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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

1º de outubro: Dia do Idoso




Ouvir bem é essencial para uma boa qualidade de vida na terceira idade

Manter uma atitude saudável perante a vida é essencial. Para isso, precisamos estar conectados ao mundo, escutar bem os sons das músicas, das conversas, seja em casa ou em bares, restaurantes e casas de show. Saber envelhecer é preciso.  E entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, uma das piores é a perda auditiva. A surdez pode isolar o indivíduo da família, dos amigos e até criar dificuldades no ambiente de trabalho.

Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova que pessoas que não escutam bem têm problemas de relacionamento. O que ocorre muitas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à dificuldade na comunicação, o que acaba por afastar os deficientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar tristeza, depressão e até demência.
“Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição traz mais alegria de viver. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada do deficiente auditivo. Já existem modernos e discretos aparelhos que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos – alguns aparelhos ficam inclusive invisíveis dentro do canal auditivo. O melhor então é procurar ajuda e voltar logo a ouvir os sons da vida”, afirma a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.
Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda auditiva a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária passa por esse problema. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sinais de surdez.
"Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Estudos comprovam que uma das soluções para a perda auditiva é o uso de aparelhos auditivos, o que resulta em melhoras significativas na vida do idoso", lembra a fonoaudióloga.
A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta freqüência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas estão dizendo. Os sons da fala com mais alta freqüência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.

Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do deficiente auditivo.
"O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o idoso resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado", explica Isabela.
Amanhã, 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional do Idoso. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil tem atualmente 26,3 milhões de idosos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE. O número representa 13% da população. Mas o fato é que há cada vez mais pessoas idosas no país. Nos últimos 12 anos, cresceu a expectativa de vida média do brasileiro, que hoje já passa de 73 anos. Por isso, é preciso estar alerta para ter uma velhice saudável e, para isso, é preciso ouvir bem!

Dia do Idoso: exercícios ajudam a combater doenças comuns na terceira idade




Artrose atinge 15 milhões de brasileiros e é a quarta doença entre as que mais reduzem a qualidade de vida para cada ano vivido; especialista do Hospital 9 de Julho explica como prevenir os sintomas

Alguns sintomas são considerados típicos da terceira idade e, com isso, muitos idosos consideram normal sentir as chamadas “dores nas juntas”, por exemplo. As queixas, no entanto, podem indicar doenças como artrose e devem ser investigadas e tratadas por especialistas. O Dr. Marcelo Levites, médico de Família e coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, destaca a importância do tratamento de acordo com a particularidade de cada paciente.
“É possível que existam uma série de fatores desencadeantes que precisam ser analisados na hora de se indicar a opção terapêutica”, observa. No entanto, ele destaca que algumas atividades físicas ajudam a tratar os sintomas e a reduzir a progressão das doenças articulares. Entre os exercícios mais indicados para os idosos que precisam fortalecê-las estão hidroginástica, caminhada e pilates. A intensidade da atividade varia de pessoa para pessoa. “Essas são atividades que podem ajudar a tratar dores fortalecendo a musculatura e o sistema cardiovascular o que permite um maior equilíbrio, melhora de postura e redução ou controle de doenças metabólicas”, diz.
O especialista destaca que, para um melhor resultado, é preciso unir atividades aeróbicas, como a caminhada, às anaeróbicas, que ajudam no fortalecimento muscular.
Artrose
Conhecida também com osteoartrite, a artrose é uma doença que ataca diretamente as articulações. Ela acontece devido a um desgaste da cartilagem localizada entre os ossos, que faz com que tenha atrito entre eles quando o paciente se movimenta. O resultado é dor, inchaço e limitação funcional. A artrose pode danificar qualquer uma das articulações do corpo. No entanto, ela é mais comum nas mãos, na coluna, nos joelhos e no quadril.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a artrose atinge 15 milhões de pessoas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a doença na quarta posição entre as que mais reduzem a qualidade de vida para cada ano vivido.
Causas
Existem dois tipos de artrose, a primária e a secundária.
A primária é causada principalmente pelo uso excessivo de uma articulação, mas também pode ser resultado do envelhecimento natural do paciente. Movimentos repetitivos, que forçam a mesma articulação são, na maioria das vezes, a causa da artrose. Eles desgastam a cartilagem, o que causa atrito direto entre os ossos e gera dor e limitação da mobilidade da articulação.
Já a artrose secundária é resultado de doenças e outros problemas que o paciente pode apresentar, como obesidade, já ter feito cirurgias das estruturas articulares, trauma repetido, articulações anormais no nascimento, artrite reumatoide, gota, diabetes e outros distúrbios hormonais.
Sintomas
O sintoma mais comum da artrose é a conhecida “dor nas juntas”. O incomodo nas articulações começa mais leve e pode piorar ao longo do tempo, caso o indivíduo não faça o tratamento devido. Outros sintomas são inchaço, calor, rangidos, limitação dos movimentos e rigidez nas articulações afetadas.
Tratamento
Ainda não é conhecida a cura da artrose. No entanto, alguns tratamentos ajudam a reduzir a dor e a manter o movimento das articulações. O tratamento mais comum para os sintomas é o uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios. Eles ajudam, principalmente, na redução da dor e a indicação varia de acordo com o estágio da doença. Por isso, é sempre importante consultar um médico.
É comum nesse tipo de doença a indicação de fisioterapia e terapia ocupacional. Na primeira, o paciente consegue fortalecer os músculos ao redor da articulação, o que aumenta a amplitude de movimentos e diminui a dor. Na terapia ocupacional, o paciente descobre maneiras de realizar as atividades do dia a dia e do trabalho sem comprometer ainda mais as articulações doentes.

“Hoje eu tenho minha autoestima de volta”, afirma paciente da Casa da Mama do Hospital São Paulo




Projeto Cereja utiliza a tatuagem como parte da reconstrução da mama de pacientes tratadas por câncer


Cuidar da saúde e também da autoestima de suas pacientes. Esse é o objetivo do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo, conhecido como Casa da Mama, voltado para o atendimento de pacientes com câncer de mama. Em maio deste ano, a unidade iniciou um trabalho que busca devolver a autoestima a pacientes que passaram pelo processo de tratamento do câncer e de reconstrução da mama: o Projeto Cereja.

“Ele consiste na reconstrução da aréola da paciente por meio da tatuagem, uma medida que faz com que a mulher reconheça novamente sua mama, desenvolvendo sua confiança após um procedimento tão delicado. Como essa é a última etapa do processo, literalmente é a cereja do bolo”, afirma Simone Elias, Coordenadora do ambulatório.

Vitória Gomes de Souza, 46, é uma das pacientes que já concluíram o procedimento. “No início tive um pouco de medo, mas hoje tenho minha autoestima de volta”, diz. Em 2013, Vitória foi diagnosticada com câncer, iniciando seu tratamento e passando pela cirurgia de retirada de mama. Em junho deste ano, após ter a mama reconstruída, foi atendida no Projeto Cereja.  “A primeira sessão de micropigmentação foi em junho e o trabalho já foi finalizado. Ficou ótimo, com praticamente nenhuma diferença para o outro seio. Me sinto muito melhor”, diz.

A responsável por fazer a diferença na vida de Vitória e de outras pacientes o faz de forma voluntária. A esteticista especializada em micropigmentação Viviane Batista decidiu dedicar parte de seu tempo à atividade após ajudar uma amiga que passou por essa situação. “Estive ao lado dela  em todas as etapas do tratamento. Quando foi sugerida a tatuagem para reconstruir a aréola, ela disse que apenas faria isso se eu realizasse o procedimento. E foi o que fiz. A partir daí resolvi ajudar outras pessoas, após ver o impacto desse ato na vida dessas mulheres”, afirma. Até o momento, cinco pacientes concluíram o procedimento.

Casa da Mama

O ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo, unidade vinculada à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), compreende unidades clínica e diagnóstica, com equipamentos de última geração, buscando promover o diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura. Com atendimento totalmente gratuito pelo SUS, a unidade realiza procedimentos diferenciados, como biópsia à vácuo, mais precisa para o caso de calcificações suspeitas na mamografia.  

“Nosso sistema de atendimento visa otimizar o diagnóstico do câncer de mama, permitindo, na maioria das vezes, defini-lo no mesmo dia da consulta, agilizando o tratamento das pacientes”, complementa Simone.

Atualmente são realizados, em média, 1.000 atendimentos mensais, como consultas médicas, de fisioterapia e grupos de acolhimento com familiares. Ainda são feitas cerca de 500 mamografias, 100 biópsias e 25 cirurgias mensalmente. 

A Casa da Mama do Hospital São Paulo fica na Rua Marselhesa, 249 - Vila Clementino. O agendamento de consultas é feito via Unidade Básica de Saúde (UBS) e as mamografias podem ser marcadas pessoalmente, bastando apenas ter o pedido médico e o cartão do SUS.

Outubro Rosa

Durante o Outubro Rosa – mês da conscientização sobre o câncer de mama, o ambulatório de Mastologia participará de vários mutirões de mamografia realizados em São Paulo por parceiros da instituição (como a GEHealthCare, OSCIP Américas Amigas e Instituto Avon), que disponibilizarão mamografias em carretas em pontos da capital paulista. Todos os casos que necessitarem de esclarecimento diagnóstico serão encaminhados para a Casa da Mama.

Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM)

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