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sábado, 10 de agosto de 2024

Queda de cabelo provocada por estresse pode ter diferentes origens

Orientação profissional pode indicar o diagnóstico preciso e oferecer o tratamento adequado para cada tipo de manifestação

Pode até parecer brincadeira, mas a máxima de que o estresse faz a gente arrancar os cabelos está longe de ser meme. Esta é uma das reações possíveis para quem está sob tensão, mas os efeitos vão muito além dos sintomas psicológicos. Quem sofre com o estresse está passível de enfrentar diversos sintomas, como insônia, tontura, pesadelos, batimentos cardíacos acelerados, falta ou excesso de apetite e até a perda de cabelo.

Arrancando-os ou não, essa queda costuma ser perceptível em períodos de turbulência emocional. A recomendação, nestes casos, é procurar um especialista em tratamento capilar para conter o problema. “Em casos assim, a perda dos fios não ocorre somente pela autoagressão, mas pode haver uma queda decorrente do estado de nervos. É preciso investigar a origem antes de indicar o melhor tratamento”, explica a médica Melina Oliveira, especialista em cirurgia de transplante capilar e proprietária de uma clínica em Vila Velha (ES).

Ela explica que, com a tensão, o corpo tende a liberar hormônios como adrenalina e cortisol. Este último impacta diretamente no nascimento e no crescimento dos fios. “Nessas condições, os folículos capilares podem entrar mais rapidamente na fase de telógena, ou seja, na etapa de queda do fio. Esse “defeito” nas etapas de crescimento também os torna mais finos e enfraquecidos, exigindo um tratamento mais incisivo”, orienta a especialista.

Melina Oliveira explica que existem três manifestações distintas de o estresse afetar os cabelos: através de uma queda temporária, enquanto a crise persiste (neste caso, chamada de eflúvio telógeno); a queda causada por uma fragilização do sistema imunológico (alopecia areata) ou ainda pela vontade de arrancar os cabelos (classificada como tricotilomania).

“É um tipo de problema que tem tratamento, mas que demanda um diagnóstico mais apurado. O primeiro passo é tratar a origem do problema – no caso, o estresse. Isso pode ser feito com diversos tipos de terapias, como atividades físicas regulares, meditação e até o uso de medicamentos, desde que sob recomendação médica. Quanto aos cabelos, a orientação é promover nutrição e cuidado adequados, a partir de complexos vitamínicos, alimentação balanceada e suspensão de produtos químicos mais agressivos, que possam piorar o problema”, afirma Melina Oliveira.

As clínicas especializadas em tratamentos capilares, afirma, têm o mérito de indicar as melhores formas de revigorar os folículos capilares. Sobretudo porque cada caso tem suas peculiaridades. “Para quem já tem problemas de alopecia, por exemplo, é importante evitar o uso de produtos que prometem conter a queda, pois nem todos oferecem a eficácia que prometem, e ainda podem agravar o problema. É bastante adequado recorrer a um profissional que possa orientar sobre o processo de recuperação, porque ele tende a ser mais rápido e menos danoso aos fios se for feito de forma correta”, finaliza.


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