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terça-feira, 26 de julho de 2016

Campanha de conscientização sobre coinfecção pelos vírus HIV-HCV ocorre em São Paulo, Santos e Vitória




Foco da iniciativa é educar a população sobre a doença hepática e a importância do diagnóstico, principalmente entre portadores do vírus da Aids


A campanha Lembre-C, promovida pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb para conscientizar a população sobre a coinfecção pelos vírus HIV-HCV, causadores da Aids e da Hepatite C, realizará três atividades simultâneas em diferentes cidades no Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho. Na data, São Paulo, Vitória e Santos contarão com a presença de profissionais treinados e ONGs para informar a população sobre a relação entre os dois vírus em ações realizadas em espaços públicos para distribuição de materiais educativos e realização de testes rápidos para o vírus HCV.

A iniciativa pretende informar e conscientizar a sociedade sobre os riscos da Hepatite C, especialmente nos portadores de HIV, pois neste público o vírus HCV, que é assintomático, se desenvolve com mais intensidade, evoluindo para quadros de fibrose ou cirrose hepática mais graves e câncer de fígado. Nesta população a doença progride entre 12 e 16 anos mais cedo em comparação aos pacientes monoinfectados.

Para a Diretora Associada Médica de Virologia e Imunologia da Bristol-Myers Squibb, Patricia Faustino, a melhor forma para a sociedade erradicar o vírus HCV é conhecer o assunto, compartilhar informações e incentivar o diagnóstico. “Atualmente, a Hepatite C tem chances de cura, mas como se trata de uma doença assintomática, os portadores não são diagnosticados precocemente. Em portadores de HIV a indicação é repetir os testes de sorologia HCV anualmente”, destaca Patricia.

Em atividade desde junho deste ano, a campanha Lembre-C visitou cidades como Santos (SP), Belém do Pará (PA) e diversos municípios do Espírito Santo. Cerca de oito mil pessoas já foram testadas e aproximadamente duas mil poderão participar das ações de testagem que ocorrerão na Baixada Santista e em Vitória. Em São Paulo, a ação consiste na distribuição de material informativo no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 3% da população brasileira está infectada pelo vírus HCV, ou seja, aproximadamente de 3 milhões de cidadãos, uma em cada 30 pessoas pode ser portadora do vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 11% dos portadores de HIV também são reagentes ao HCV.  A meta da OMS com diversos países é erradicar o vírus da Hepatite C até 2030.

Serviço:

Testagem para Hepatite C no SindiPetro
Grupo Esperança
Onde: Av. Conselheiro Nébias, 248, Vila Nova – Santos-SP
Quando: 29 de julho de 2016 – 8h30 às 16h
Público: Disponível para todos os interessados

Campanha de Conscientização de HCV-HIV
Instituto Cultural Barong
Distribuição de material informativo e conscientização
Onde: Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073
Quando: 28 de julho de 2016 – 12h às 20h
Público: Disponível para todos os interessados

Testagem de HCV no Espírito Santo
ONG Pró-Vidas Transplantes e Hepatites Virais do Espírito Santo
Testagem rápida para HCV e HIV
Onde: Praça do Papa – Enseada do Suá
Quando: 28 de julho de 2016, das 8h às 13h
Público: Disponível para todos os interessados

Preenchimentos estéticos viram um problema quando aplicados em grandes quantidades




“As cirurgias plásticas para retiradas desses produtos podem conter a infecção, melhorar as deformações, mas não removem 100% do produto, que continua a se movimentar pelo corpo”.

É verdade que algumas cirurgias plásticas são importantíssimas para a saúde do paciente, mas os incríveis números de procedimentos realizados no Brasil mostram que o brasileiro é também bastante vaidoso. Segundo o relatório de 2011 do ISAPS, 14,2% de todas as cirurgias plásticas no mundo foram realizadas no Brasil, ficando atrás apenas dos EUA, com 17,2%.

A busca pelo corpo perfeito, no entanto, esconde armadilhas muitas vezes irreversíveis e que podem levar à morte. É o caso de quem opta por esculpir o corpo através de produtos injetáveis como silicone líquido ou outros produtos semelhantes, que trazem problemas à saúde quando aplicados em grandes quantidades.

Segundo o cirurgião plástico Luiz Paulo Barbosa, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, todas as pessoas que se submetem a esse tipo de procedimento mais cedo ou mais tarde apresentarão algum problema. “E apesar de conseguirmos fazer uma retirada parcial dos produtos através de cirurgias, jamais será possível a sua remoção total”, alerta.

Essas substâncias preenchedoras são atrativas porque prometem tornear o corpo, enrijecer a pele, dar fim as estrias e celulites, além de dar volume e esculpir certas regiões do corpo. Quando utilizadas em pequenas quantidades, mais comumente no rosto para atenuar rugas e linhas de expressão, podem sim trazer benefícios. Porém, o problema está quando utilizadas em grandes quantidades.

“Todos estes produtos, em pelo menos 80% dos casos, apresentarão problemas futuros, que vão desde uma simples inflamação, que você consegue reduzir com o uso de corticoides, até infecções de difícil controle com antibióticos, às vezes necessários altos doses por longo tempo”, explicou o especialista.

Outro problema gravíssimo é a movimentação desse tipo de produto pelo corpo, alterando fatalmente e deformando as regiões, principalmente no contorno das nádegas. É comum também observar que essas transformações podem causar placas endurecidas pelo corpo e, muitas vezes, chegam até o pé causando inchaço e aquela aparência de pés de elefante.

Ainda segundo dr. Luiz Paulo Barbosa, “é muito comum o aparecimento de manchas vermelhas e arroxeadas na pele onde se encontra o produto. Além disso, é possível haver o desencadeamento de distúrbios circulatórios comprometendo principalmente a circulação dos membros inferiores”.

Antes de se submeter a tais promessas a base de substâncias injetáveis, o cirurgião plástico aconselha a pensar no futuro. “Aconselho a todas as pessoas que pretendam se submeter à aplicação de produtos infetáveis no corpo que não o façam, mesmo que tenha sido um presente. Se o desejo de mudar o contorno corporal existir, procure um bom cirurgião e submeta-se a inclusão de próteses de mamas, nádegas, panturrilha, etc, procedimentos muito mais seguros e também reversíveis”.

Vale lembrar que as cirurgias para retirada desses produtos são feitas com o intuito de amenizar dores, desconfortos, diminuir os problemas circulatórios, melhorar as deformações, diminuir a incidência de inflamações, mas dificilmente consegue-se que não mais apareçam por conta dessa movimentação das substâncias pelo corpo. Além disso, é importante enfatizar que essas cirurgias resultam em grandes cicatrizes feitas nas proximidades dos locais afetados.

Outros produtos injetáveis:


O silicone industrial ou mesmo o silicone médico purificado - usado para fabricação de colírios e outros produtos - são proibidos para injeções no corpo desde os anos 80.

A toxina botulínica, comumente utilizada para diminuir os movimentos dos músculos da testa e das rugas em volta dos olhos (pés de galinha), acaba sendo bastante injustiçada entre os preenchedores. “É comum ouvirmos dizer que tal pessoa está ‘botocada’ porque apareceu com a bochecha muito rechonchuda ou com os lábios aumentados demais. O fato é que isso é resultado de aplicação exagerada de outros preenchimentos e não da toxina, ela não serve para isso”, explicou Dr. Luiz Paulo Barbosa, que ainda destaca que ela é utilizada para tratamento de sudorese axilar excessiva e pequenas rugas ao redor da boca. Sua desvantagem é o seu efeito que tem durabilidade de ação em torno de 6 a 8 meses.

Já o ácido hiaulurônico, o único produto que pode ser usado com segurança em qualquer local do corpo, normalmente só é utilizado no rosto, pois as embalagens têm apenas 1 ml, o que inviabilizaria inclusive financeiramente um procedimento maior como a aplicação de 1.000 ml no corpo.  Outra desvantagem é o fato de ser um produto absorvível que precisa de reposição entre 8 a 18 meses, dependendo da metabolização de cada indivíduo.



Dr. Luiz Paulo Barbosa - Formado pela Universidade Federal do Pará, especialista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Associação Médica Brasileira, membro também da ISHRS - Internacional Society of Hair Restoration Surgery (Transplante Capilar) e da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar. Foi um dos cirurgiões plásticos pioneiros a ir para a França, em 1981, aprender a técnica de Lipoaspiração com o criador da mesma, Prof. Dr. Yves Gerard Illouz e trazê-la ao Brasil. Entre suas especialidades destacam-se: lifting facial (rejuvenescimento da face), rinoplastia (cirurgia de nariz), transplante capilar, lipoaspiração e lipoescultura, aumento (prótese) de mamas e nádegas, cirurgias de reposicionamento e redução de mamas, entre outras cirurgias estéticas.

Eliminação do sarampo no Brasil tem reconhecimento internacional



Até o final de 2016 o Brasil receberá, da OMS, o certificado de eliminação do sarampo - e com isso ficará reconhecido o fim da transmissão da doença em todo o continente americano 


O sarampo está eliminado no Brasil. O anúncio foi feito durante visita ao Brasil da presidente da Comissão Nacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), Merceline Dahl-Regis: o último caso relatado no país foi no Ceará, em julho de 2015. A expectativa agora é que, até o final de 2016, o Brasil receba o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – e com isso ficará reconhecida a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, que será a primeira região do mundo onde isso acontece. O mesmo ocorreu, em 2015, com a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.

Dahl-Regis elogiou o trabalho integrado e exitoso do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Ceará, parabenizando todo o processo de vigilância epidemiológica realizado durante a situação. “O Ministério da Saúde, junto com a Secretaria Estadual e municipais de Saúde no Ceará, buscaram sempre agir de forma oportuna para enfrentar e garantir a interrupção da cadeia de transmissão do sarampo. Isso demonstra a eficiência do trabalho integrado feito pelo monitoramento e a vigilância dentro do Sistema Único de Saúde do Brasil”, explicou o secretário Executivo, Antonio Nardi, durante evento na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília, onde foram discutidos também os progressos realizados no sentido de garantir a sustentabilidade da interrupção da transmissão do vírus no sarampo.

Histórico – No Brasil, o Sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968. Desde 1999, a vigilância do sarampo é integrada à vigilância da rubéola, tornando oportuna a detecção de casos e surtos e a efetivação das medidas de controle adequadas.

Desde a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo, em 2000, a doença apresentou baixa morbimortalidade. No ano 2000 foram confirmados os últimos surtos autóctones nos estados do AC e MS. A partir de 2001 ocorreram casos importados, mas sem grande magnitude e controlados pelas ações de prevenção e controle.

Também foi realizada Campanha de Seguimento contra o Sarampo em todos os municípios brasileiros no período de 08 a 28 de Novembro de 2014. Com as medidas adotadas foi constatada a interrupção da circulação do vírus do sarampo no Brasil. A partir desse cenário, particularmente nos estados de PE e CE – onde ocorreram surtos em 2013, 2014 e 2015 – foi elaborado, em 2014 o Plano de Contingência Para Resposta às Emergências em Saúde Pública para o Sarampo. Em 2015, considerando o cenário da disseminação do Zika vírus país, foi elaborado o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia – Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional. Atualizado de acordo com as necessidades e o cenário epidemiológico.

Apesar dos grandes avanços obtidos no mundo, os surtos continuam ocorrendo mesmo em países que apresentam alta cobertura vacinal, o que requer que sejam mantidas as estratégias estabelecidas no Plano de Sustentabilidade da Eliminação do Sarampo, Rubéola e SRC e  manutenção da Comissão Nacional de Especialistas do Sarampo.

Mesmo após a interrupção dessa transmissão, é importante a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da doença, com o objetivo de detectar oportunamente todo caso de sarampo importado, bem como adotar todas as medidas de controle ao caso.

O Programa Nacional de Imunizações estabelece a meta de 95% da cobertura vacinal de forma homogênea em todas as localidades no município. Para avaliar e monitorar essa cobertura local, o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC) deve ser realizado de forma sistemática, com articulação entre as equipes de vigilância epidemiológica, laboratorial e imunizações, Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, todos os casos confirmados no País eram importados ou relacionados à importação.


 Agência Saúde

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