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Dirigir com o banco fora da posição correta não é apenas uma questão de conforto, mas de segurança. A forma como o motorista se posiciona ao volante influencia diretamente no tempo de reação, na eficácia dos sistemas de segurança do veículo e na gravidade das lesões em caso de acidente.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre
os países com maiores índices de acidentes de trânsito no mundo. Apenas em
2023, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados mais de 33 mil
óbitos no trânsito brasileiro e cerca de 190 mil pessoas ficaram feridas.
Muitos desses acidentes têm sua gravidade potencializada por falhas simples,
como a má regulagem do banco.
O Dr. Caio Zamboni, diretor da Sociedade Brasileira
do Trauma Ortopédico (SBTO), destaca que a postura ao dirigir é determinante
para reduzir riscos:
“Um banco muito afastado faz com que o motorista
tenha de esticar os braços e pernas, diminuindo o controle do veículo e aumentando
o tempo de resposta em emergências.”
Além da perda de reflexo, a posição inadequada também pode comprometer o funcionamento de itens de segurança, como o cinto de três pontos e os airbags.
“Quando o banco está muito próximo do volante, o risco de lesões no tórax e nos membros superiores em caso de colisão frontal aumenta significativamente, pois o corpo não tem espaço para absorver o impacto corretamente.”
Para reduzir esses riscos, especialistas recomendam alguns ajustes básicos: manter os joelhos levemente flexionados, braços dobrados em aproximadamente 120 graus e encosto da cabeça alinhado ao centro da cabeça.
“A prevenção começa antes mesmo de ligar o carro. Regular corretamente banco, encosto e cinto de segurança é um gesto simples, mas que pode salvar vidas e evitar sequelas graves em acidentes”, reforçou.
Os especialistas reforçam que a conscientização sobre postura correta ao
dirigir deve ser parte da educação no trânsito, assim como o uso do cinto de
segurança e o respeito às leis de velocidade.
Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico - SBTO

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