Orientação profissional pode indicar o diagnóstico preciso e oferecer o tratamento adequado para cada tipo de manifestação
Pode até
parecer brincadeira, mas a máxima de que o estresse faz a gente arrancar os
cabelos está longe de ser meme. Esta é uma das reações possíveis para quem está
sob tensão, mas os efeitos vão muito além dos sintomas psicológicos. Quem sofre
com o estresse está passível de enfrentar diversos sintomas, como insônia, tontura,
pesadelos, batimentos cardíacos acelerados, falta ou excesso de apetite e até a
perda de cabelo.
Arrancando-os
ou não, essa queda costuma ser perceptível em períodos de turbulência
emocional. A recomendação, nestes casos, é procurar um especialista em tratamento
capilar para conter o problema. “Em casos assim, a perda dos fios não ocorre
somente pela autoagressão, mas pode haver uma queda decorrente do estado de
nervos. É preciso investigar a origem antes de indicar o melhor tratamento”,
explica a médica Melina Oliveira, especialista em cirurgia de transplante
capilar e proprietária de uma clínica em Vila Velha (ES).
Ela explica
que, com a tensão, o corpo tende a liberar hormônios como adrenalina e
cortisol. Este último impacta diretamente no nascimento e no crescimento dos
fios. “Nessas condições, os folículos capilares podem entrar mais rapidamente
na fase de telógena, ou seja, na etapa de queda do fio. Esse “defeito” nas
etapas de crescimento também os torna mais finos e enfraquecidos, exigindo um
tratamento mais incisivo”, orienta a especialista.
Melina
Oliveira explica que existem três manifestações distintas de o estresse afetar
os cabelos: através de uma queda temporária, enquanto a crise persiste (neste
caso, chamada de eflúvio telógeno); a queda causada por uma fragilização do
sistema imunológico (alopecia areata) ou ainda pela vontade de arrancar os
cabelos (classificada como tricotilomania).
“É um tipo
de problema que tem tratamento, mas que demanda um diagnóstico mais apurado. O
primeiro passo é tratar a origem do problema – no caso, o estresse. Isso pode
ser feito com diversos tipos de terapias, como atividades físicas regulares,
meditação e até o uso de medicamentos, desde que sob recomendação médica.
Quanto aos cabelos, a orientação é promover nutrição e cuidado adequados, a
partir de complexos vitamínicos, alimentação balanceada e suspensão de produtos
químicos mais agressivos, que possam piorar o problema”, afirma Melina
Oliveira.
As clínicas
especializadas em tratamentos capilares, afirma, têm o mérito de indicar as
melhores formas de revigorar os folículos capilares. Sobretudo porque cada caso
tem suas peculiaridades. “Para quem já tem problemas de alopecia, por exemplo,
é importante evitar o uso de produtos que prometem conter a queda, pois nem
todos oferecem a eficácia que prometem, e ainda podem agravar o problema. É
bastante adequado recorrer a um profissional que possa orientar sobre o
processo de recuperação, porque ele tende a ser mais rápido e menos danoso aos
fios se for feito de forma correta”, finaliza.
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