Pesquisa aponta que 1 em
cada 5 pessoas lida com estresse crônico
A condição pode levar ao
desenvolvimento de diagnósticos como burnout, depressão e ansiedade
A rotina acelerada,
marcada por pressões profissionais, responsabilidades familiares e exigências
sociais, tem feito do estresse um dos maiores problemas de saúde da atualidade.
O diagnóstico de estresse, embora muitas vezes banalizado, refere-se a uma
condição clínica que envolve desgaste físico e emocional contínuo. Quando os
níveis de tensão se tornam frequentes e intensos, o organismo passa a liberar
hormônios como o cortisol em excesso, afetando o equilíbrio do corpo e da
mente.
Segundo pesquisa
conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% dos
brasileiros relatam sentir altos níveis de estresse diariamente. O levantamento
ainda indica que 30% da população apresenta sintomas de ansiedade e 20% já
recebeu diagnósticos relacionados ao estresse. Esses números refletem uma
tendência alarmante, também observada em escala global pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), que aponta que 1 em cada 5 pessoas enfrenta estresse crônico —
quadro associado ao aumento de casos de depressão, doenças cardiovasculares e
até ao avanço de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
“Nos últimos anos, temos
observado um crescimento expressivo na procura por cuidadores especializados,
seja para auxiliar puérperas, bebês, crianças ou idosos”, afirma Jéssica
Ramalho, CEO da Acuidar, maior rede de cuidadores da América Latina. Ela
explica que, em cada uma dessas fases da vida, a sobrecarga de responsabilidades
sobre os familiares costuma elevar os níveis de tensão, já que exige constante
atenção, vigilância e disponibilidade. Essa combinação de pressão emocional e
física contribui para que o estresse se torne um fator permanente na vida de
muitos brasileiros.
Dados do Ministério da
Previdência Social reforçam esse cenário - em 2024, quase meio milhão de
afastamentos do trabalho foram registrados em decorrência de condições
associadas ao estresse, o maior número em pelo menos dez anos. Esse contexto
exige não apenas diagnósticos precisos e tratamentos adequados, mas também
estratégias práticas para reduzir o impacto da tensão na rotina.
A seguir, confira
sugestões que auxiliam a manejar o estresse e recuperar a qualidade de vida.
Procure encaixar atividades
de lazer na rotina
“O lazer não deve ser
entendido como luxo, mas como necessidade para manter o equilíbrio entre corpo
e mente. A leitura de um livro, a prática de atividade física ou até mesmo um
momento de silêncio no fim do dia funcionam como válvulas de escape diante das
pressões cotidianas”, pontua Jéssica. Segundo a profissional, cada pausa gera
um espaço de respiro, no qual a mente se reorganiza e o corpo encontra alívio.
Crie uma rede de apoio
Nenhum indivíduo precisa
carregar sozinho o peso de todas as responsabilidades. Construir uma rede de
apoio, formada por familiares, amigos e cuidadores especializados, fortalece os
vínculos e promove alívio emocional. Esse suporte coletivo faz diferença
especialmente em fases da vida em que a demanda é mais intensa, como o cuidado
com crianças pequenas ou com idosos que necessitam de acompanhamento constante.
“O trabalho dos
cuidadores especializados é, muitas vezes, o que garante tranquilidade para a
família. Eles oferecem não só assistência técnica, mas também acolhimento e
empatia, o que reduz a sensação de sobrecarga”, afirma a CEO. Assim,
compartilhar tarefas significa ganhar fôlego para lidar com a rotina de forma
mais saudável.
Busque assistência
profissional
Quando o estresse passa
a interferir na qualidade de vida e no desempenho diário, procurar ajuda
especializada é sinal de maturidade e não de fraqueza. Psicólogos auxiliam na
identificação de padrões de pensamento que alimentam a ansiedade, enquanto
psiquiatras podem indicar tratamentos complementares, como o uso de
medicamentos em situações específicas. O acompanhamento profissional também
abre espaço para que o indivíduo compreenda seus limites e desenvolva
ferramentas de enfrentamento. Esse processo reduz riscos de agravamento e contribui
para a recuperação da autonomia emocional.
Transforme o cotidiano
em um espaço mais leve
A organização da rotina
vai além da gestão de compromissos: trata-se de criar um ambiente em que os
dias fluam sem excesso de pressão. Quando horários são distribuídos de forma
clara, tarefas deixam de se acumular e o peso das responsabilidades se dilui.
Isso inclui programar momentos de descanso, intervalos para alimentação
adequada e pausas estratégicas para recuperar energia.
“Pequenas mudanças, como
reduzir estímulos digitais antes de dormir ou preparar listas simples de
prioridades, já impactam diretamente a sensação de controle. O cotidiano,
quando menos caótico, se transforma em um espaço de equilíbrio e não em um
terreno fértil para o estresse”, conclui Jéssica.
Acuidar
https://www.acuidarbr.com.br/
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