Cada quilo extra exige mais esforço do coração e pode acelerar o surgimento de doenças silenciosas, como hipertensão, infarto e AVC, destaca o Hospital Cardiológico Costantini
O excesso de peso é um dos principais fatores de risco
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que permanecem entre as
maiores causas de morte no Brasil. Mais do que uma questão estética, controlar
o peso é uma medida fundamental de cuidado com a saúde do coração.
Segundo especialistas, quando há sobrepeso ou obesidade,
o coração precisa trabalhar mais para garantir o bombeamento de sangue a todo o
organismo. Esse esforço extra aumenta a pressão arterial, favorece o acúmulo de
gordura nos vasos e eleva a probabilidade de complicações graves, como infarto
e acidente vascular cerebral (AVC).
“O coração é um órgão resiliente, mas ele também tem
limites. O excesso de peso sobrecarrega seu funcionamento e cria condições
propícias para o surgimento de doenças silenciosas, que muitas vezes só se
manifestam em fases avançadas”, explica Dra. Bianca Prezepiorski, médica
cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini.
O Dr. Wagner Sobottka, cirurgião do aparelho digestivo do
Hospital Cardiológico Costantini, complementa:
“A obesidade aumenta a sobrecarga de trabalho do coração.
O excesso de gordura no corpo leva ao aumento da pressão arterial, elevação do
colesterol e resistência à insulina — fatores que, juntos, favorecem o
desenvolvimento de hipertensão, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias.
Além disso, o acúmulo de gordura ao redor do coração e dos vasos sanguíneos
pode causar inflamação crônica e reduzir a capacidade circulatória do
organismo.”
Como o excesso de peso afeta o coração
O acúmulo de gordura corporal está diretamente ligado a
alterações metabólicas que prejudicam o sistema cardiovascular. Entre as
principais consequências estão:
- Hipertensão
arterial – resultado do aumento da demanda sanguínea.
- Dislipidemia
– níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.
- Diabetes
tipo 2 – decorrente da resistência à insulina, muito comum em pessoas com
obesidade.
- Apneia
do sono – distúrbio associado ao sobrepeso que agrava a pressão arterial e
afeta a oxigenação do corpo.
Essas condições, quando não controladas, formam um
cenário perigoso para a saúde cardiovascular, potencializando o risco de
infarto, insuficiência cardíaca e AVC.
Segundo o Dr. Sobottka, é essencial que o acompanhamento
médico vá além da balança:
“É fundamental monitorar peso, circunferência abdominal,
pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicerídeos. Esses indicadores
ajudam a detectar precocemente alterações metabólicas e cardiovasculares.
Também é importante avaliar o nível de atividade física, qualidade do sono e
hábitos alimentares. Pequenas mudanças no estilo de vida, quando iniciadas
cedo, podem evitar complicações graves.”
A importância da prevenção
A boa notícia é que medidas simples e contínuas fazem
diferença. Alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e
acompanhamento médico são estratégias eficazes para manter o peso adequado e
reduzir os riscos.
“Controlar o peso não significa apenas emagrecer, mas
encontrar um equilíbrio que favoreça a saúde. Cada quilo a menos pode representar
um alívio para o coração e uma oportunidade de viver com mais qualidade de
vida”, reforça Dra. Bianca Prezepiorski.
O Dr. Sobottka acrescenta que o tratamento deve ser
multidisciplinar:
“O tratamento da obesidade é mais eficaz quando feito em
equipe. O médico identifica e trata doenças associadas, o nutricionista orienta
um plano alimentar individualizado e o educador físico ajuda na escolha de
exercícios adequados e seguros. Essa integração garante um acompanhamento
completo, com metas realistas e resultados mais duradouros.”
Quando procurar ajuda médica
Mudanças no estilo de vida são essenciais, mas sintomas
como dor no peito, palpitações, falta de ar e cansaço extremo devem acender o
alerta. Além disso, é fundamental consultar um médico antes de iniciar qualquer
tipo de atividade física. Consultas preventivas com cardiologistas ajudam a
identificar precocemente alterações que, quando tratadas a tempo, podem evitar
complicações graves.
“O ideal é procurar ajuda médica assim que houver
dificuldade em controlar o peso ou surgirem sinais de alerta, como cansaço,
falta de ar, ronco excessivo, pressão alta ou alterações nos exames de sangue.
A obesidade é uma doença crônica, mas tratável. O acompanhamento precoce faz
toda a diferença na prevenção de doenças cardíacas e na recuperação da
qualidade de vida”, ressalta Dr. Wagner Sobottka.
“O cuidado com o peso corporal é, acima de tudo, um gesto
de autocuidado com o coração. E quando falamos de prevenção, quanto mais cedo
esse olhar for incorporado ao dia a dia, maiores são as chances de manter a
saúde em equilíbrio”, conclui Dra. Bianca Prezepiorski, do Hospital
Cardiológico Costantini.
Hospital Cardiológico Costantini
https://hospitalcostantini.com.br/

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