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quinta-feira, 28 de março de 2019

02 de abril é dia mundial de conscientização do autismo. Entenda o transtorno


A ONU (Organização das Nações Unidas) definiu o tema central do próximo Dia Mundial de Conscientização do Autismo (no original, em inglês: World Autism Awareness Day), celebrado todo 2 de abril (desde 2008): “Tecnologias assistivas, participação ativa”. A ONU argumenta que, para muitas pessoas no espectro do autismo, o acesso a tecnologias assistenciais a preços acessíveis é um pré-requisito para poder exercer seus direitos humanos básicos e reduzir ou eliminar as barreiras à sua participação em igualdade na sociedade.

Segundo o CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, uma criança a cada 100 nasce com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O aumento é grande: há alguns anos, a estimativa era de um caso para cada 500 crianças. Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo tenham autismo, sendo 2 milhões delas no Brasil.

Mas, afinal, o que é o autismo (TEA), e como lidar com essa doença que ainda gera tanto preconceito? De acordo com o Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; o diagnóstico começa pela observação do comportamento da criança (paciente). O TEA, na realidade, envolve um grupo de doenças do neurodesenvolvimento, de início precoce (antes dos 2-3 anos de idade), e que se caracteriza por dois aspectos principais: dificuldade de interação social e de comunicação.

Uma criança sadia começa a interagir com outras pessoas em torno dos 4-6 meses de idade. “Ela é capaz de sorrir quando vê alguém conhecido ou reagir com medo se um estranho, por exemplo, tenta pegá-la no colo”, explica Louzã. A medida que a criança cresce, o amadurecimento permite que a interação com outras pessoas se torne possível antes da aquisição da linguagem e da fala.

Estas evoluções ao longo dos primeiros anos de vida dão indicações do progressivo aumento da capacidade de interação social da criança. Já a autista, se mostra indiferente à interação social, e não expressa a reciprocidade no contato com outras pessoas. Tem grande dificuldade na comunicação verbal e não-verbal, e parece desligada do ambiente em torno de si. A linguagem corporal e o contato visual com outras pessoas se mostram prejudicados.

Numa idade maior, o desinteresse em brincar com outras crianças é ainda mais nítido. Normalmente, ela se isola e se fixa em uma única atividade, com ritualização de movimentos repetitivos. Outra característica é a dificuldade de seguir rotinas, além de apresentar hipo ou hiperatividade aos estímulos sensoriais.

Segundo o psiquiatra Mario Louzã, o autismo, propriamente dito, não é tratado com medicamentos. Estes são utilizados quando há outros sintomas associados ao autismo, como ansiedade, TDAH, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, agitação, irritabilidade, distúrbios do sono, entre outros. Para cada situação, há uma medicação específica.

Sobre efeitos colaterais, depende do medicamento, da dose, da idade da criança e de outros fatores. Como são vários remédios de classes terapêuticas diferentes, fica difícil generalizar os efeitos colaterais. Também há indicação de psicofármacos para casos mais leves.

E como facilitar a integração do autista na sociedade? “Infelizmente, ainda há muito preconceito, principalmente por parte das crianças, que não têm o poder de compreensão de um adulto, e excluem o autista. Por incrível que pareça, há até mães e pais que evitam a amizade de seus filhos com as crianças portadoras do TEA, o que é uma triste ignorância”, afirma Mario Louzã.

Para quem tem filho autista, a melhor dica é motivá-lo a levar uma vida normal, na medida do possível. Incentive-o nas atividades, estimule-o a fazer tarefas em casa e, quando ele perceber suas próprias limitações, explique que as pessoas são diferentes, e que tem gente que consegue fazer certas coisas, e outras, não. Se for o caso, há escolas que têm maior preparo para integrar um autista em uma classe comum.

Mesmo quando ele já for maior e tiver ciência do seu autismo, nunca o deixe pensar que é incapaz ou inferior a outras pessoas. De acordo com o psiquiatra, o apoio da família é sempre o melhor tratamento para qualquer tipo de transtorno.


4 mitos que atrapalham o tratamento do autismo


 Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) destaca a importância do atendimento precoce do transtorno

Neste Dia Mundial do Autismo (2 de abril) o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) deseja contribuir para desfazer mitos que dificultam a identificação do espectro autista e seu tratamento.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a deficiência que mais afeta o neurodesenvolvimento em crianças. Os indicadores norte-americanos têm apontado um aumento na prevalência de casos, passando de 1 em cada 166 pessoas em 2002 para 1 em cada 59 pessoas em 2018. “Esses dados refletem a necessidade de se investir não apenas em pesquisas para descobrir suas causas, mas também em tratamentos que reduzam os sintomas”, salienta a psicóloga do CERNE especializada em TEA, Giulianna Kume (CRP 08/17797).
Diante de um transtorno que vem aumentando significativamente, é imprescindível que a sociedade esteja mais informada para identificar precocemente os sintomas e desenvolver mecanismos de intervenção para que autistas possam participar ao máximo da vida em sociedade, possibilitando maior independência e autonomia.
Portanto, vamos desfazer esses 4 mitos:

1)  O comportamento do autista é imutável.
Errado. O TEA é caracterizado por um déficit na comunicação e interação social, além de apresentar comportamentos restritos. Essas dificuldades afetam não apenas a plena participação da pessoa na sociedade, mas sobretudo o processo de aprendizagem. Atualmente, têm sido ofertados diversos tipos de terapias e tratamentos para minimizar o impacto do TEA na vida dos indivíduos.

2)  Não há comprovação científica para o tratamento do autismo.
Errado. A análise do comportamento aplicada (ABA) tem sido a terapia mais indicada e com maior comprovação científica de eficácia no tratamento do TEA. Ela consiste na aplicação dos princípios da Ciência na análise do comportamento em contextos de intervenção social. Utiliza-se de procedimentos para aumentar e refinar o repertório comportamental.

3)  É preciso esperar a criança crescer para iniciar o tratamento.
Errado. Um fator importante no tratamento é a precocidade. Quanto antes for realizado o diagnóstico e a intervenção melhores são os resultados e a resposta da criança. Isso devido ao desenvolvimento neurológico, que permite maior aprendizagem, e aos atrasos menores em relação a indivíduos neurotípicos de mesma idade.

4)  Crianças não respondem tão bem ao tratamento.
Errado. O modelo Denver é uma terapia com embasamento em ABA para intervenção precoce de crianças com TEA. É o tratamento com melhor taxa de resposta para crianças com idade de 12 a 60 meses. Em 2012, foi eleito pela revista TIME uma das 10 maiores descobertas na área médica. Seu maior objetivo é ensinar a criança a partir do fortalecimento da interação social em jogos e brincadeiras, simulando um ambiente muito próximo ao natural.





CERNE - O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica 


Urologista alerta sobre uso de remédio para impotência


Automedicação pode desregular o organismo e causar dependência


Popularmente conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil consiste na dificuldade em alcançar e manter a ereção do pênis devido à quantidade insuficiente de sangue na região. Trata-se de uma das condições que mais assusta a população masculina, o que pode levar ao uso indevido de medicação após um único episódio ou até mesmo a partir de uma insegurança pessoal.

Segundo Dr. Emilio Sebe Filho, urologista e fundador da Lifemen, rede de clínicas que reúne serviços especializados na área de saúde sexual masculina, a automedicação não é indicada pela comunidade médica, pois o uso indiscriminado de qualquer remédio pode levar a quadros de intoxicação e desregulação do organismo.

Os medicamentos para impotência sexual, por sua vez, são ainda mais delicados, pois geram vasodilatação a fim de aumentar o fluxo sanguíneo do pênis. “Um medicamento vasodilatador pode gerar queda de pressão, tontura, alterações visuais, desmaio e até mesmo infarto. O uso associado com outras drogas também pode levar a complicações graves, além de ser possível gerar dependência emocional e química das substâncias”, pontua o especialista.

Dr. Emilio ressalta ainda que a disfunção erétil pode ser resolvida com outras abordagens, como a terapia de ondas. “A Terapia de Ondas apresenta resultados eficientes e sem efeitos secundários ou necessidade de recuperação. O procedimento é indolor, não invasivo e traz resultados duradouros”, explica. A impotência sexual também pode estar relacionada a fatores emocionais, que podem ser trabalhados com acompanhamento psicológico em sessões de terapia sexual, por exemplo.





Lifemen®


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