Cerca de 80% dos casos são identificados em estágios avançados e contribuem para esse ser o câncer que mais mata no mundo
O
câncer de pulmão é uma das doenças mais incidentes no mundo, com mais de 2,2
milhões de novos casos a cada ano. Infelizmente, é também uma das principais
causas de morte evitáveis, tendo sido responsável por cerca de 28 mil óbitos no
Brasil em 2020. O Agosto Branco é um mês dedicado a conscientizar sobre a
prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Para trazer ainda mais
conhecimento sobre a doença, a MSD Brasil levantou cinco mitos sobre o
rastreamento do câncer mais letal no mundo.
"É
essencial falarmos sobre câncer de pulmão, que resulta em cerca de 32 mil novos
casos diagnosticados anualmente no Brasil. Infelizmente, esses casos são
frequentemente identificados em estágios mais avançados, o que compromete
significativamente as chances de cura", afirma a Dra. Márcia Datz Abadi,
diretora médica da MSD Brasil. "Esse é o câncer mais mortal entre os homens
e o segundo que mais mata mulheres, sendo responsável por 1,8 milhão de mortes
no mundo a cada ano. Precisamos conscientizar sobre os fatores de risco e a
importância do rastreamento por meio de exames preventivos, ", conclui
Dra. Márcia.
Mito: todos devem realizar exames de rastreamento do câncer de pulmão. A realização de exames clínicos, tomográficos,
laboratoriais ou endoscópicos podem ser recomendados para pessoas com sintomas (tosse,
rouquidão persistente, dificuldade para respirar, perda de peso sem motivo,
escarro com sangue) ou pertencente a um grupo de alto risco (fumantes com idade
entre 50 e 80 anos, que consomem 20 maços ou mais por ano).
Mito: os exames de rastreamento do câncer de pulmão são sempre
invasivos. Tomografias
computadorizadas são grandes aliadas no rastreamento do câncer de pulmão em
grupos de alto risco e devem ser realizadas dentro de uma periodicidade
definida. Um estudo mostrou redução de 20% nas mortes por câncer de pulmão em
comparação à triagem com radiografia de tórax. Após o exame e a confirmação de
um nódulo pulmonar, o paciente passará por exames complementares, como a
biópsia pulmonar guiada por imagem.
Mito: se você atualmente não atende aos critérios para um exame de
rastreamento do câncer de pulmão, nunca vai precisar de um.
É
importante observar que o risco de câncer de pulmão pode mudar ao longo do
tempo. Por exemplo, quanto mais tempo fumando, maior é o risco. Portanto, mesmo
que uma pessoa não seja elegível atualmente a um exame de rastreamento, ela
pode se tornar elegível no futuro. Outros fatores que aumentam o risco de
câncer de pulmão incluem histórico familiar da doença e exposição a certos
materiais no ambiente.
Mito: para pacientes que realizaram a cirurgia, não é necessário
realizar um acompanhamento próximo ao paciente.
Pacientes
que passaram pelo processo cirúrgico devem realizar nos dois primeiros anos
exames de imagem a cada 3 meses, seguido do mesmo exame a cada 6 meses até o 5º
ano e, caso não haja recidiva, o paciente deverá seguir a recomendação do seu
médico.
Mito: o oncologista é o único especialista que vai cuidar do tratamento
de câncer de pulmão.
A
abordagem multidisciplinar no tratamento do câncer de pulmão tem sido associada
a melhores resultados para os pacientes. Uma equipe multidisciplinar, composta
por oncologistas, radiologistas, cirurgiões, patologistas, fisioterapeutas,
enfermeiros e outros profissionais de saúde, pode oferecer uma visão abrangente
e integrada do tratamento, levando a maior qualidade de cuidados e maiores
chances de sucesso. A equipe multidisciplinar pode abordar adequadamente os
diversos aspectos do tratamento do câncer de pulmão, como a coordenação entre
diferentes modalidades de tratamento (cirurgia, radioterapia, quimioterapia,
imunoterapia), gestão de sintomas e efeitos colaterais, suporte psicológico e
reabilitação física. Isso pode levar a uma melhor qualidade de vida para os
pacientes, além de melhores resultados clínicos.
MSD no Brasil
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