Com índices alarmantes de exposição entre
menores, o empresário e especialista em tecnologia Rafael Wisch defende o uso
mais consciente da tecnologia e reforça o papel dos pais na formação digital
das crianças
Divulgação
No mês em
que se celebra o Dia das Crianças, cresce a preocupação com o tempo de
exposição dos pequenos às telas e os riscos de conteúdos impróprios nas redes
sociais. Pesquisas recentes mostram que o problema já atingiu níveis
alarmantes. Segundo o levantamento TIC Kids Online Brasil 2024, 93% das
crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet regularmente, e
quase 30% afirmam já ter sofrido algum tipo de ofensa online. Entre os menores,
o cenário é ainda mais delicado: dados do Cetic.br apontam que 44% das crianças
de até 2 anos já utilizam dispositivos conectados, muitas vezes sem supervisão
adequada.
O resultado
é uma geração exposta precocemente a riscos digitais e impactos no
desenvolvimento. Distúrbios do sono, atrasos na fala e aumento da ansiedade
estão entre os efeitos mais citados por especialistas em saúde infantil. Para o
multiempresário e especialista em tecnologia Rafael Wisch, que atua em projetos
voltados à educação e à infância, o caminho está no equilíbrio e na orientação
- tanto de crianças quanto de pais e educadores.
“A
tecnologia não pode ser tratada como vilã, mas também não pode ser entregue sem
orientação. Ela é uma aliada poderosa no aprendizado e na criatividade, mas
cabe ao adulto definir limites e acompanhar de perto. O uso saudável da tecnologia
começa dentro de casa. Precisamos ensinar as crianças a pensar criticamente
sobre o que consomem e a entender que o digital não substitui o real”, revela
Rafael.
Em 2025, o
Ministério da Educação reforçou diretrizes para o uso responsável de telas, recomendando
que crianças menores de 2 anos não tenham contato com dispositivos eletrônicos
e que o tempo de exposição seja limitado e supervisionado até os 10 anos. Ainda
assim, o acesso a conteúdos inadequados e o uso excessivo de smartphones
continuam crescendo.
Pensando
nisso, neste Dia das Crianças, Rafael Wisch propõe que o debate vá além do
consumo de eletrônicos. Para ele, o desafio não é afastar os pequenos das
telas, mas ensinar um uso mais consciente, humano e educativo da tecnologia. “O
maior presente que podemos dar a uma criança é a presença. A tecnologia pode
conectar o mundo, mas nada substitui o olhar e o cuidado de quem está por
perto”, finaliza.
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