Pesquisar no Blog

domingo, 31 de julho de 2016

Dez anos de agressões contra a mulher






Aniversário da Lei Maria da Penha evidencia grave cenário de violência doméstica


A necessidade de falar sobre empoderamento feminino ficou muito mais forte nos últimos anos. Mulheres, antes conhecidas por sexo frágil e nítida submissão, ganharam visibilidade e direitos perante a desigualdade que existia com o sexo masculino.

Um dos avanços veio com a Lei Maria da Penha, que completa 11 anos no próximo dia 7 de agosto. Desde sua criação (2005) até o ano passado (2015), foram registrados mais de 4,7 milhões de denúncias, segundo a Central de Atendimento à Mulher. Desses 550 mil foram relatos de violência, prevaleceram os de agressão física (56,72%), seguidos por violência psicológica (27,74%). 

A especialista em direito de família, Regina Beatriz Tavares da Silva, ressalta a importância de que a denúncia seja feita o mais rápido possível, pois situações antigas de agressão tornam-se cada vez mais difíceis de ser comprovadas com o passar do tempo.

“Hoje, a mulher tem a Lei Maria da Penha a seu favor. Por mais difícil que seja, ela precisa denunciar e impor se diante das agressões. A Lei Maria da Penha prevê uma série de medidas protetivas e de urgência em favor da mulher e contra o agressor, assim como medidas assistenciais”, afirma.

Ainda de acordo com os dados, 2015 registrou aumento de 54% em denúncias, em comparação com 2014.  “Poucos sabem, mas a Lei Maria da Penha protege além da violência física. Considera-se violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de dano moral ou patrimonial”, informa a especialista.

Para Regina Beatriz, diversos fatores podem ser apontados para explicar a relutância de muitas mulheres em denunciarem seus agressores, tais como o medo do agressor, a dependência financeira, a dependência afetiva, o desconhecimento de seus direitos, o sentimento de impunidade, a preocupação com a criação dos filhos, entre outros que se enquadrem no chamado “ciclo da violência doméstica”. A advogada ressalta que todos estes fatores evidenciam a já mencionada situação de vulnerabilidade da mulher nesses casos de violência doméstica. 

Conforme números do Núcleo de Gênero do MP-SP (obtidos através do disque 180) cerca de  37% dos casos relatados são fruto de relação agressiva há mais de dez anos. Das mulheres que procuraram ajuda, 11% revelaram que o relacionamento tinha menos de um ano. Para agravar os casos, 65% das agressões acontecem na presença dos filhos, sendo que em 17% desses casos, as crianças também acabam apanhando.  Para a advogada e especialista em direito de família, a violência doméstica contra a mulher envolve questões emocionais profundas, educacionais e econômicas, o que dificulta, muitas vezes, a denúncia.



#EuTorçoPelaCuraDaELA: campanha alerta sobre Esclerose Lateral Amiotrófica



Durante o mês de agosto, Instituto Paulo Gontijo mobilizará redes sociais com objetivo de aumentar conscientização e arrecadar doações para pesquisas 

Agosto é o mês de conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A campanha #EuTorçoPelaCuraDaELA, lançado pelo Instituto Paulo Gontijo (IPG), tem como propósito alertar a sociedade para a importância das pesquisas que visam encontrar uma cura para a doença. A proposta é que as pessoas façam doações e demonstrem seu apoio à causa postando fotos com os dedos cruzados - com a tag #EuTorçoPelaCuraDaELA - ou utilizando o filtro especial para foto de perfil no Facebook.
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios motores. A patologia leva à paralisia total e morte dentro de dois a cinco anos depois do diagnóstico. No Brasil, estima-se que existam de 12 a 15 mil pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica. No mundo todo, são cerca de 200 mil pessoas.

A ELA tornou-se conhecida quando foi tema de uma das maiores campanhas de mídias sociais do mundo, o Desafio do Balde de Gelo, realizado em agosto de 2014. A arrecadação ultrapassou os R$ 400 milhões e ajudou a financiar pesquisas por novos tratamentos e pela cura em todo o mundo, por meio do Project MinE. O projeto é o maior estudo genético já realizado sobre as causas da ELA.

No final de julho, duas publicações na renomada revista científica Nature Genetics, pesquisadores do consórcio identificaram quatro novos genes relacionados à doença. Considerado um enorme avanço na luta contra a ELA, a pesquisa só foi possível graças às doações conseguidas com as campanhas.

Em 2016, o Instituto Paulo Gontijo retoma os esforços para angariar recursos brasileiros para a pesquisa, que tem o propósito de comparar 22.500 perfis de DNA - de pessoas com ELA e indivíduos sãos - para identificar os genes associados à doença. Até o momento, cerca de 7.800 perfis já foram analisados.

O Project MinE conta com a participação de 16 países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Espanha, EUA, França, Holanda, Irlanda, Israel, Itália, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suíça e Turquia. O Instituto Paulo Gontijo é a única entidade brasileira participante do projeto.

“Com a campanha #EuTorçoPelaCuraDaELA, a expectativa é formar uma grande corrente de pensamentos positivos pela cura da doença e conseguir levantar doações para investirmos ainda mais nas pesquisas”, explica a diretora executiva do IPG, Sílvia Tortorella. “Queremos o envolvimento das pessoas, empresas, associações e de todos que puderem contribuir, aumentando o comprometimento da sociedade e levando conhecimento sobre uma doença que é rara, mas extremamente grave”.

Mais informações sobre a campanha e sobre como doar, podem ser acessadas na página do IPG no Facebook www.facebook.com/InstitutoPauloGontijo/ ou no site www.ipg.org.br. Para saber como são utilizadas as doações, vale conhecer ainda o www.projectmine.com/pt-pt.

Venda Casada




http://bit.ly/1gsS9Y0

sábado, 30 de julho de 2016

Aleitamento materno e as dúvidas mais comuns das mamães



Em linha com a Semana Mundial do Aleitamento Materno, especialista esclarece as principais dúvidas que as mamães apresentam nesse momento de descobertas


Afinal de contas, quando nasce uma mãe? Alguns comentam que o nascimento de uma mãe se dá na chegada do bebê, outros falam que é desde a descoberta da gravidez. Não existe reposta certa, nem um manual ideal para guiar as mamães. A única coisa que se sabe é que as mulheres precisam se preparar para essa nova fase cheia de desafios, principalmente considerando a importância do aleitamento materno para a saúde dos seus bebês. 

Aproveitando a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que acontece entre os dias 1º e 5 de agosto, o Prof. Dr. Corintio Mariani Neto, diretor técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, responde as dúvidas mais comuns quando o assunto é amamentação. Afinal, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por pelo menos os primeiros seis meses.

Segundo o especialista, existem dados disponíveis no Ministério da Saúde em relação ao aleitamento exclusivo: a média nacional é de 60% no final do primeiro mês, 25% ao completar quatro meses e em torno de 10% com seis meses completos. Embora dados mostrem aumento da porcentagem nos últimos anos, o ideal é atingir próximo de 100% até o final do 6º mês. O médico reforça que ainda há muito a fazer para que se chegue cada vez mais perto do ideal. 

Quais são as principais preocupações no momento de amamentar?
As mamães precisam estar muito atentas aos conflitos emocionais e conversar bastante com o obstetra para esclarecer todas as dúvidas e eliminar fatores de ansiedade. Ao mesmo tempo em que a mãe deseja muito amamentar seu bebê, ela tem muito medo de não produzir este leite em quantidade suficiente ou que ele seja fraco, que o bebê não queira mamar no peito. O entendimento por “leite fraco” é uma causa muito frequente do chamado desmame precoce. Esclarecendo, não existe leite fraco, nem leite forte, cada mãe produz o leite mais adequado possível para o seu bebê. Além disso, o tamanho do seio não tem influência nenhuma no sucesso da amamentação.

Quais alimentos podem ser inseridos e aqueles que devem ser evitados?
Dieta balanceada e constituída por carnes magras, aves, ovos, peixes e frutos do mar, verduras, cereais e frutas. Durante a amamentação, sugere-se moderação de alguns produtos que podem provocar alergias ou mesmo gases e cólicas intestinais na criança, tais como leite de vaca, amendoim, frutas secas, soja, café, chocolate, refrigerantes, chá preto, mate, feijão, repolho e batata doce. Importante beber bastante líquido, pelo menos dois litros por dia, especialmente água natural.

O que a mãe pode fazer para o leite não secar?
Quanto mais a criança suga o peito materno, mais leite é produzido. O que ocorre com muita frequência é que, por falta de conhecimento ou orientação incorreta, a mãe “complemente” a alimentação da criança com fórmula artificial por meio de mamadeira. Essa introdução precoce do bico artificial pode levar o bebê a recusar o peito, fazendo que o leite diminua progressivamente.

O que é comum as mamães fazerem que não é recomendável?
Não há embasamento científico para que a gestante esfregue os mamilos com “buchinha” durante o banho diário e/ou com toalha felpuda ao se enxugar, com intuito de aumentar a resistência dos mesmos e evitar as chamadas rachaduras (ou fissuras), muito frequentes nos primeiros dias após o parto, especialmente nas que dão à luz pela primeira vez. Também não deve ser utilizado produto algum sobre os mamilos e aréolas mamárias, apenas um hidratante na superfície restante das mamas, assim como no resto do corpo.

Existe alguma técnica mais recomendada para a amamentação?
O posicionamento e a sucção correta são as duas chaves para o sucesso. A mãe deverá estar relaxada e confortável, o corpo do bebê encostado ao seu, com cabeça e tronco alinhados e seu queixo deve tocar o peito materno. O braço da mãe será o suporte de apoio do bebê. Para a sucção correta, o bebê deverá estar com a boca bem aberta, de modo a cobrir a parte superior da aréola mamária, o lábio inferior voltado para fora, sua língua acoplada ao peito, suas bochechas estarão arredondadas, a sucção será lenta e profunda intercalada por pequenas pausas, de modo que se consiga ver e/ou ouvir os movimentos de deglutição. É muito importante a mãe aprender que a técnica correta é quando a criança suga a aréola, não o mamilo.

Na hora de amamentar, o que muitas mães fazem e que deveria ser evitado?
Durante a mesma mamada, interromper a amamentação para mudar de lado é uma orientação errada. Quando a criança começa a sugar, ela recebe o leite chamado “anterior”, que está próximo à saída e que é mais diluído. Depois de certo tempo, que é variável, começa a chegar o leite “posterior”, recém-produzido, que é bem mais rico em gorduras e que sacia a fome do bebê.

É verdade que quando a mulher amamenta, ela não engravida?
Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação quando o ciclo menstrual pode estar bloqueado devido à supressão dos hormônios. E para que funcione, é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas frequentes, com nenhum intervalo superior a seis horas entre uma e outra. Além disso, vale só para os primeiros seis meses e a mulher não pode já ter menstruado. Como esta rotina não é fácil, recomenda-se, para maior segurança, que ela comece a adotar algum tipo de método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Logo no primeiro retorno ao ginecologista, o ideal é que a mãe converse sobre o método mais adequado para evitar uma nova gravidez em pouco tempo.

A mãe pode contar com algum contraceptivo durante a amamentação?
É possível encontrar pílula anticoncepcional desenvolvida especialmente para as mamães que estão amamentando, que é composta de progestagênio, hormônio que inibe a ovulação. Existem as minipílulas e as pílulas só de progestagênio em dose maior. Ambas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem tampouco interferem na sua qualidade e volume. Outro benefício é que seu princípio ativo não passa para o leite, não alterando seu gosto ou qualidade. Além dessas pílulas, também podem ser usados neste período injeções trimestrais de medroxiprogesterona, implante subdérmico de etonogestrel e o DIU com levonorgestrel.

Posts mais acessados