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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Câncer infantil: diagnóstico precoce pode garantir até 80% de cura

Oncologista pediátrica fala sobre importância de estar atentos aos sinais de alerta; Setembro é dedicado a conscientização sobre a doença 

 

O câncer infantil é a segunda principal causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil, atrás apenas de causas externas, como acidentes. Mas apesar da gravidade, oito em cada 10 crianças podem ser curadas quando há diagnóstico precoce e acesso a tratamentos modernos. 

De acordo com a oncologista pediátrica Jossana Santana, do Hospital Vitória Apart, a atenção dos pais e responsáveis é fundamental para identificar os primeiros sinais da doença. “Febre prolongada sem causa, palidez inexplicada, caroços em qualquer parte do corpo, manchas roxas, perda de peso, dores ósseas e de cabeça acompanhadas de vômitos são sinais de alerta e precisam ser avaliados por um médico”, destaca. 

O câncer infantil representa cerca de 3% a 5% de todos os casos de câncer diagnosticados no Brasil a cada ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mas diferente do câncer em adultos, que pode estar associado ao estilo de vida, o câncer infantil tem origem genética. “As mutações surgem ainda em células embrionárias, por isso não há formas conhecidas de prevenção. O que podemos oferecer é diagnóstico preciso, acesso a tecnologias modernas e tratamento adequado para garantir mais chances de cura”, afirma Jossana.
 

Leucemias e linfomas lideram os casos

Os tipos mais comuns de câncer na infância são as leucemias e linfomas, seguidos pelos tumores do sistema nervoso central. Também podem ocorrer tumores abdominais, como neuroblastomas e tumor de Wilms, além de retinoblastoma, sarcomas e tumores ósseos. 

“A faixa etária mais comum é entre 2 e 5 anos. Mas depende muito do tipo do câncer. Cada faixa etária apresenta maior risco para determinados tipos. Por exemplo, o retinoblastoma é mais frequente em crianças menores de cinco anos, enquanto os tumores ósseos acometem mais os adolescentes”, explica a médica.


Tratamento

O acompanhamento médico contínuo é indispensável, principalmente nos primeiros anos após a descoberta da doença, período em que o risco de recidiva é maior. “As consultas frequentes incluem avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem direcionados a cada caso. No caso da leucemia, por exemplo, os pacientes retornam mensalmente trazendo sempre o hemograma atualizado”, explica a oncologista. 

Jossana lembra que a informação é o maior aliado no combate à doença. Campanhas como o Setembro Dourado, mês de conscientização sobre o câncer infantil, buscam sensibilizar a sociedade para a importância do diagnóstico precoce. “Reconhecer os sinais e buscar ajuda médica imediatamente pode fazer toda a diferença. O diagnóstico precoce salva vidas”, conclui a oncologista pediátrica do Hospital Vitória Apart.

 

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