Pesquisar no Blog

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Má postura pelo uso inadequado do celular pode agravar dores e problemas na coluna





Segundo dados do IBGE, o uso de celulares e tablets para acessar a internet nos lares brasileiros ultrapassou o acesso via computador

O hábito de inclinar o pescoço para ler ou escrever mensagens no celular ou tablet já se tornou uma rotina para a maioria das pessoas de todas as idades. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE com dados de 2014, divulgados neste mês, o uso do celular para acessar a internet ultrapassou a utilização do microcomputador. Na comparação com o ano anterior, 2013, nas residências, a utilização do computador recuou de 88,4% para 76%. Já o acesso à internet pelo celular aumentou de 53,6% para 80,4%.

O que muitos não sabem, é que essa posição pode ocasionar cefaleia ou dores na coluna cervical, e a longo prazo, até patologias mais sérias, como artrose da coluna, conhecido como Text Neck, ou “pescoço da mensagem de texto”. Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida, Dr. Gilberto Ohara, a inclinação constante da cabeça por longos períodos afeta, principalmente, as primeiras vértebras da coluna cervical. “Essa inclinação equivocada pode causar desde dor de cabeça até dor no pescoço por fadiga muscular, e se mantida durante muito tempo, pode ocasionar uma artrose por degeneração do disco vertebral”, afirma o especialista.

A cabeça de um homem adulto pesa cerca de 6kg, mas quando ela é inclinada para baixo por meio do movimento do pescoço, ocorre uma sobrecarga mecânica e pode chegar a pesar 27 kg. O ortopedista complementa que essa postura é prejudicial, e em casos extremos, pode haver a necessidade de uma cirurgia da coluna cervical.

Para não deixar de usar o smartphone e desenvolver uma Text Neck, é importante tomar medidas preventivas contra essas lesões, como colocar o celular ou tablet em frente aos olhos quando for ler ou escrever alguma mensagem de texto. O ideal é fazer exercícios específicos para a coluna cervical, como orienta o educador físico do Centro de Qualidade de Vida, Rodrigo Poli. “Comece com um leve alongamento. Sem pressionar, puxe a cabeça primeiro para um dos lados e segure na posição até sentir a musculatura reagindo. 

Mantenha o conforto e troque o lado. Faça de duas a três séries. Outra forma é flexionar a cabeça para frente, usando as duas mãos pressionando a cabeça para baixo, segure 20 ou 30 segundos, solte as mãos e repita por três vezes.”, explica.

Exercícios para fortalecer a musculatura:

1- Incline a cabeça para baixo e passe uma toalha por trás, segurando nas pontas. Mantenha as mãos puxando levemente movimentos para baixo e, ao mesmo tempo, mantenha a cabeça fazendo a força contrária, para cima. Com isso, a musculatura do pescoço se movimenta contra uma resistência, favorecendo o fortalecimento dos músculos extensores do pescoço (músculos de trás).

2- Para fortalecer os músculos flexores do pescoço, ao contrário do primeiro exemplo, a toalha ou algum peso - caneleiras, por exemplo – é colocado na testa e a cabeça pode ficar levemente inclinada par trás, e o movimento então se inicia flexionando a cabeça para frente. Pode ser feito entre duas a três séries e a princípio com movimentos curtos e resistência leve a moderada, podendo evoluir nos próximos treinos.

3- Em pé ou sentado, segure nas duas mãos algum peso, mínimo 2kg, com os braços estendidos. Eleve ao máximo os ombros para cima, como se quisesse encostar o ombro na orelha, segure por volta de 2 ou 3 segundos, desça os ombros e relaxe.

O recomendado é que faça três séries entre 15 e 18 movimentos, podendo aumentar a carga gradativamente em todos os exercícios.

HOMENS TAMBÉM SÃO PROPENSOS AO CÂNCER DE TIREOIDE







  (Imagem meramente ilustrativa)

Os nódulos da tireoide podem ter causas diversas por alterações estruturais da própria glândula ou por surgimento de tumores que podem ser benignos ou malignos. O câncer de tireoide é encontrado em cerca de 8% dos nódulos nos homens e em 4% dos nódulos em mulheres. De forma geral, nódulos na tireoide são muito comuns e cerca de 90% deles são benignos.
A causa da maioria dos nódulos benignos não é conhecida. Alguns estudos apontam que o consumo de iodo em excesso leva ao aparecimento de nódulos, assim como a gravidez também aumenta as chances do surgimento.
“Nódulos na tireoide são agrupamentos de células na glândula tireoide, isto é, uma massa de tecido tireoidiano que cresceu e que pode se transformar em cistos cheios de líquido ou nódulos sólidos – compostos por células da glândula tireoide”, explica Jorge kim, especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e em Doenças da Tireoide e Paratireoide da Alira Medicina Clínica. As chances de desenvolver nódulos aumentam à medida que se envelhece. Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande pode, às vezes, causar rouquidão ou atrapalhar a engolir ou respirar.
Em casos de nódulos, é importante visitar o médico a cada 6 a 12 meses para monitoramento. “Este acompanhamento envolve exame físico e ultrassonografia. Caso neste período seja detectado aumento do nódulo ou houver algum achado suspeito tanto no exame físico como na ultrassonografia, o médico deve avaliar se há necessidade de investigação com biópsia, que é realizada através de punção com uma agulha fina, ou, em alguns casos, é orientado, inclusive, a remoção cirúrgica”, afirma o especialista.
O tratamento depende do tipo de nódulo da tireoide. “A recomendação é de remoção cirúrgica da tireoide para nódulos cancerígenos ou suspeitos. Após a cirurgia, terapia com iodo radioativo pode ser usada para destruir quaisquer células tireoideanas remanescentes em caso de diagnóstico de alguns tipos de cânceres. A remoção também é indicada para outros tipos de nódulos, mesmo quando eles não são cancerígenos; geralmente quando são grandes, comprimem estruturas ao redor dela e causam problemas para engolir ou respirar”, diz.
Kim destaca que todos os nódulos da tireoide devem ser avaliados para se afastar a possibilidade de serem câncer de tireoide e também a importância de fazer o acompanhamento adequado de acordo com cada caso.


Dr. Jorge Kim - especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e em Doenças da Tireoide e Paratireoide da Alira Medicina Clínica. Tem título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e é membro da equipe da Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP HC-FMUSP).

Lei que substituiu modelo de carta para negativar completa 6 meses sem trazer benefícios a consumidores e mercado de crédito




                                                                                                                                                                                                   
Modelo de correspondência, mais burocrático, ineficiente e sete vezes mais caro do que a comunicação usada há mais de 30 anos, foi recusado por 90% das empresas que negativam nos birôs de crédito. Impediu a negativação de cerca de 12 milhões de dívidas que somadas representam cerca de R$ 60 bilhões. A lei contribuiu ainda para a redução de R$ 4 bilhões em crédito às famílias em SP


Sem benefícios aos consumidores e empresas, a lei paulista nº 15.659/15, que impõe a substituição da carta simples, com aviso de postagem, usada há mais de 30 anos, pelo modelo com aviso de recebimento (AR) para o devedor, e a respectiva assinatura no aviso antes da inclusão do nome na lista de inadimplentes, completou seis meses em março. No período de setembro/2015 a fevereiro/ 2016, a carta com AR colecionou resultados negativos devido ao alto custo, sete vezes maior do que a comunicação simples, à ineficiência e ao aumento da burocracia para empresas e consumidores. É o que aponta estudo inédito feito pela Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC), associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável do crédito no Brasil.

A carta com AR foi recusada por cerca de 90% das empresas que negativam em SP, principalmente varejistas e concessionárias de serviços públicos, sem condições de arcar com o correspondente aumento do custo. Com a baixa adesão, em fevereiro de 2016, somente 2% dos consumidores com dívidas em atraso foram incluídos nos cadastros de proteção ao crédito. O modelo com AR tem ainda um processo mais demorado e menos eficiente do que o simples, pois de cada 100 cartas AR enviadas, 40 não são assinadas no mesmo mês e, portanto, não podem ser negativadas.

A nova lei paulista impediu, assim, a negativação nos birôs de crédito de cerca de 12 milhões de débitos atrasados de setembro/2015 a fevereiro/ 2015, afetando todos os cidadãos, inadimplentes ou não. As dívidas totalizam cerca de R$ 58,3 bilhões.

A ausência de informações atualizadas e fidedignas das empresas de proteção ao crédito, que são consultadas por 500 mil empresas por dia, acabou contribuindo para a diminuição do volume de empréstimos. De setembro/2015 a fevereiro/2016, o crédito ao consumidor no Estado de SP cresceu apenas 2,1% ao passo que nos demais Estados o crescimento acumulado foi de 3,2%, ou seja, 49% maior que em SP. Isso representa uma redução de R$ 4,1 bilhões no crédito às famílias em SP, afetando principalmente as de mais baixa renda. Se o credor não tem informação atualizada, não pode prever a probabilidade de o consumidor pagar a dívida e por isso não arriscará conceder crédito. Se o fizer, cobrará taxas de concessão e juros mais altos, suficientes para cobrir o alto risco de não receber.


A justificativa do projeto de lei que originou a nova regra em São Paulo seria a de suprir falhas supostamente existentes no processo de comunicação das dívidas atrasadas. Porém, esse problema não é real, segundo apontam vários órgãos de defesa dos consumidores. As empresas de proteção de crédito já comunicam eficazmente o consumidor, seguindo estritamente o determinado pelo Código de Defesa do Consumidor. 

A eficácia da comunicação é comprovada pelo Ranking do Procon-SP de 2014 demonstra que houve apenas duas reclamações por suposta falta de comunicação dos birôs de crédito no ano inteiro. Também, nos canais de atendimento das empresas de proteção de crédito e em outros canais de proteção do consumidor, como demais PROCONs, ReclameAqui e Consumidor.gov.br, o índice de reclamações sobre a falta de comunicação é praticamente inexistente.

A exigência de autorização de devedor mediante assinatura no aviso de recebimento carece, portanto, de bons fundamentos, sendo prejudicial ao consumidor, ao mercado de crédito e as agentes econômicos em geral.

Posts mais acessados