Brasil vive uma
epidemia; professor do Colégio Marista Glória, de São Paulo (SP), aponta ações
que ajudam no combate ao mosquito Aedes aegypti
O combate à dengue
no Brasil requer esforços coordenados em várias frentes, envolvendo ações do
governo, comunidades locais e o engajamento de toda a sociedade.
O País registrou
na última semana cerca de 1,4 milhões de casos prováveis de dengue, segundo
dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O país também atingiu mais de 340
mortes pela doença. Outras 775 mortes estão em investigação para descobrir se
há relação com a dengue.
De acordo com o
Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério, com 451.731
diagnósticos, Minas Gerais segue liderando como o estado com mais casos. Na
sequência estão São Paulo (235.447), Paraná (126.922), Distrito Federal (121.433)
e Rio de Janeiro (101.145). Os estados de Goiás (76.932), Espírito Santo
(48.706) e Santa Catarina (36.306) também aparecem com números elevados de
casos prováveis.
O Ministério da
Saúde considera em alerta máximo os estados que registram mais de 500 casos na
análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes. Nesta avaliação, o
Distrito Federal lidera com 4.310,6 casos a cada 100 mil habitantes.
Wagner Eduardo
Gonçalves, biólogo e professor da disciplina de Ciências, no Colégio Marista
Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), explica algumas medidas
que podem contribuir para o controle e prevenção do vírus.
1.Eliminação
de criadouros
Realizar campanhas
regulares de limpeza e remoção de locais propícios à reprodução do mosquito Aedes
aegypti, como recipientes de água parada, pneus velhos, garrafas
vazias e outros receptáculos que podem acumular água. Segundo pesquisas do
Instituto FioCruz, esta é a forma mais eficiente e eficaz de interromper a
evolução e o avanço da dengue.
2.Educação
e conscientização
Promover campanhas
de conscientização nacionais, estaduais e municipais para educar a população a
respeito de como ocorre a reprodução do mosquito, os riscos da dengue, os sintomas
e as medidas de prevenção.
3.Envolvimento
de toda a comunidade
Incentivar a
participação ativa da sociedade no combate à dengue, promovendo o cuidado com a
limpeza de áreas públicas e privadas, além de adotar medidas preventivas.
4. O
uso do repelente
Assim como o
protetor solar tornou-se essencial na atualidade, o uso de repelente
também é necessário. Levando em consideração a eficiência e o tempo de ação, o
mais recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) são os repelentes a
base de Icaridina que, em concentrações de 25%, garantem a proteção por 5
a 12 horas contra a picada de mosquitos, além de poder ser usado em gestantes e
em crianças.
5.
Monitoramento epidemiológico
Reforçar sistemas
de vigilância epidemiológica para detectar precocemente uma epidemia de dengue
e tomar medidas rápidas, visando controlar a propagação.
6.
Investimento em pesquisa
Investimento em
pesquisas para desenvolver métodos mais eficazes de controle do mosquito Aedes
aegypti, além de mais vacinas contra o vírus da dengue.
7.
Vacinação
A vacinação é
muito importante para a prevenção da dengue. Hoje, no Brasil já estão
disponíveis duas vacinas aprovadas, a Dengvaxia, da Sanofi, e a QDenga, da
Takeda, sendo que a última está disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema
Único de Saúde) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (verificar a
disponibilidade em sua cidade).
O docente reforça, ainda, que as medidas devem ser implementadas de forma integrada e contínua para que seja possível alcançar resultados eficazes no controle da dengue.
“Promover a capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e o tratamento médico adequado, além do envolvimento de todos os setores da sociedade são fatores cruciais para o sucesso dessas iniciativas”, frisa Gonçalves.
maristabrasil.org/
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