A obesidade tem sido cada vez mais frequente atualmente, e isso traz diversos impactos à saúde dos jovens, afirma o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho
De acordo com dados do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), a obesidade em jovens entre 18 e 24 anos sofreu um aumento de 90%, chegando a 17,1%, o que mostra a gravidade do problema atualmente.
Mas os impactos da obesidade em jovens pode ser muito mais amplo, é o que indica o novo estudo “Uma Perspectiva Neurocientífica sobre a Obesidade na Infância e Adolescência e seus Impactos na Saúde da Coluna”, publicado na Revista Científica de Salud y Desarrollo Humano pelo neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
“A obesidade por causar uma pressão adicional sobre a coluna vertebral dos jovens, pode aumentar o risco de desenvolver problemas como escoliose, hiperlordose, degeneração fiscal e hérnia de disco. O excesso de peso pode sobrecarregar os discos intervertebrais e as articulações, levando à degeneração precoce e dor crônica nas costas”.
“Além disso, ela pode comprometer a
postura e a mobilidade, afetando negativamente a saúde e a qualidade de vida da
coluna vertebral durante toda a vida adulta”, explica Dr. Luiz Felipe.
Neurociência da
obesidade
No entanto, além do físico, o cérebro também tem um papel muito importante no desenvolvimento da obesidade, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.
“A neurociência ajuda na compreensão dos mecanismos subjacentes à obesidade, desde os aspetos comportamentais até aos processos biológicos no cérebro. A regulação do apetite e da saciedade é controlada pelo hipotálamo, onde hormônios como a leptina e a grelina desempenham papéis importantes”.
“Além disso, a recompensa alimentar,
influenciada por alimentos ricos em açúcar e gordura, ativa regiões cerebrais
ligadas à motivação e ao desejo. Os neurotransmissores, como a serotonina e a
dopamina, também têm impacto na regulação do apetite e nos padrões de consumo
alimentar, enquanto fatores genéticos, ambientais e comportamentais influenciam
a relação entre neurotransmissores, alimentação e obesidade”, explica.
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