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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Atenção papais e mamães


 Pediatra do Hospital América de Mauá faz alerta sobre o uso do slime caseiro


O slime está em alta entre as crianças e até mesmo entre os adolescentes, mas, apesar de aparentar ser inofensivo, trata-se de uma mistura de compostos químicos, como o borato de sódio, mais conhecido como bórax. Por toda a química envolvida, é necessário que sejam tomadas algumas medidas de segurança para que crianças e adolescentes possam brincar sem comprometer a saúde. “O bórax, utilizado como ativador do slime, pode ser encontrado no nosso dia a dia, como em fertilizantes, produtos de limpeza e até mesmo em medicamentos, mas em concentrações e manipulações adequadas para não gerar nenhum efeito adverso. O maior risco para as crianças, em termos de intoxicação, está relacionado ao tempo de manipulação e à ingestão dessa substância, bem como à inalação ou não durante sua manipulação”, explica a Dra. Nathalie Moschetta Monteiro Gil, pediatra e neurologista infantil, prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.

“Os sintomas da intoxicação pelo slime ou pelo bórax incluem náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia, assim como o descrito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nossa agência regulamentadora. A criança pode apresentar ainda aspecto azul-arroxeado ou acinzentado na pele e nas mucosas, caracterizando a cianose, um sintoma decorrente de uma intoxicação mais grave. Nesse caso, pode haver ainda queda de pressão, perda de consciência e até mesmo choque cardiovascular. O potencial da toxidade do bórax aumenta conforme são adicionados outros produtos químicos para colorir e texturizar as gelecas, como eram chamadas antigamente”, ressalta a pediatra.

Para as crianças, a parte mais divertida da brincadeira com o slime é sua fabricação. Por isso, por mais seguro que seja comprar um produto químico regulamentado pela Anvisa, o que deve obviamente ser algo prioritário, a produção também deve ser feita de uma maneira segura para as crianças, garantindo que sempre estejam acompanhadas por um adulto, tenham cuidados na manipulação e na mistura dos ingredientes e estejam com equipamento de proteção individual, como luvas. “É importante também que após a manipulação as mãos sejam muito bem lavadas, bem como os braços, e, claro, o tempo de exposição à substância não pode passar de 30 minutos a 1 hora por dia, tanto na fabricação quanto na brincadeira”, comenta a especialista.

No nosso país, a Anvisa contraindica o uso do borato de sódio e fornece orientações em caso de intoxicação: não provocar vômito na criança, não oferecer água, leite ou qualquer outro líquido e procurar assistência médica de imediato.

Alguns jornais internacionais, como The Guardian, além de outros veículos de informação, recentemente fizeram reportagens sobre o slime, relatando a ocorrência de queimaduras de segundo e até terceiro grau principalmente nas mãos, devido ao tempo prolongado de exposição à brincadeira – em alguns casos todos os dias e durante vários meses. “É fundamental que os pais se atentem para a questão dos efeitos a curto e longo prazo, desde queimaduras a intoxicações gastrointestinais. O mais importante seria substituir o ativador do slime, o borato de sódio, que é o principal componente tóxico da mistura química, por outras alternativas, como a gelatina, o amido e o marshmallow, que, por mais que não proporcione a mesma textura, é um slime seguro para todas as crianças”, conclui a médica.





Dra. Nathalie Moschetta Monteiro Gil - pediatra e neurologista infantil, prestadora de serviços no Hospital América de Mauá | CRM 163047


Dia Mundial Sem Tabaco: efeitos do tabagismo na voz, na boca e na garganta



O dia 31 de maio foi escolhido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para alertar sobre as doenças relacionadas ao tabagismo


O Dia Mundial Sem Tabaco, que acontece em 31 de maio, foi criado em 1987 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para advertir sobre os graves problemas relacionados ao tabagismo. Além do temido câncer, o hábito pode causar alterações na voz, na boca e na garganta.

“Fumar causa irritação na mucosa do nariz, da boca e da laringe. Entre os diversos problemas nessas regiões do organismo, o fumante pode desenvolver halitose, rouquidão ou, até mesmo, câncer na laringe, para citar apenas alguns”, alerta o Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, com especialização em laringologia e doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Ainda segundo a OMS, as doenças crônicas não transmissíveis – como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares – são responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo, e o aumento da ocorrência dessas doenças tem sido impulsionado por cinco fatores de risco: o uso do tabaco, a inatividade física, o uso nocivo do álcool, as dietas pouco saudáveis e a poluição do ar.


Doenças da voz, boca e garganta que podem estar relacionadas ao tabagismo

Disfonia

Significa qualquer alteração na qualidade vocal, que deixa de ser normal, e passa a ter características como aspereza, fraqueza, soprosidade, instabilidade, etc. Geralmente, é causada por abusos vocais ou maus hábitos, como consumo excessivo de álcool e cigarro, além de falar e cantar demasiadamente sem realizar um preparo vocal adequado.


Halitose

Doença que causa odor desagradável na boca, que pode ser ocasionada por higiene bucal inadequada, problemas dentários, causas sistêmicas, como refluxo, doenças pulmonares e do fígado ou outras alterações sistêmicas do organismo e, até mesmo, consumo excessivo de álcool e tabagismo. 


Câncer na laringe 

É uma doença grave que atinge as cordas vocais ou qualquer outra estrutura da laringe. Como consequência, um dos sintomas mais presentes é a rouquidão. Para que o risco de desenvolver o câncer de laringe seja igual ao de uma pessoa não fumante, estima-se que pode levar em torno de oito anos, a partir do último cigarro. O diagnóstico em um estágio precoce (inicial) aumenta muito as chances de sucesso no tratamento, podendo chegar a mais de 95% de cura completa. Um ponto de extrema importância para o tratamento é o abandono do tabagismo, presente em mais de 90% dos casos de câncer de laringe. 


Câncer de boca e faringe

O câncer na boca pode acometer os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo a língua, gengiva e bochechas. A doença pode também se instalar na região da faringe, estrutura comum ao aparelho digestivo e respiratório, localizada à frente da coluna cervical. O indivíduo que bebe e fuma tem os riscos aumentados consideravelmente de desenvolver o problema nessas regiões.


Dia Mundial sem Tabaco - No Brasil, medidas antitabagistas alcançam menos da metade do mercado


PRNewswire/ -- Na data em que se comemora o Dia Mundial sem Tabaco, iniciativa da Organização Mundial da Saúde para alertar sobre os riscos do tabagismo, o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) faz uma ressalva: o Brasil está perdendo a guerra contra o mercado ilegal de cigarros, que já domina 54% do total. 

"Houve um expressivo aumento no número de pessoas que consomem cigarros contrabandeados: de 9,2 milhões de pessoas em 2016, para 11,2 milhões em 2018, o que evidencia a ineficiência das políticas públicas de controle do tabaco, que não alcançam mais da metade do mercado", diz Edson Vismona, presidente do ETCO. "Esta data deveria servir para mobilizar a sociedade no combate ao contrabando de cigarros e todo prejuízo causado por ele, inclusive o financiamento do crime organizado e o aumento da violência". 

Os cigarros vendidos legalmente no Brasil seguem uma regulamentação rígida, incluindo índices de nicotina e alcatrão, enquanto que os contrabandeados não se submetem ao registro e ao controle da Anvisa.

Além disso, 54% dos cigarros não pagam impostos no Brasil (e no Paraguai, pagam apenas 18%), enquanto os produtos da indústria legal são taxados em 71%, o que faz com que a carga tributária real do mercado caia para 33%, – o que está longe de seguir a recomendação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

O executivo acredita que uma revisão do atual sistema tributário é fundamental para que a indústria legal tenha condições de competir – seguindo a regulamentação e pagando os devidos impostos. "O ministro Sérgio Moro criou dois grupos de trabalho, o primeiro para avaliar a criação de centros integrados de fronteira, para atacar a oferta, e o segundo para analisar se os tributos cobrados contribuem de alguma forma para o avanço da ilegalidade. Um eventual reequilíbrio dos tributos permitirá maior competição com o ilegal, reduzindo o poder das quadrilhas de criminosos que dominam esse mercado no país" afirma.




FONTE ETCO


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