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terça-feira, 19 de março de 2024

7 medidas que podem contribuir para o controle e prevenção do vírus da dengue

Brasil vive uma epidemia; professor do Colégio Marista Glória, de São Paulo (SP), aponta ações que ajudam no combate ao mosquito Aedes aegypti 

 

O combate à dengue no Brasil requer esforços coordenados em várias frentes, envolvendo ações do governo, comunidades locais e o engajamento de toda a sociedade. 

 

O País registrou na última semana cerca de 1,4 milhões de casos prováveis de dengue, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O país também atingiu mais de 340 mortes pela doença. Outras 775 mortes estão em investigação para descobrir se há relação com a dengue.

 

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério, com 451.731 diagnósticos, Minas Gerais segue liderando como o estado com mais casos. Na sequência estão São Paulo (235.447), Paraná (126.922), Distrito Federal (121.433) e Rio de Janeiro (101.145). Os estados de Goiás (76.932), Espírito Santo (48.706) e Santa Catarina (36.306) também aparecem com números elevados de casos prováveis.

 

O Ministério da Saúde considera em alerta máximo os estados que registram mais de 500 casos na análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes. Nesta avaliação, o Distrito Federal lidera com 4.310,6 casos a cada 100 mil habitantes.

 

Wagner Eduardo Gonçalves, biólogo e professor da disciplina de Ciências, no Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), explica algumas medidas que podem contribuir para o controle e prevenção do vírus.

 

1.Eliminação de criadouros

 

Realizar campanhas regulares de limpeza e remoção de locais propícios à reprodução do mosquito Aedes aegypti, como recipientes de água parada, pneus velhos, garrafas vazias e outros receptáculos que podem acumular água. Segundo pesquisas do Instituto FioCruz, esta é a forma mais eficiente e eficaz de interromper a evolução e o avanço da dengue.

 

2.Educação e conscientização

 

Promover campanhas de conscientização nacionais, estaduais e municipais para educar a população a respeito de como ocorre a reprodução do mosquito, os riscos da dengue, os sintomas e as medidas de prevenção.

 

3.Envolvimento de toda a comunidade

 

Incentivar a participação ativa da sociedade no combate à dengue, promovendo o cuidado com a limpeza  de áreas públicas e privadas, além de adotar medidas preventivas.

 

4. O uso do repelente

 

Assim como o protetor solar tornou-se essencial  na atualidade, o uso de repelente também é necessário. Levando em consideração a eficiência e o tempo de ação, o mais recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) são os repelentes a base de Icaridina que, em concentrações de 25%, garantem a proteção por  5 a 12 horas contra a picada de mosquitos, além de poder ser usado em gestantes e em crianças.

 

5. Monitoramento epidemiológico

 

Reforçar sistemas de vigilância epidemiológica para detectar precocemente uma epidemia de dengue e tomar medidas rápidas, visando controlar a propagação.

 

6. Investimento em pesquisa

 

Investimento em pesquisas para desenvolver métodos mais eficazes de controle do mosquito Aedes aegypti, além de mais vacinas contra o vírus da dengue.

 

7. Vacinação

 

A vacinação é muito importante para a prevenção da dengue. Hoje, no Brasil já estão disponíveis duas vacinas aprovadas, a Dengvaxia, da Sanofi, e a QDenga, da Takeda, sendo que a última está disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (verificar a disponibilidade em sua cidade).

 

O docente reforça, ainda, que as medidas devem ser implementadas de forma integrada e contínua para que seja possível alcançar resultados eficazes no controle da dengue. 


“Promover a capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e o tratamento médico adequado, além do envolvimento de todos os setores da sociedade são fatores cruciais para o sucesso dessas iniciativas”, frisa Gonçalves. 

 

Colégios Maristas
maristabrasil.org/


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