemplo, a toalha ou algum peso - caneleiras, por exemplo – é colocado na testa e a cabeça pode ficar levemente inclinada par trás, e o movimento então se inicia flexionando a cabeça para frente. Pode ser feito entre duas a três séries e a princípio com movimentos curtos e resistência leve a moderada, podendo evoluir nos próximos treinos.

3- Em pé ou sentado, segure nas duas mãos algum peso, mínimo 2kg, com os braços estendidos. Eleve ao máximo os ombros para cima, como se quisesse encostar o ombro na orelha, segure por volta de 2 ou 3 segundos, desça os ombros e relaxe.

O recomendado é que faça três séries entre 15 e 18 movimentos, podendo aumentar a carga gradativamente em todos os exercícios.

HOMENS TAMBÉM SÃO PROPENSOS AO CÂNCER DE TIREOIDE







  (Imagem meramente ilustrativa)

Os nódulos da tireoide podem ter causas diversas por alterações estruturais da própria glândula ou por surgimento de tumores que podem ser benignos ou malignos. O câncer de tireoide é encontrado em cerca de 8% dos nódulos nos homens e em 4% dos nódulos em mulheres. De forma geral, nódulos na tireoide são muito comuns e cerca de 90% deles são benignos.
A causa da maioria dos nódulos benignos não é conhecida. Alguns estudos apontam que o consumo de iodo em excesso leva ao aparecimento de nódulos, assim como a gravidez também aumenta as chances do surgimento.
“Nódulos na tireoide são agrupamentos de células na glândula tireoide, isto é, uma massa de tecido tireoidiano que cresceu e que pode se transformar em cistos cheios de líquido ou nódulos sólidos – compostos por células da glândula tireoide”, explica Jorge kim, especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e em Doenças da Tireoide e Paratireoide da Alira Medicina Clínica. As chances de desenvolver nódulos aumentam à medida que se envelhece. Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande pode, às vezes, causar rouquidão ou atrapalhar a engolir ou respirar.
Em casos de nódulos, é importante visitar o médico a cada 6 a 12 meses para monitoramento. “Este acompanhamento envolve exame físico e ultrassonografia. Caso neste período seja detectado aumento do nódulo ou houver algum achado suspeito tanto no exame físico como na ultrassonografia, o médico deve avaliar se há necessidade de investigação com biópsia, que é realizada através de punção com uma agulha fina, ou, em alguns casos, é orientado, inclusive, a remoção cirúrgica”, afirma o especialista.
O tratamento depende do tipo de nódulo da tireoide. “A recomendação é de remoção cirúrgica da tireoide para nódulos cancerígenos ou suspeitos. Após a cirurgia, terapia com iodo radioativo pode ser usada para destruir quaisquer células tireoideanas remanescentes em caso de diagnóstico de alguns tipos de cânceres. A remoção também é indicada para outros tipos de nódulos, mesmo quando eles não são cancerígenos; geralmente quando são grandes, comprimem estruturas ao redor dela e causam problemas para engolir ou respirar”, diz.
Kim destaca que todos os nódulos da tireoide devem ser avaliados para se afastar a possibilidade de serem câncer de tireoide e também a importância de fazer o acompanhamento adequado de acordo com cada caso.


Dr. Jorge Kim - especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e em Doenças da Tireoide e Paratireoide da Alira Medicina Clínica. Tem título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e é membro da equipe da Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP HC-FMUSP).

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