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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Estudo aponta que os homens são mais suscetíveis a desenvolver doenças cardiovasculares



Segundo cardiologista, a principal causa de doenças do coração é a falta de hábitos saudáveis


Mais da metade da população brasileira está acima do peso, segundo dados do Vigitel 2014. A pesquisa, encomendada pelo Ministério da Saúde, foi realizada com mais de 40 mil pessoas de todos os estados brasileiros e Distrito Federal. O sobrepeso está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

São cerca de 340 mil brasileiros que morrem vítimas dessas doenças, de acordo com o DATASUS. Os dados preocupam ainda mais os homens: estudo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo aponta que 60% das vítimas são do sexo masculino, com média de idade de 56 anos.

Para o Dr. Francisco Fonseca, presidente da Sociedade Latino-americana de Aterosclerose - SOLAT, um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por doenças do coração. “Entre eles, destacam-se o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, alimentação inadequada e falta de atividade física”, explica o cardiologista.

Segundo o Vigitel 2014, a frequência de homens fumantes no Brasil é maior do que a de mulheres. Eles ainda consomem poucas frutas e hortaliças e apresentam consumo excessivo de sal, diferente das mulheres.

Para evitar sustos, o Dr. Francisco Fonseca esclarece que a melhor conduta é a prevenção. “Consultas regulares ao médico são essenciais para avaliar os fatores de risco, como controle de níveis de colesterol e pressão arterial, além de avaliação física. Hábitos simples e fáceis de adotar podem fazer toda a diferença para a saúde cardiovascular, como uma alimentação equilibrada, que inclua gorduras boas, por exemplo”, finaliza



Técnica minimamente invasiva em prol da qualidade de vida



A doença hemorroidária é um problema que afeta diretamente a qualidade de vida da população. É causada pela dilatação das veias que ficam na região do ânus, podendo ser internas ou externas, e apresentar os seguintes sintomas: prurido (coceira), dor e sangramento. De ocorrência comum, é causada por razões hereditárias, e condições que interfiram com a circulação pélvica, como gravidez, cirrose, alterações intestinais, entre outras. A doença hemorroidária atinge milhares de pessoas e a estimativa é de que metade da população possa sofrer com o problema em algum momento da vida, independente de idade e sexo.

Muitas pessoas que sofrem de hemorroidas não procuram ajuda médica, seja por constrangimento ou receio de serem operadas, já que o pós-operatório da cirurgia tradicional é conhecido por ser bastante doloroso. Atualmente conta-se com uma técnica cirúrgica criada por médicos italianos, que é a Desarterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD). O método resolve o problema de forma mais precoce e menos dolorosa.

A técnica oferece muitas vantagens ao paciente. Além de ser realizada sem cortes, a THD proporciona rápida recuperação e baixo risco de complicações pós-operatórias, tanto que a pessoa pode retornar às atividades diárias em poucos dias, enquanto que o período de recuperação da cirurgia convencional é bem maior, podendo levar mais de 30 dias. A grande diferença entre a THD e as técnicas convencionais é que estas últimas são mais invasivas e agressivas, uma vez que incluem cortes com bisturi ou utilização de grampeadores para excisão das hemorroidas, o que invariavelmente provoca muita dor no pós-operatório, sangramento, secreção, além de maior risco de trombose e hemorragia nas áreas incisadas.

A THD também é realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia, embora na maioria dos casos, o paciente receba alta no mesmo dia. Apesar de ser uma técnica recente, os primeiros estudos apontam que ela oferece os mesmos índices de sucesso que as cirurgias tradicionais, com menos complicações pós-operatórias, menos dor e recuperação muito mais precoce.

A cirurgia é realizada por um anuscópio acoplado a um Doppler (equipamento de ultrassom que mede o fluxo sanguíneo), identificando a pulsação da artéria que nutre as veias inchadas. No procedimento, o cirurgião costura a artéria em um ponto específico, com uma agulha que passa pelo interior do equipamento, reduzindo o fluxo de sangue para as veias inchadas, curando a doença.

 

Dra. Sonia Time - coloproctologista do Hospital VITA, e pioneira na implantação da técnica no Paraná



Sorriso impecável: correção da gengiva pode ser necessária



Especialista diz que é possível mudar desde a cor dos tecidos gengivais até a posição dos lábios através de cirurgias realizadas no consultório

O brasileiro é um povo que sorri bastante e que, também por esse motivo, vem investindo cada vez mais no sorriso. A Odontologia Estética está em alta e traz inúmeras novidades para que se possa ter dentes claros, alinhados e num formato ideal para cada pessoa. Mas o que nem todo mundo sabe é que é possível corrigir a gengiva – tecido mole que circunda os dentes, mas que também os protege ao prover sustentação.

De acordo com Luís Fernando Bellasalma, professor de Periodontia da APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, as gengivas podem interferir na beleza de um sorriso. “Quando olhamos diretamente para um rosto, quanto mais simétricos forem os lados direito e esquerdo da face, mais harmônica será a fisionomia. O mesmo acontece com nossas gengivas. A cor deve combinar com a cor da pele e a simetria entre os lados direito e esquerdo do sorriso constitui um item muito importante, assim como a altura que o lábio superior alcança num sorriso espontâneo e o quanto de gengivas são mostradas nessa situação”.

Na opinião do especialista, uma gengiva bonita acrescenta ‘algo a mais’ a um sorriso, devendo estar bem posicionada com relação à coroa dentária. “É importante que a gengiva deixe aparente todo o esmalte dentário sem mostrar porções de raízes. Ao cuidar de um sorriso, garantimos que não haja pontos de inflamação ou sangramento, que as papilas (porção de gengiva que preenche o espaço entre os dentes) estejam bem preservadas, que a cor da gengiva seja adequada à cútis do indivíduo e que ela apareça moderadamente. Quando a gengiva se mostra em excesso num sorriso, temos o que chamamos de ‘sorriso gengival’”.

Bellasalma diz que, quando está fora dos padrões, a gengiva pode afetar também a fala, a respiração e a mastigação de uma pessoa. “Já enfrentei um caso em que o paciente, por questões genéticas, tinha tantos nódulos na gengiva, que restava pouco espaço para a língua, interferindo enormemente na fala, na respiração, no posicionamento dentário e na higiene dos dentes. Esse tipo de caso é bastante raro, mas ilustra bem a importância de se ter uma gengiva saudável e harmônica”.

A cirurgia plástica da gengiva, ou gengivoplastia, permite mudar desde a cor dos tecidos gengivais até a posição dos lábios através de procedimentos realizados no consultório. A quantidade de técnicas é muito grande e depende da necessidade ou da vontade do paciente. Em casos extremos, pode ser necessário remover tecido ósseo para se reposicionar a gengiva de forma adequada. “As cirurgias plásticas gengivais são utilizadas para mudar a cor de gengivas muito escuras, aumentar a faixa de tecido gengival, cobrir raízes dentárias expostas, diminuir a discrepância que acontece no sorriso gengival etc. As aplicações são várias, podendo ser restritas a um único dente ou abranger todo o sorriso”, conclui o professor da APCD.


Prof. Dr. Luís Fernando Ferrari Bellasalma - professor de periodontia da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) – www.apcd.org.br

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