Pesquisar no Blog

quinta-feira, 28 de julho de 2016

7 dicas para combater a ansiedade comportamental



Vivemos cada vez mais em um mundo tecnológico e acelerado e uma das  consequências disso é a ansiedade. Ela atinge grande parcela da população nos dias de hoje e é considerada por muitos especialistas o mal do século. Mas será que é possível, sem remédios e ajuda psicológica, superar esse mal para atingir um estado de bem-estar e tranquilidade maior?

Para o Prof. Eduardo Martins, cardiologista, pesquisador de Conscienciologia há 22 anos e autor do livro “Higiene Consciencial – Reconquistando a Homeostase no Microuniverso Consciencial” da Editora Editares, que será lançado em julho, a ansiedade da vida moderna é comportamental, dominável e um dos principais agentes poluidores da consciência. “As pessoas ansiosas são desconectadas da realidade, estão sempre conectadas no celular, no futuro e perdem o aqui e agora, o presente e não percebem as pessoas e situação que estão ao seu redor”, explica. Segundo o médico, os ansiosos criam apriorismos, que nada mais é do que tirar conclusões erradas por não analisar direito as situações, se colocando em contextos delicados até mesmo na forma de lidar com as pessoas.

Uma dica do especialista para identificar a ansiedade é olhar a sua agenda e observar se tem espaços livres ao longo dos seus dias e, se tiver, se você logo já pensa em preenche-los, procurando alguma coisa para fazer. “O ansioso acredita que só tem valor quando está produzindo. Se ele não produz, está mal, sentindo um vazio. Isso é chamado de ócio depreciativo e é extremamente negativo. O ócio pode ser criativo, porque quando você dá um tempo para sua mente, encontra ideias e respostas”, comenta.

Dentro da abordagem conscienciológica, um temperamento ansioso pode coexistir há múltiplas vidas (milênios), necessitando de um “basta” nesta vida, diante dos inúmeros aceleradores advindos da modernidade. Tais aceleradores (celular, internet, comunicação ultra rápida), fez surgir a epidemia de síndromes do pânico, transtornos de ansiedade generalizado, e outras doenças que encontram no temperamento ansioso o substrato para crescer e dominar a pessoa.

Confira 7 dicas para incorporar no seu dia-a-dia e combater a ansiedade:

1 - Parar, parar e parar. Segundo o Prof. Eduardo Martins, a coisa mais importante para superar a ansiedade é simplesmente parar, fazer as coisas com calma, refletir. “Hoje em dia as pessoas se vangloriam sobre como não têm tempo para nada como se isso fosse uma coisa boa, mas não é. Uma dica é reservar um período na semana para esse momento de break da rotina, sem celular, sem televisão, talvez lendo um livro simplesmente por ler”, explica.

2. Dê a devida atenção ao seu sono. Com os smartphones e as redes sociais, quando as pessoas vão para a cama, elas ficam conectadas até mais tarde e acabam dormindo consideravelmente menos do que o organismo precisa para descansar. “Hoje em dia o sono é banalizado e ignorado. Esse modo contínuo de operar a vida e a cabeça vai entrando pela madrugada afora e o resultado disso é estresse, mesmo quando a pessoa não identifique e acredite que está tudo bem”, conta. O médico explica que a longo prazo, as consequências de uma ‘simples’ carga de sono diminuída podem ser doenças como hipertensão e diabetes, então prestar atenção à quantidade de horas que você dorme é importante para sair desse estado de ansiedade.

3. Tenha uma agenda pessoal. Seja para fazer academia, uma caminhada, acupuntura ou praticar Ioga, é importante ter uma agenda pessoal para que a pessoa entre em contato consigo mesma. “Os ansiosos geralmente são tão acelerados que entram em contato com todo mundo, mas falham em se conectar com seu interior e encontrar equilíbrio”.

4. Se organize à noite para a manhã do dia seguinte. Parece simples, mas muita gente não coloca essa organização prévia em sua rotina e esse tipo de ação é muito importante para que não haja preocupações durante o sono, já que está tudo certo para o dia seguinte, e também para que as manhãs sejam mais tranquilas, ajudando o dia a transcorrer de maneira mais calma e equilibrada.

5. Seja mais perceptivo consigo mesmo. Comece com perguntas simples que não costumamos fazer na correria do dia-a-dia como ‘eu estou contente com o que eu faço profissionalmente?’, ‘eu estou contente com meu relacionamento afetivo?’. “Se perguntando essas coisas simples, você consegue identificar se essas áreas de sua vida estão relativamente alinhadas e também se sua ansiedade pode ter uma causa externa. O especialista explica que se a resposta for não para alguma dessas questões, a autoestima da pessoa fica prejudicada e ela compensa acumulando tarefas. Depois de identificar o que está errado, ela começa a pensar em uma solução e dar mais valor para si mesma, assim as coisas começam a entrar nos eixos. 

6. Organize os ambientes. Seja seu ambiente de trabalho ou sua casa, organizar os espaços significa organizar também sua mente. “Se a pessoa vive na bagunça, ela vai vivenciar a ansiedade sempre. A desorganização leva a uma desconexão da realidade e, à medida que a pessoa se desconecta, ela fica mais ansiosa”, explica o especialista.

7. Repita todas as dicas acima até que elas se tornem um hábito. É importante levar as dicas a sério, por mais simples que elas pareçam, e repeti-las até que se tornem hábitos. “Eu acredito que o trinômio compreensão – esforço – repetição é a chave para diminuir a ansiedade. A pessoa compreende que ela é ansiosa, aplica novos hábitos em sua vida que podem ajudar com o problema e se esforça para encarar os desafios, mesmo que erros e dificuldades apareçam em algum momento, e levar isso a sério até que passem a fazer parte de sua rotina.  A saúde, seja física ou mental, é a repetição dos hábitos saudáveis”, finaliza.

No livro, o Prof. Eduardo indica a técnica da Imobilidade Física Vígil como principal técnica ansiolítica para o holossoma (conjunto dos veículos de manifestação da consciência). Através desta técnica, a pessoa fica parada durante 3 horas, numa poltrona confortável, sem se mexer. Segundo o autor, é definitiva e ajuda a consciência a superar de vez o comportamento ansioso.

O Prof. Eduardo alerta que quando a pessoa passa todos os dias nervosa, preocupada ou acreditando que alguma coisa vai acontecer, sem conseguir relaxar, ela pode sofrer de Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), e aí há a necessidade de uma avaliação médica e psicológica para definir o tratamento, já que o estágio seguinte à TAG é a síndrome do pânico. 



Eduardo Martins Balthazar - médico cardiologista, consciencioterapeuta, voluntário da Conscienciologia e pesquisador da consciência desde 1994. Formado em Medicina pela UNI-RIO e Cardiologia pelo Prontocor (MG), é ergometrista titulado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Participou do programa Internacional Scholarship da Cleveland Clinic, em Ohio, EUA. Atualmente é médico do corpo clínico do hospital Ministro Costa Cavalcanti e associado ao corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
 

Conheça as cinco piores dores que o ser humano pode sentir




O periódico da Associação Internacional de Estudos da Dor, a revista PAIN, listou as situações mais dolorosas para o ser humano, que nem os mais potentes analgésicos são capazes de resolver. Essa lista foi um pedido do site “Discovery News”, em parceria com o Departamento de anatomia da Universidade da Califórnia.
Conheça as cinco piores dores, ressaltando que a ordem listada não representa que uma situação seja mais dolorida que a outra, pois depende do estágio que a doença se encontra e do organismo de cada pessoa. 

- Neuralgia do Trigêmeo
A neuralgia do trigêmeo é um distúrbio nervoso caracterizado por episódios de dor lancinante no rosto. A doença atinge até 27 indivíduos em cada grupo de 100 mil pessoas por ano. Ela é conhecida por causar um tipo de dor comparada a choques e pontadas. A dor que pode ser desencadeada por estímulos inofensivos, como mastigação ou escovação dos dentes, é sentida em diferentes regiões da face dependendo do ramo do nervo trigêmeo afetado.  Ele recebe esse nome porque tem três ramos: o ramo oftálmico, o ramo maxilar e o ramo mandibular. 

“Em 70% dos casos as dores podem ser controladas com medicamentos específicos. Para os casos mais graves, nos quais os medicamentos não efetivos, pode ser realizada a radiofrequência do trigêmeo, procedimento pouco invasivo com mais de 95% de sucesso”, ressalta o Dr. André Marques Mansano, especialista no combate a dor. 

- Cálculo Renal
Popularmente conhecido como “pedra no rim”, o cálculo renal consiste na produção de massas sólidas a partir da cristalização de sais minerais nos rins ou vias urinárias. A dor provocada por essas formações rígidas se espalham pelo abdômen, costas até a região da virilha, além de gerar náuseas e vômitos. A incidência é maior entre os homens e pode ser desenvolvida por diversos fatores, tais como o histórico familiar, obesidade e a ausência de líquidos no organismo (baixa ingestão de líquidos), entre outros.

Durante as crises muitas vezes o paciente necessita de analgésicos endovenosos, tamanha é a dor provocada pelos calculus. O nefrologista ou o urologista são os profissionais mais indicados para o tratamento e a prevenção dos cálculos renais. 

- Cefaleia em salvas
O termo refere-se a uma dor de cabeça contínua por um longo período de tempo e se repete de duas a três vezes ao dia. Uma dor rara que se caracteriza em atingir uma parte do crânio causando o entupimento nasal e deixa os olhos lacrimejantes. Apesar de serem mais comum entre os homens, muitas mulheres já relataram o incômodo e o compararam com a dor do parto. Entre os fatores de riscos, estão pessoas fumantes e que ingerem altas doses de bebidas alcoólicas.

Durante as crises o uso de oxigênio a 100% (puro) promove alívio importante do quadro. A prevenção da cefaléia pode ser realizada com medicamentos anticonvulsivantes indicados pelo medico. Em casos mais graves podemos utilizer procedimentos minimamente invasivos para diminuir a frequência das crises. 

- Lesão medular
Trata-se de qualquer tipo de dano causado à medula espinhal, parte fundamental do sistema nervoso central. “Uma lesão na medula espinhal pode ser causada por diversos motivos distintos, como ferimentos ocasionados por bala ou faca, acidentes automotivos, choque elétrico, contorção extrema da parte central do corpo, quedas, além de traumas diretamente ligados ao rosto, pescoço, cabeça, peito ou costas.”, afirma o dr. André.

Entre os fatores de risco estão àquelas pessoas que fazem algum tipo de atividade física sem a orientação necessária. A osteoporose também é um fator de risco, já que ao enfraquecer os ossos da coluna facilita a ocorrência de fraturas vertebrais com consequente lesão na medula.

É importante ressaltar que as dores não necessariamente se iniciam imediatamente após a lesão, podendo surgir meses depois. 

- Parto
A vinda de um bebê é um presente para as mulheres, mas a dor do parto é considerada uma das mais intensas sentidas. A dor do parto é dividida em três momentos: a dilatação, a saída do bebê e a expulsão da placenta. “Durando cerca de 6 a 12 horas, o período de dilatação possui uma sensação semelhante a de uma cólica menstrual. Após dilatação estar completa, a saída do feto ocorre, provocando outro tipo de desconforto. Após a chegada do bebê, ocorre a expulsão da placenta, ação que não provoca tanta dor.”, explica o especialista.

Algumas gestantes e obstetras podem optar pela analgesia de parto, um procedimento realizado por um anestesiologista habilitado que confere segurança e conforto durante o trabalho de parto.



Dr. André Marques Mansano, MD, Ph.D, FIPP -  Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina. Recebeu do Instituto Mundial de Dor (World Institute of Pain) um título internacional denominado "Fellow of Interventional Pain Practice”, na cidade de Budapeste, capital da Hungria.
É médico Intervencionista da Dor na SINGULAR - Centro de Controle de Dor e no Hospital Israelita Albert Einstein – SP.
Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira (AMB). Membro do Comitê de Educação do "World Institute of Pain" e Membro da Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas em Dor.http://www.drandremansano.com.br/

Posts mais acessados