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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Crowfunding: como as “vaquinhas virtuais” ajudam a capitalizar boas ideias




Um dos grandes obstáculos para os empreendedores é levantar dinheiro para capitalizar uma boa ideia. Conseguir financiamento nos tempos atuais é uma situação cada vez mais distante para a grande maioria dos brasileiros, ainda mais no patamar de juros que estão sendo cobrados pelo mercado financeiro. Segundo uma notícia publicada no UOL Economia, o programa de milhagens Smiles lançou uma vaquinha virtual, para viabilizar a viagem dos sonhos sem dinheiro. A ação chamou a atenção novamente para o tema do crowfunding, mas o que é isso afinal?

O crowfunding, conhecido aqui no Brasil como "financiamento coletivo" ou "vaquinha virtual", é uma reunião de forças múltiplas para se levantar dinheiro para um fim específico. Nesse modelo, você cria um projeto de interesse coletivo e o coloca na internet, convidando as pessoas para o apoiarem com quantias que podem começar com valores mínimos até a um pagamento vultoso de suas necessidades. Quem se interessa pelo projeto, ajuda com o que pode, mesmo que em alguns casos, seja apenas um real.

Centenas de pessoas estão procurando hoje, através de vaquinhas virtuais, financiamento coletivo na internet com projetos mais variados possíveis. Alguns buscam recursos para desenvolver e imprimir livros de poesias, outros são músicos e buscam recursos para lançar um CD, outra pessoa fez um tour pelo país dando palestras de empreendedorismo para jovens, uma ONG busca criar um santuário animal com mais recursos, alguns jovens buscam criar um jogo de tabuleiro no estilo RPG, artistas buscam recursos para montar um espetáculo de teatro e amigos buscam ajuda financeira para custear o tratamento de saúde de uma pessoa, entre outros.

Não há limitações para se montar e buscar recursos financeiros para um projeto de financiamento coletivo. Depende de ele atrair um número de interessados em contribuir com a causa, que não mais necessitam estar geograficamente perto do empreendedor. A ajuda pode vir do outro lado do país ou até do exterior.

Por fim, o financiamento coletivo também não é um remédio para todos empreendedores, que necessitam de recursos para montar um negócio. Todavia, se o projeto for bem elaborado, ético e conseguir tocar emocionalmente os colaboradores, ele pode ser uma ferramenta útil. A qualidade do que se propõe a fazer e o engajamento de possíveis colaboradores pode ser mais uma opção realista para a implantação do seu sonho.


Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ, palestrante e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".
www.educacaofinanceiraparatodos.com 


Ceratocone: o que o anel intraestromal faz por sua visão?






Um dos avanços mais recentes no tratamento do ceratocone – doença que afina e aumenta a curvatura da córnea, promovendo rápida progressão da miopia e do astigmatismo – é o implante do anel intraestromal. De acordo com Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, esse dispositivo é especialmente indicado para quem não consegue corrigir a visão fazendo uso de lentes de contato. “Os anéis intraestromais foram desenvolvidos, inicialmente, para melhorar os resultados obtidos com a cirurgia refrativa a laser – principalmente para reduzir efeitos de cicatrização da córnea. Mas, sendo ajustável e reversível, a técnica vem apresentando resultados refracionais surpreendentes”.


Neves explica que o implante do anel intraestromal é um procedimento simples, em que o paciente é levemente sedado em ambiente cirúrgico e tem alta no mesmo dia. “Durante o procedimento, implantamos o anel – ou melhor, dois semicírculos de material rígido – na camada da córnea que se chama estroma. Além de preservar a integridade da córnea, o implante promove seu remodelamento, regulariza a superfície, desloca o ápice corneado para o centro da pupila, e promove a correção refrativa para que o paciente volte a ter boa visão”.


De acordo com o especialista, o ceratocone acomete uma em cada duas mil pessoas e costuma atingir os dois olhos. “Geralmente, um olho apresenta ceratocone em estágio mais avançado que o outro. A adolescência é o período em que a doença mais avança – tendendo a uma estabilização na idade adulta. O problema é que, dependendo do agravamento, só um transplante de córnea surge como opção para que o paciente volte a enxergar bem. Por isso é tão importante diagnosticar a doença o quanto antes e recorrer às técnicas que podem corrigir ou retardar o agravamento do quadro”.


Entre os avanços em termos de tratamento, o crosslink também tem registrado bons resultados. “Trata-se do enrijecimento do colágeno da córnea. Esse é um tratamento conservador que evita a progressão da doença. Ou seja, é ideal para ser realizado em paciente jovem. Essa técnica pressupõe a aplicação de riboflavina (vitamina B) na córnea. Esse agente fotossensibilizante estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. A técnica não só promove um aumento de rigidez biomecânica da parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como, em alguns casos, proporciona melhor visão”.


Colírios antibióticos e anti-inflamatórios são necessários durante alguns dias, até que o paciente passe a enxergar com clareza. Resultados efetivos podem ser conferidos num prazo de 90 dias. “O endurecimento da córnea é o que previne danos nas estruturas oculares profundas, sendo que não há risco para a lente nem para a retina. Assim como o implante de anéis intracorneanos, essa técnica vem sendo aprimorada e representa um avanço muito importante para a Oftalmologia, dando novas esperanças a quem está com muita dificuldade de enxergar por conta do ceratocone”, diz Neves.



Prof. Dr. Renato Augusto Neves - cirurgião-oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

Lei que regulariza ativos não declarados no Exterior passa a valer a partir de abril





O compartilhamento de dados entre autoridades fiscais de diversos países deve estimular a adesão do contribuinte

Para Fernando Ayres, advogado tributarista e sócio do escritório Souto Correa, trata-se de uma legislação inédita no Brasil, que afasta a responsabilização penal de quem possui recursos não declarados ou declarados de forma incorreta fora do país. “O conceito já foi aplicado em outros países com bastante sucesso e pode ser uma boa opção para o contribuinte regularizar a sua situação”, afirma.

De 4 de abril até 31 de outubro de 2016, residentes ou domiciliados no Brasil em 31 de dezembro de 2014 que tenham sido ou sejam proprietários de recursos, bens ou direitos de origem lícita fora do país, até então não declarados ou declarados de forma incorreta à Receita Federal, poderão regularizá-los. Os valores estarão sujeitos ao pagamento do Imposto de Renda (15%), além de multa de 100% do imposto incidente sobre o valor declarado, totalizando 30%.

Com a medida, conhecida como Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), instituído pela Lei nº 13.254 - conhecida como “Lei da Repatriação”, o governo federal espera arrecadar R$ 21 bilhões este ano. Outros países, como a Itália, já aderiram à repatriação anteriormente, chegando a arrecadar mais de US$ 100 bilhões.

Fernando atenta para o fato de que instituições internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), contam cada vez mais com mecanismos que facilitam a troca de informações entre o fisco dos países. “Programas como o plano de ação BEPS (Base Erosion and Profit Shifting Action Plan) da OCDE e o FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act), regime de prestação de informações para entidades dos Estados Unidos, do qual o Brasil é signatário desde 2014, aumentarão a exposição de quem mantém recursos não declarados no Exterior.  

Caso tais recursos sejam identificados por autoridades fiscais ou cambiais, há risco de enquadramento em crimes contra a ordem tributária ou de evasão de divisas. Esse é um incentivo para as pessoas aderirem ao regime”, explica o tributarista. Nos próximos anos, a previsão é de que mais de 100 países participem de acordos que envolvam a troca de informações financeiras internacionais, prevê.

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