É importante ressaltar que ser resiliente não significa
apoiar ou se culpar por um ambiente organizacional tóxico
Resiliência
se tornou uma palavra da moda, principalmente no ambiente corporativo. Mas ela
vai muito além disso: é um elemento importante para que as empresas possam
seguir adiante, com relações humanizadas entre as equipes e se adaptando aos
diferentes cenários de mudança de comportamento do público. As mudanças -
especialmente as tecnológicas - estão cada vez mais rápidas, há incertezas
econômicas e pressões intensas, o que faz da capacidade de enfrentar desafios
um pilar para adaptar-se a novas circunstâncias e prosperar com sucesso.
No
contexto empresarial, trata-se principalmente de manter o foco nos objetivos,
encontrar soluções criativas para problemas e transformar obstáculos em oportunidades
de crescimento. Essa habilidade permite mais agilidade e eficiência. Além
disso, uma cultura organizacional resiliente promove a coesão e o alto
desempenho dos times, mesmo sob pressão.
De
acordo com Bia Nóbrega,
especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de
experiência e embaixadora da orienteme,
plataforma que oferece soluções integradas para promover a saúde, bem-estar e
produtividade, é preciso entender a diferença entre cenários que exigem
resiliência e ambientes tóxicos que utilizam o termo para mascarar problemas
internos. “Ser resiliente é extremamente importante, mas é preciso um olhar
atento para não se culpar por desafios institucionais que não promovem o
bem-estar organizacional. A linha é bastante tênue”, aconselha.
Desenvolver
resiliência dentro das organizações exige ações estruturadas que incentivem o
bem-estar, a adaptabilidade e a mentalidade de crescimento. Existem estratégias
eficazes que podem ajudar as lideranças a desenvolverem essa competência em
seus times.
- Treinamento
e desenvolvimento:
capacitar colaboradores com habilidades como gestão de estresse, resolução
de problemas e inteligência emocional. Programas de treinamento
específicos ajudam a criar uma base mais estruturada para lidar com as
adversidades.
- Comunicação
aberta: fomentar um ambiente onde os
colaboradores se sintam confortáveis para expressar preocupações,
compartilhar ideias e sugerir soluções. Isso aumenta a confiança e reduz
os impactos de situações difíceis.
- Flexibilidade
e adaptabilidade: incentivar
abordagens criativas e proativas diante de mudanças, além de valorizar a
capacidade de reavaliar estratégias quando necessário.
- Apoio
mútuo: promover uma cultura de
colaboração real, onde os membros da equipe se ajudam mutuamente. O
suporte social é um elemento fundamental para enfrentar crises e reduzir o
impacto emocional de desafios.
- Planejamento
para a incerteza: incorporar
gestão de risco e cenários de contingência no planejamento estratégico e
operacional. Antecipar possíveis dificuldades e preparar alternativas é
essencial para respostas rápidas e eficazes.
"Resiliência
não é apenas resistir às adversidades, mas também encontrar oportunidades de
aprendizado e crescimento em meio a elas. No ambiente corporativo, líderes têm
um papel de criar espaços onde os colaboradores possam desenvolver essa
competência e, assim, prosperar diante dos desafios", explica a
especialista.
Benefícios de uma equipe resiliente
Investir
no fortalecimento da resiliência entre os colaboradores traz benefícios claros
e mensuráveis para as organizações. Equipes resilientes conseguem manter a
produtividade mesmo em cenários de alta pressão, garantindo o cumprimento de
prazos e metas com eficiência. Além disso, a capacidade de enfrentar
adversidades de maneira estruturada e focada assegura a consistência na
qualidade das entregas, fortalecendo a confiabilidade e a reputação da equipe.
Essa
resiliência reflete diretamente na satisfação dos stakeholders, uma vez que
projetos conduzidos por times capacitados tendem a apresentar maior aprovação
de clientes e parceiros. Isso ocorre devido à agilidade na resolução de
problemas e à manutenção de uma comunicação clara e eficaz, elementos
fundamentais para atender às expectativas e superar desafios com sucesso.
“Resiliência é mais do que uma competência individual; é um pilar estratégico para o sucesso organizacional. Ao promover uma cultura que valorize e desenvolva essa habilidade, as empresas se tornam mais preparadas para enfrentar os desafios de mercado”, conclui Bia.
Bia Nóbrega - com mais de 25 anos de experiência como Executiva de Gente & Cultura e reconhecida como LinkedIn Top Leadership Voice, é uma especialista dedicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional. Sua trajetória profissional é marcada por liderar equipes em variados setores e empresas de diferentes tamanhos, além de conduzir projetos internacionais e enfrentar desafios complexos. A partir de 2019, Bia expandiu seu campo de atuação para incluir Experiência do Cliente, Excelência e Governança, utilizando Metodologias Ágeis para promover um crescimento sustentável. Atuando também como palestrante, mentora, conselheira, embaixadora de soluções inovadoras, escritora e professora, Bia tem impactado inúmeras empresas e indivíduos, fornecendo orientações valiosas em temas como Liderança, Governança e Desenvolvimento Pessoal, sempre enfatizando o potencial ilimitado do ser humano.
https://www.linkedin.com/in/beatrizcaranobrega
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