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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

FGTS pode ser utilizado para quitar dívidas protestadas


Aproveitar o saque para negociar os débitos também é uma forma de movimentar a economia do país


Com a liberação dos primeiros saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS, a partir de 13 de setembro, o Governo Federal prevê injetar no mercado, aproximadamente, R$42 bilhões até 2020. Um dos destinos possíveis para o emprego desse recurso, por parte das pessoas que optaram pelo uso benefício, é o pagamento de dívidas protestadas. “Com a proximidade de datas de grande movimentação no comércio, como Black Friday e Natal, quem está com impedimentos e restrições financeiras em função de protesto extrajudicial, em geral, procura negociar e quitar os débitos, para poder aproveitar as promoções e condições diferenciadas trazidas nesse período. Logo, esse recurso vindo do FGTS será uma oportunidade para essas pessoas”, destaca Eversio Donizete, presidente do Instituto de Protesto - MG.

Eversio explica que quem tem uma dívida protestada em cartório não consegue comprar, financiar e ainda fica com ressalvas em agências bancárias para retirada de talões de cheque, de cartões, entre outros. “Além dessas restrições, o protesto não prescreve. Ele perde a validade apenas depois que a dívida for paga”, complementa.

Pela regra de retirada do fundo, cada cidadão poderá realizar saques de até R$500 em cada conta que possuir, ativas ou inativas. “Se uma pessoa tem três contas, ela poderá retirar aproximadamente R$1.500, um valor considerável para quem está devendo, pois é um adicional que poderá contribuir muito para os planos futuros”, comenta.

O presidente do Instituto acrescenta que ao negociar um débito protestado e, consequentemente, resolver a situação financeira, a pessoa, automaticamente, também contribui para movimentar a economia.


Consulta

 Para saber se há protesto em aberto basta acessar o site do Instituto de Protesto - MG www.protestomg.com.br e fazer uma busca gratuitamente. A ferramenta possui as orientações necessárias para a quitação de débitos e a busca abrange todo o país.


Cadastro obrigatório para comércio gerador de lixo termina nesta segunda-feira


O “grande gerador” é aquele que produz mais de 200 litros de lixo por dia, e a partir de agora, deverá contratar uma empresa para fazer a coleta de forma correta


A partir de hoje (9/9), a gestão do lixo na cidade de São Paulo entra em uma nova fase. Proprietários de estabelecimentos comerciais da capital, como restaurantes, mercados e padaria, considerados grandes geradores de lixo têm até o fim do dia para efetuar o cadastro no site da prefeitura, registrar algumas informações sobre seu negócio e declarar o volume de lixo gerado.

A ação faz parte do novo Controle de Resíduos de Grandes Geradores (CTR-RGG), um sistema de fiscalização e rastreabilidade criado para cadastrar todos os entes privados que fazem parte desta rede de limpeza urbana (geradores, transportadores, cooperativas e destinos finais).

A tecnologia permite que a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB) saiba como o resíduo de cada empresa é coletado, transportado e por fim, destinado com o intuito de estabelecer melhorias na zeladoria urbana, na saúde pública, além de economia de recursos públicos.
Baseado nas informações fornecidas, o própria sistema irá classificá-los como pequenos ou grandes geradores. O estabelecimento que não se cadastrar estará sujeito à multa inicial de R$ 1,7 mil.

Com a nova dinâmica, o grande gerador começará a pagar uma taxa anual de R$ 228 e deve contratar uma empresa privada responsável pela coleta, transporte, tratamento e destinação dos resíduos.

Para os pequenos geradores não é cobrada taxa alguma, mas é preciso separar os resíduos produzidos em sacolas separados por lixo seco e úmido.

São considerados “grandes geradores” aqueles que produzem mais de 200 litros de lixo por dia. O cadastro é feito dentro de um sistema autodeclaratório e integra o cumprimento da Lei 13.478, de 2002, regulamentada pelo Decreto nº 58.701, de 2019, que trata do lixo gerado nos estabelecimentos comerciais.


PARA ONDE VAI O LIXO

Alessandro Azzoni, coordenador do Núcleo de Estudos Socioambientais (NESSA), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), explica que a nova legislação tem uma explicação - os aterros da capital estão perto do esgotamento, e são utilizados terrenos cada vez mais distantes.

A implantação do cadastro eletrônico é prevista desde 2002, mas só foi formalizada por decreto regulamentador em abril deste ano. 

Um levantamento com dados de 39 cidades da região metropolitana de São Paulo indica que somente a capital paulista produz cerca de 20 mil toneladas de resíduos todos os dias.

Desses, 12 mil são de coleta domiciliar e 8 mil de varrição. O volume daria para cobrir toda a extensão da Avenida Paulista, com uma montanha de 53 metros. Todo o montante vai para dois aterros sanitários, um na Zona Leste e outro na Zona Sul, que operam próximo a capacidade máxima.

A ideia, segundo Azzoni, é que aqueles que geram de 200 a 500 litros, como os mercadinhos de bairro, padarias, oficinas mecânicas, e outros, deixem de fazer o descarte total com a coleta normal e passem a selecionar seus resíduos com mais cuidado.

Ele cita o caso de um comerciante que gera 200 litros por mês. “Se ele avaliar bem esse volume, metade disto é reciclável, já não vai mais pro aterro e nem precisa de coleta particular. Uma redução de até 15% já seria fantástica e muito simples”.

Para Azzoni, a ideia é válida e necessária para que a sociedade passe a ter mais consciência sobre o assunto. “A ACSP está apta a orientar seus associados nesse processo e estamos empenhados em levantar essa bandeira”, diz. 


QUEM E COMO SE CADASTRAR

Todas as empresas situadas no município de São Paulo, assim como todas as empresas com sede fora da capital, mas que prestam serviços no processo de transporte, manuseio, reciclagem ou destino final de resíduos sólidos gerados na cidade têm obrigatoriedade do cadastro.

Para realizar o cadastro é preciso anexar todos os documentos solicitados.

“O cadastro não é tão simples, pois leva em consideração o número de metros quadrados, área construída, número de funcionários e uma fórmula de cálculos que vai indicar uma média do volume produzido. Portanto, se o comerciante colocar um volume menor, ele vai ser pego ali mesmo”, esclarece Azzoni.

O prazo para se cadastrar no sistema CTR-E RGG termina às 23h59 desta segunda-feira (9/9). Após essa data, os estabelecimentos estarão sujeitos às penalidades previstas na legislação.

Azzoni alerta que a fiscalização da Amlurb será rigorosa e não terá caráter orientativo. Além da multa de R$ 1,7 mil para quem não se cadastrar, haverá fiscalizações futuras, e nesse caso, o valor pode subir para R$ 16 mil. A atualização do cadastro é constante e deve ser feito mês a mês de acordo com a quantidade de lixo gerada.
A validade do cadastro na AMLURB é de um ano para todos os entes envolvidos na cadeia de resíduos sólidos. Após esse período é preciso realizar o recadastro no sistema CTR-E RGG.


Turismo: segmento é um dos preferidos para fraudes em anúncios digitais


Bots e concorrentes geram cliques falsos e transformam investimento de anunciantes em desperdício


A indústria de cliques fraudulentos em publicidade digital deve causar um prejuízo de US$ 42 bilhões em 2019, de acordo com a consultoria Juniper Research. O segmento de turismo, que compreende hotéis, pousadas, operadores dentre outros, é um dos preferidos dos fraudadores, segundo a ClickCease.

Por meio de uma série de técnicas que envolvem desde bots até fazendas de cliques em países pobres, os criminosos faturam em cima de empresas que veem seu orçamento de marketing ser desperdiçado.

“Os indicadores de fraude para o nicho da hotelaria são elevados, devido à grande competição entre os anunciantes”, diz Michel Primo da Clickcease (www.clickcease.com.br), martech israelense especializada na defesa contra ações desse tipo. Não há dados sobre o prejuízo com problemas do tipo no segmento de turismo mas a estimativa é de que as perdas correspondam a 20% do orçamento total das empresas..


Como os fake cliques acontecem

De modo geral, as fraudes se dividem em duas categorias. As chamadas Click Frauds envolvem ações que forçam o anunciante a gastar com cliques que não foram feitos por consumidores reais. Nesse caso, robôs, por exemplo, clicam de maneira consecutiva em anúncios e fazem o responsável por ele pagar por visualizações que não atingiram potenciais clientes verdadeiros – ou seja, não há ganho direto para o responsável pelo golpe. “É comum que isso seja feito por concorrentes, por exemplo”, afirma Primo.

Ad Frauds, por outro lado, são estratégias que fazem com que as empresas paguem por visualizações e interações com anúncios em sites maliciosos sem obter qualquer retorno publicitário com isso. Um exemplo são páginas com conteúdo fake que recebem um volume alto de tráfego por redirecionamento de links automáticos, mas que não entregam qualquer retorno para o anunciante – aqui sim os fraudadores lucram.

Entre as melhores estratégias para evitar golpes na publicidade digital, estão softwares que monitoram o tráfego e identificam comportamentos anormais, assim como a escolha adequado dos parceiros que fazem parte do ecossistema de marketing da empresa. Por conta própria, o problema não irá embora. Ainda de acordo com a Juniper Research, o prejuízo causado por cliques fraudulentos deve bater a marca dos US$ 100 bilhões anuais em 2023.







Despachantes terão de usar certificado digital para acessar sistema de cadastro de veículos


Licenciamento, emplacamento e consulta dados de um veículo só poderão ser feitos por meio do Certificado Digital


Para oferecer maior segurança às operações realizadas por meio do Sistema de Gerenciamento dos Serviços de Cadastro de Registro de Veículo de São Paulo (eCRVsp), no último de 05 de setembro foi exigido que despachantes e auxiliares acessem o serviço apenas por meio de certificado digital da pessoa física, o eCPF. O eCRVsp contempla uma série de serviços eletrônicos, entre os quais transferência de propriedade, de município ou Estado; alteração de dados cadastrais do dono do veículo; licenciamento; primeiro emplacamento e levantamento de dados de automóveis de outras localidades.

De acordo com Maurício Balassiano, diretor de Certificação Digital da Serasa Experian, o certificado digital da pessoa física (eCPF) é a uma identidade virtual que, de forma segura e inequívoca, identifica o titular do documento em transações realizadas em meios eletrônicos. “O certificado digital elimina qualquer possibilidade de erro e ao ser utilizado deixa no sistema a informação de quem acessou determinado serviço ou informação”.

A nova exigência é uma determinação do órgão do governo, que pretende dar maior segurança às operações. Cada eCPF terá acesso a 20 logins diários. Após esse limite, haverá bloqueio e o sistema só será liberado para o usuário no dia seguinte, de forma automática.





Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Especialista explica por que investir em outros meios que não a poupança


Mesma segurança e juros maiores são alguns dos motivos que o Educador Financeiro, Uesley Lima comenta


                O PIB do Brasil cresceu. O país aumentou seu Produto Interno Bruto em 0,4% no segundo trimestre de 2019. Segundo o IBGE, que divulgou a pesquisa no último mês, isso ocorreu devido a ganhos na indústria e nos serviços.

                Apesar de baixo, esse crescimento foi acima do esperado e afastou a possibilidade de uma recessão técnica na economia nacional. As pessoas estão voltando a consumir, o dinheiro está voltando a girar. Assim, poupar dinheiro deixou de ser só um plano e voltou a ser realidade na vida dos brasileiros.

                A Bolsa de Valores é um exemplo disto. Este ano, 20% dela voltou a ser ocupado por pessoas físicas. Pouco a pouco, a população deixa a insegurança de lado e utiliza outros métodos para investir seu dinheiro. Em abril, já estavam sendo contabilizados 1 milhão de investidores. No entanto, mesmo parecendo um número expressivo, não equivale nem a 0,5% dos brasileiros.

                No ano passado, 88% dos investidores ainda optavam pela poupança, pois tradicionalmente tem-se a ideia de que essa é a única forma segura de não perder dinheiro. Uesley Lima, especialista em Bolsa de Valores, explica que, caso a pessoa esteja investindo na poupança de algum banco e esta instituição entre em falência, existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que garante que não se perca o que foi investido. Esse fundo é privado, mas supre o total de R$ 250 mil por cliente.

                Se o investimento for de R$ 270 mil, estes R$ 20 mil serão perdidos. O FGC, porém, não cobre apenas a poupança. Sua garantia alcança também investimentos em Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito (LC), entre outros produtos financeiros.

                Aí é que está a principal questão tratada pelo especialista. Erroneamente, acredita-se que apenas a poupança apresenta estabilidade e que qualquer forma diferente de investimento é um risco, quase uma certeza da perda de dinheiro. Mas, na verdade, CDB, LCI, LCA e assemelhadas possuem exatamente a mesma garantia da poupança.

                Então por que sair da poupança? Porque justamente esses outros produtos financeiros possibilitam um maior rendimento. Enquanto a poupança rende 4,2% ao ano, os demais chegam a 9%.

                “A gente vive no país dos juros, das maravilhas dos investimentos. Onde você coloca o seu dinheiro, ele cresce. Alguns investimentos são melhores do que outros, então comece a escolher melhor. E isso só vai acontecer na hora que começarmos a tirar esse medo enraizado do risco de perder dinheiro”, orienta Uesley.

PÁTRIA EM TEMPOS DECISIVOS



Vai passando batida mais uma Semana da Pátria. São poucas, fora dos círculos militares, as manifestações de celebração a esse marco temporal de nossa nacionalidade. Mas não escrevo para pedir que as pessoas, que os lares e que as vitrinas se enfeitem de verde e amarelo. O objetivo deste texto é bem diferente. É um apelo aos brasileiros, de modo especial aos que amam a pátria e se sentem responsáveis por ela.
Escrevo para muitos, portanto. Aproveitemos esta semana para refletir sobre o que tantos conterrâneos continuam a fazer. Por vocação e gosto desejam prosseguir na faina que acabou por transformar o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como raras vezes se viu igual. Uma casa de tolerância tão avessa à ordem que não se perturba com vê-la entregue aos criminosos. Que conta bandidos mortos e não conta policiais perdidos em combate. Que fala mal do Brasil para o mundo e faz palco a todo estrangeiro que venha fazer o mesmo aqui dentro. Casa de tolerância que aplaudia e hoje reverencia o gangsterismo político e o crime que por tanto tempo operou nos altos andares da República. Casa de tolerância de um banditismo deslavado e sorridente, de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fossem a mesma coisa. E festeja toda impunidade.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, aos milhões, o próprio povo, desde as mentes infantis. São milhões e milhões que já não se repugnam, que desconhecem constrangimento, que não reclamam e, pior, se proclamam devotos. Aplaudem.
Não é apenas no plano da política que a nação foi sendo abusada e corrompida. Também nos costumes, no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. No pior dos sentidos, foi arrastada nesse rumo uma nação debilitada pela pobreza. Incitaram o conflito racial em um povo mestiço desde os primórdios. À medida que Deus foi sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instalou-se, no Brasil, a soberania do outro.
Recebemos de Deus e da História um país esplêndido. No lugar onde hoje emergimos de qualquer mergulho nos acontecimentos das últimas décadas é impossível não perceber que às ações de agora correspondem reações contrárias, empurrando-nos precisamente para os embaraços dos quais quisemos sair e saímos.
Nosso dever cívico não tem data nem prazo de validade. São tempos para não esmorecer, tempos para que não tombem nossos braços nem nos falte o indispensável alento para o convívio livre e democrático com a divergência, conhecendo os valores que abraçamos e confirmando, sempre, nossa confiança nos frutos da verdade, da dignidade e da liberdade.

Feliz Semana da Pátria, de uma pátria mais feliz consigo mesma!


Percival Puggina -  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


domingo, 8 de setembro de 2019

O berço da civilização, a cidade da tolerância: Mardin


Cidade guarda alguns dos mais antigos prédios da Turquia


Mardin é uma das poucas cidades do mundo que foi inteiramente declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Isso porque cada centímetro da cidade transmite história e cultura, e essas terras ao longo do Rio Tigre têm sido o cruzamento de civilizações desde o início da própria civilização.

A medida faz sentido. Toda a cidade é um museu a céu aberto. A maioria dos edifícios usa pedras calcárias de cor bege que foram extraídas durante séculos em pedreiras locais.

A história da cidade remonta pelo menos até o século 14 a.C., quando era um ponto importante no Império Médio da Assíria e conhecido como Izala, seu nome persa. Ao longo dos anos, permaneceu como um centro cultural da região e há vestígios de influências muçulmanas, siríacas, yakubis, caldéias, nesturi, yezidis, judias, curdas, árabes, chechenas, armênias, bem como muitas outras culturas obscuras, religiões e etnias.


Mosteiro de Mor Hananyo

Oficialmente chamado de Mosteiro Cayro d-Mor Hananyo, este mosteiro ortodoxo sírio ainda está em funcionamento e fica localizado a 3km ao sul da cidade, em uma região conhecida como Tur Abdin. É também chamado de "Mosteiro Saffron" devido às cores quentes da pedra usada para construí-lo.

 Mor Hananyo Monastery
Divulgação


O mosteiro remonta ao século V d.C. e foi renovado no século VIII, tendo ganhado seu nome nesta época. O mosteiro conta com 365 quartos - um para cada dia do ano. A igreja é famosa em parte porque é um dos poucos lugares no mundo que ainda usa o aramaico, a língua materna de Jesus, como sua língua litúrgica. Os serviços são realizados diariamente e estima-se que a sala de oração tenha mais de 4.000 anos.


Mor Gabriel Monastery

 Mor Gabriel Monastery
Divulgação


Mor Gabriel é um mosteiro do século IV localizado perto de Mor Hananyo, em Tur Abdin, e é o mais antigo mosteiro ortodoxo sírio sobrevivente no mundo. Ele também continua em funcionamento com monges cuidando dos jardins locais e é possível conseguir permissão para visitar a área interna durante o dia.


A antiga cidade de Dara

Esta antiga cidade teve uma grande importância estratégica durante a era romana e foi o ponto focal dos conflitos romano-persas no século VI, incluindo a famosa Batalha de Dara em 530 d.C.

 Antiga cidade de Dara
Divulgação

Também tem grande importância religiosa, pois é listada pela Igreja Católica como uma sede oficial para a Igreja Católica Latina e Siríaca.
É possível percorrer a maior parte da cidade em ruínas, passando pelas cisternas e pelos prédios rochosos. A história e a espiritualidade desta cidade ficam explicitas por todos os lados.


A Grande Mesquita de Mardin

 Grande Mesquita de Mardin
Divulgação

A foto mais icônica de Mardin é a do minarete da Grande Mesquita de Mardin, alcançando o céu com vista para toda a cidade. A mesquita foi construída no século XII e seu minarete redondo é um dos pontos mais proeminentes da região. Originalmente, a mesquita apresentava dois desses minaretes, mas um deles acabou destruído ao longo dos anos.


Viagem pelo Brasil: nove parques nacionais para praticar ecoturismo e despertar a consciência ecológica


Pepe Fiamoncini, influenciador digital e esportista em tempo integral, indica os principais parques nacionais para turistar e dar valor para a fauna e flora brasileira


Quando falamos de ecoturismo o Brasil tem uma variedade incrível! Contamos com paisagens não vistas em muitos locais do mundo e somos um destino rico na fauna e flora. Porém, como o turismo consciente é explorado nesses locais? Pensando nesse cenário, Pepe Fiamoncini, influenciador digital, viajante e esportista em tempo integral, separou algumas dicas para aproveitar alguns parques nacionais que prezam pelo cuidado e proteção da biodiversidade.

Os parques nacionais brasileiros receberam 12,4 milhões de visitantes em 2018, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Isso mostra o quanto esses parques devem ser explorados, porém de maneira humana e consciente. “Praticar o turismo sustentável tem que despertar também a consciência ecológica. Somos responsáveis pela natureza a nossa volta e é importante explorar esse turismo de forma consciente. O interessante é que, na maioria dos parques nacionais, podemos explorar esportes como arvorismo, rapel, montanhismo, mergulho e escalada. É muito ampla a oferta turística”, explica Fiamoncini.

Segundo o esportista, muitas pessoas ainda não dispõem de consciência quando o assunto é conservação no turismo. “Pessoas que costumam praticar esportes ao ar livre, podem ter uma consciência ecológica natural. Porém essa não é a realidade da maioria dos brasileiros. Estamos acostumados com um turismo muito ligado a foto perfeita ou algum momento rápido num ponto específico. Falta conectividade com o local que se visita e, principalmente, falta entendimento. Por isso separei alguns parques nacionais que lutam pela conservação e importância no país. Afinal, o turismo também tem que ser consciente”, enfatiza Fiamoncini.


Confira algumas dicas de Pepe para explorar o melhor do Brasil quando o assunto é ecoturismo:


Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Goiás)

Criado em 1961, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é uma excelente opção para quem gosta de trilhar, fazer rapel ou escaladas.
A entrada do parque já foi gratuita, mas a poucos meses está sendo cobrada, o que é importante para a manutenção do espaço.
As atrações mais famosas são a Cachoeira Almecegas (que tem acesso por dentro da Pousada Fazenda São Bento), o Vale da Lua (conjunto de formações rochosas cavadas nas pedras pelas corredeiras de águas transparentes do rio São Miguel), a Catarata dos Couros e o Mirante da Janela, uma das vistas mais lindas da Chapada dos Veadeiros.
No mesmo dia, é possível conhecer duas cachoeiras com 80 e 120 metros de altura. Há diversas trilhas com cachoeiras escondidas, além de também ser um local com um misticismo em relação a extraterrestres muito interessante.
Para conhecer grande parte da região, um roteiro de 4 a 6 dias é o suficiente.


Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (Maranhão)

Os Lençóis Maranhenses são atrativos muito explorados pela beleza única. A alta temporada de visita é entre junho e setembro quando as lagoas ficam mais cheias.
Na região é possível praticar stand up paddle, fazer passeios de lancha e caminhadas extensa para apreciar a beleza local.
O parque maranhense está inserido no Cerrado mas com características da Caatinga e da Amazônia, sendo encontradas espécies dos 3 biomas. “O parque faz parte da Rota das Emoções, roteiro turístico que tem início no Ceará, cruza o litoral Piauiense e termina no Maranhão. É tão incrível fazer esse roteiro que é possível conhecer o: Parque Nacional de Jericoacoara, Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses no mesmo período”, explica Fiamoncini.
 

Parque Nacional de Itatiaia (Rio de Janeiro)

Primeiro parque nacional a ser criado, Itatiaia é ideal para fazer trilhas, montanhismo e escalaminhadas. Todo caracterizado por montanhas e elevações rochosas, com altitude variando de 600 a 2.791 metros, no seu ponto culminante, o Pico das Agulhas Negras, o quinto mais alto do Brasil.
Há também a parte baixa do parque com vegetação exuberante e cachoeiras próprias para banho. A parte baixa não exige tanto preparo físico.
Por ser uma região serrana, é frequente o frio na região, chegando até a gear durante a noite.


Parque Nacional do Caparaó (Minas Gerais)

É nesse parque que fica o Pico da Bandeira, terceira montanha mais alta do Brasil, com 2.892 metros, e o Pico do Cristal, sexta mais alta, com 2.769 metros. A chegada ao cume é considerada difícil e requer bom preparo físico. Uma oportunidade é fazer as caminhadas noturnas para assistir o nascer do sol no pico.


Parque Nacional da Chapada Diamantina (Bahia)

Um destino com grutas, montanhas e cachoeiras, a Chapada Diamantina também guarda um lado místico e bem interessante da época do garimpo. Com cidades pequenas, acolhedoras e cheias de histórias pra contar, nesse parque é possível fazer trilha, mergulho, rapel e outras atividades. A Cachoeira da Fumaça e o Morro dos Três Irmãos são as atrações mais conhecidas. Se tiver pique vale fazer a trilha com Vale do Pati que dura três dias.


Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Pernambuco)

Um dos parques mais preservados do Brasil, a taxa para brasileiros é de R$ 106 para entrar no Parque Nacional Marinho, onde ficam as principais praias, e R$ 73,52 de taxa estadual por dia de estadia. A necessidade do pagamento é garantir de alguma forma a integridade do parque que conta com fauna e flora preservadas.
Lá além das praias belíssimas, vale a prática de mergulho e snorkel, além de trilhas. "Ano passado Fernando de Noronha recebeu mais de 100 mil turistas e temos que levar em consideração que se trata de um local que tem que ser preservado. Já tivemos caso de superlotação que acabaram com o meio ambiente", comenta Pepe.


Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (Bahia)

Um destino de tirar o fôlego, Abrolhos representa um marco para a conservação marinha do Brasil. O Arquipélago causou curiosidade a Charles Darwin, que o visitou em 1832, em razão de sua diversidade marinha.
Hoje, para entrar no parque nacional é pago uma taxa de R$45 por pessoa. Entre as atividades, mergulho livre, mergulho autônomo, observação de aves, trilhas e, nos meses de julho a novembro, é possível realizar observação de Baleias Jubarte, que deixam as águas geladas do Polo Sul para se reproduzirem na costa brasileira.


Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Rio de Janeiro)

Esse parque na Região Serrana do Rio é um palco cheio para os aventureiros. Ele ocupa quatro municípios do estado: Petrópolis, Teresópolis, Guapimirim e Magé.
Melhor época para a prática de montanhismo no parque é no inverno. Uma das atrações é o Pico do Dedo de Deus com 1693 metros de altitude e um dos símbolos do Rio de Janeiro.
No parque existe mais de 130 vias de escalada, a maioria com acesso gratuito. Um dos mais famosos é a Agulha do Diabo, que já foi eleita uma das quinze melhores escaladas em rocha do mundo.
Além disso, a famosa Travessia Petrópolis-Teresópolis chama a atenção de trilheiros, que atravessam todo o parque contemplando belas paisagens.
 

Parque Nacional do Iguaçu (Paraná)

No parque das Cataratas além do ingresso de R$28 por pessoa para brasileiro, o viajante ainda pode optar por pacotes que incluem transporte e 'fundo Iguaçu'. Patrimônio Natural da Humanidade e uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, visitar a Cataratas do Iguaçu é muito interessante. Tanto por meio de trilhas no meio da mata como de barco é possível observar uma das quedas d'águas mais bonitas do planeta, de cima e por dentro. “O parque é um dos que mais recebem turistas de diversas nacionalidades. Diferente de outros parques do Brasil, as Cataratas do Iguaçu são bastante conhecidas e amadas”, finaliza Fiamoncini.
 



Pepe Fiamoncini no Instagram: @pepefiamoncini
 

Jardim de Ninfa






Jardim de Ninfa (Giardino di Ninfa), construído sobre as ruínas da cidade medieval de Ninfa, foi classificado pelo New York Times como um dos jardins mais bonitos e românticos do mundo. 


Declarado monumento natural pela Região do Lácio (Lazio), o jardim, recebeu esta qualificação devido ao perfeito equilíbrio ambiental, só pode ser visitado em determinados dias do ano, portanto vale a pena visitar a beleza deste lugar. 


História

O nome Ninfa deriva de um templo da era romana, dedicado à Ninfa Naiad, divindade das águas doces, que ainda está localizada no jardim. 

A cidade de Ninfa foi destruída no século XIV; desde o século XVI, vários membros da família Caetani presentes no território Pontino e Lepino por muitos séculos, decidiram criar um jardim com variedades botânicas preciosas, piscinas de água e fontes. No entanto, foi apenas no século XIX que Ada Bootle Wilbraham, esposa de Onoraro Caetani, e seus filhos construíram um jardim anglo-saxão, drenando os pântanos, plantando ciprestes, carvalhos, faias e restaurando algumas ruínas, incluindo o palácio baronial.

O cuidado com o jardim foi continuado pelos descendentes da família Caetani, até o último herdeiro, Lelia, que adicionou várias espécies botânicas e criou a Fundação Roffredo Caetani , que ainda lida com a proteção do Giardino di Ninfa e do castelo de Sermoneta. 


 
Flora

Existem 1300 espécies botânicas nos oito acres de paisagem.
Você pode admirar dezenove variedades de magnólia , bétula, íris d´ água e vários bordos japoneses. As cerejeiras ornamentais que florescem na primavera, as macieiras e a tulipa também são espetaculares. 

Existem muitas variedades de rosas que sobem em árvores, ruínas ao longo do rio e riachos, tornando este um lugar particularmente romântico.
Também podem ser admiradas árvores tropicais como abacateiros, a “gunnera manicata” da América do Sul e as bananeiras.


O rio e o oásis 
rio Ninfa nasce perto da cidade e flui por 30 km em direção à planície de Pontina, formando o lago homônimo cujas águas abrigam uma espécie de truta, importada da África há milhares de anos pelos romanos. 
Um oásis de 1.800 acres foi criado em torno do núcleo de Ninfa em 1976, a fim de proteger a fauna local, que inclui 152 espécies de aves, incluindo algumas de rapina, como o Falcão Peregrino e várias espécies de aves pernaltas, como a garça. 


Informações úteis:
  • Nos dias abertos ao público, não faça reservas. 
  • Os ingressos podem ser adquiridos no local e incluem o guia. Custo: € 10,00, grátis para crianças menores de 11 anos. 
  • A entrada é regida exclusivamente por visitas guiadas (garantidas mesmo em caso de chuva), sem reserva, saindo a cada dez minutos e com duração de uma hora. 
  • Não é possível almoçar ou fazer um piquenique dentro dos jardins, mas existem bares e fazendas turísticas. 
  • O jardim pode ser visitado por cadeiras de rodas e carrinhos, prestando atenção a raízes salientes ou outras obstruções. 
  • Cães pequenos (menos de 5 kg) são permitidos.

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