Luciana Ikedo explica como transformar a data em um aprendizado leve e duradouro sobre finanças
Com a chegada do Dia das Crianças, as vitrines se enchem de
novidades e o apelo ao consumo volta a ocupar espaço nas conversas em família.
Mas o momento também pode ganhar um novo significado: o de ensinar às crianças
as primeiras lições sobre dinheiro, escolhas e valor. Em vez de apenas comprar
presentes, os pais podem aproveitar a data para estimular comportamentos
financeiros mais conscientes desde cedo.
De acordo com Luciana Ikedo, planejadora financeira e autora do livro “Vida
Financeira – Descomplicando, economizando e investindo”, aprender sobre
finanças na infância é fundamental para formar adultos mais equilibrados e
responsáveis com o próprio dinheiro. “O Dia das Crianças é uma ótima
oportunidade para ensinar sobre prioridades. Quando os pais conversam com os
filhos e estabelecem juntos um limite de gastos, eles não estão negando um
presente, mas ensinando a importância de fazer escolhas”, explica.
A especialista recomenda que o aprendizado seja incorporado à
rotina de forma natural e divertida. Envolver os pequenos em situações do dia a
dia, como comparar preços no supermercado ou decidir o destino de um passeio,
pode ser um bom começo. “A criança entende muito mais quando participa das
decisões. Pequenos desafios, como poupar parte da mesada para conquistar algo
maior, ajudam a desenvolver o senso de planejamento e paciência”, afirma
Luciana.
Ela destaca ainda a importância de desvincular o lazer do consumo.
Um piquenique em família, uma tarde de brincadeiras ao ar livre ou a criação de
brinquedos com materiais recicláveis podem se tornar experiências
significativas. “Essas vivências criam memórias afetivas ligadas à criatividade
e não ao ato de comprar. Quando o afeto e a convivência substituem o consumo, o
aprendizado financeiro acontece de forma muito mais profunda”, complementa.
Luciana sugere que a conversa sobre dinheiro seja constante, e não
restrita a datas comemorativas. A troca de brinquedos entre amigos, a definição
de metas de economia e o hábito de pesquisar preços são atitudes simples que
ajudam a construir uma base sólida. “Educação financeira é um processo contínuo.
Quanto mais cedo o tema for tratado com naturalidade, mais autonomia e
consciência as crianças terão no futuro”, conclui.
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