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terça-feira, 9 de abril de 2024

Por que a osteoporose é uma doença silenciosa?

• Segundo a International Osteoporosis Foundation, 200 milhões de pessoas no mundo estão afetadas pela osteoporose. No Brasil, doença atinge cerca de 9 milhões 

 

A osteoporose é uma doença assintomática, na qual os ossos se tornam mais porosos e menos resistentes. Normalmente, os ossos passam por um processo contínuo de remodelação, no qual o tecido ósseo antigo é substituído por novo. No entanto, em casos de osteoporose, esse processo fica desequilibrado.

“O osso tem um peso, uma densidade, e a osteoporose se caracteriza pela perda de massa óssea e deterioração da qualidade dos ossos, explica o Dr. Lafayette Lage, ortopedista e traumatologista, introdutor no Brasil da artroscopia do quadril em 1993 e, também, um dos pioneiros na cirurgia de Resurfacing.

A osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa, devido a diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que ajuda a manter a densidade óssea. No entanto, também pode afetar homens e mulheres em idades mais avançada, normalmente acima dos 65 anos, devido ao envelhecimento natura do corpo.

De acordo com o International Osteoporosis Foundation, cerca de 200 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas relacionados à osteoporose. Somente no Brasil, o número chega a 9 milhões.

Dentre os fatores que contribuem para a osteoporose estão a baixa ingestão de cálcio, ausência de vitamina D no organismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool (fato que pode evoluir para necrose do fêmur), tabagismo, falta de exercícios físicos, além dos fatores genéticos.


Sintomas

A osteoporose é uma doença silenciosa. Normalmente, o paciente descobre o diagnóstico após sofrer algum tipo de fratura, geralmente, em áreas como o quadril, coluna vertebral ou punho, explica o Dr. Lafayette.

 Há, também, situações em que o paciente passa a sentir dor crônica nas costas ou até mesmo apresentar postura encurvada.


 Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da osteoporose segue protocolo com base na avaliação clínica, exames de imagens e laboratoriais.

É durante a consulta médica, que o especialista realiza perguntas a fim de identificar o histórico familiar do paciente, fraturas ósseas anteriores, bem como o uso de medicamentos que possam afetar à saúde dos ossos. Um exame físico é capaz de apontar os sinais da doença, com perda de altura, dor óssea e postura encurvada.

Além disso, exames complementares podem auxiliar no diagnóstico:


- Densitometria óssea: é o exame de imagem mais comum usado

 para identificar e monitorar a osteoporose. Trata-se de um exame indolor que mede a densidade mineral óssea em locais como a coluna vertebral, quadril e antebraço. Os resultados são comparados com uma média saudável para idade e sexo de cada paciente.


- Exames laboratoriais: alguns exames de sangue podem ser solicitados para avaliar os níveis de cálcio, fosfato, vitamina D, hormônios da tiroide e hormônios sexuais, que podem influenciar a saúde dos ossos.

Geralmente, o tratamento é realizado por meio de suplementos nutricionais, a exemplo de cálcio e vitamina D, mudanças no estilo devida, bem como a indicação de exercícios físicos para fortalecer ossos e melhorar o equilíbrio. Parte superior do formulário 

 

Prevenção

A prevenção da osteoporose deve começar desde cedo. É importante que os pais estimulem a ingestão e alimentos ricos em cálcio desde os primeiros anos de vida da criança e durante a fase da adolescência.

“É possível garantir uma importante poupança de cálcio até aproximadamente os 30 anos de idade, por meio da alimentação e de uma rotina de atividade física, revela o Dr. Lafayette.

O consumo de alimentos ricos em cálcio como laticínios, vegetais de folhas verdes, peixes como salmão e sardinha, por exemplo, podem auxiliar para o fortalecimento dos ossos. Além disso, uma adequada exposição ao sol pode promover a síntese de vitamina D na pele.

Ao adotar um estilo de vida saudável que inclua uma dieta balanceada, exercícios regulares hábitos saudáveis, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver osteoporose e manter a saúde óssea ao longo da vida. 

 

Dr. Lafayette Lage - médico ortopedista, pioneiro em artroscopia do quadril e especialista em cirurgia de Resurfacing (recobrimento da cabeça do fêmur). www.clinicalage.com.br

 

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