Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta sobre
como proteger e cuidar da pele sensível dos pequenos
O Dia da Infância,
celebrado no próximo sábado, 24 de agosto, é um momento para alertar sobre os
cuidados infantis. Entre os diversos aspectos que compõem o bem-estar das
crianças, está a saúde da pele, que ocupa um lugar fundamental, já que é a
primeira linha de defesa do corpo contra o ambiente externo.
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Dermatologia reconhecer e compreender as doenças da
pele possibilita o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, o que é crucial
para prevenir complicações e proporcionar um ambiente propício ao crescimento e
ao desenvolvimento.
“Entre as
principais doenças na infância estão a dermatite atópica ou eczema atópico, que
afeta a pele, e a alopecia areata, que afeta os cabelos. Já as unhas costumam
ser menos impactadas, porém existem registros de onicomicose por dermatófitos
em crianças com idade a partir de dois anos”, explica a coordenadora do
Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Dra. Elisa Fontenelle.
A dermatite
atópica é uma condição inflamatória crônica que se manifesta em crianças ainda
no primeiro ano de vida e envolve fatores genéticos, ambientais e defeitos na
barreira cutânea. “Pele seca, coceira intensa e lesões avermelhadas estão entre
os sintomas. O tratamento inclui a hidratação regular da pele e a prevenção de
fatores desencadeantes, como tecidos sintéticos e produtos químicos. Em casos
mais graves, o uso de corticosteroides e imunomoduladores tópicos é indicado”,
completa Dra. Elisa.
Já a onicomicose,
infecção fúngica que afeta as unhas, é menos comum em crianças, mas pode causar
desconforto e alterações visíveis nas unhas. Causada por fungos dermatófitos,
essa condição pode ser transmitida por contato com superfícies contaminadas. O
tratamento geralmente envolve antifúngicos tópicos e orais, dependendo da
gravidade da infecção. Segundo dados do artigo "Onicomicose na
infância" publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia, os pais foram a
fonte de infecção em 46,2% dos casos, e 65% dos parentes de pacientes
apresentavam onicomicose ou tinea pedis.
A alopecia areata
é uma doença autoimune que resulta na perda de cabelo em áreas específicas do
couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Embora não haja cura definitiva,
os tratamentos disponíveis, como corticosteroides, terapia imunossupressora e
minoxidil, podem ajudar a estimular o crescimento capilar e controlar a
resposta autoimune.
"Durante a
infância, a pele das crianças é extremamente sensível e, muitas vezes, os
sinais de doenças dermatológicas podem ser confundidos com outras condições. É
fundamental que pais e cuidadores estejam atentos a qualquer alteração e
procurem um dermatologista para um diagnóstico preciso e um tratamento
adequado", explica Dra. Laura Serpa, assessora do Departamento de
Dermatologia Pediátrica da SBD.
Skincare
infantil
O skincare infantil
também é um tema que requer atenção, já que a prática não é indicada.
“Percebemos um apelo comercial muito grande, principalmente, através das redes
sociais, e buscamos alertar a população de que o skincare em crianças é
completamente equivocado, podendo gerar irritações na pele, como a dermatite de
contato, além de alteração no eixo hormonal”, diz Dra. Fabiane Brenner, membro
da diretoria da SBD.
As recomendações
de skincare para crianças devem contemplar apenas orientações de banho –
breve, com água morna e sabonetes adequados.
Para saber mais sobre uma
rotina adequada de cuidados com a pele, unhas e cabelos acesse as redes sociais
@dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br.
Se informe e encontre um especialista associado à SBD na sua região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário