Entre os exames disponíveis, o teste rápido NS1 se destaca por identificar a infecção em estágios iniciais, quando os sintomas podem ser sutis, mas o vírus está ativo.
Uma combinação de fatores reacendeu o alerta sobre o avanço da dengue no
Brasil. Período chuvoso, com temperaturas elevadas, combinado com o
ressurgimento, nos últimos anos, dos sorotipos 3 e 4 do vírus no país, forma um
cenário preocupante. Segundo o Ministério
da Saúde, a estimativa é que, neste ano, o número de casos da doença chegue
a 5 milhões.
Além de adotar
medidas de prevenção e controle da dengue, como eliminar criadouros do Aedes
aegypti, mosquito transmissor da doença, e tomar a nova vacina disponível,
outra recomendação importante é buscar cuidados médicos imediatos e realizar os
exames para diagnóstico desde os primeiros sintomas para evitar agravamentos.
Segundo o infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Alexandre Cunha, a detecção precoce é fundamental para iniciar um tratamento adequado e evitar complicações e desfechos mais graves da doença. Para isso, o médico destaca o teste rápido, que faz esse diagnóstico na fase aguda e ativa da doença. “Especialmente indicado nos primeiros dias de sintomas, o exame tem como diferencial identificar a presença da proteína NS1 (Non-Structural Protein 1) durante os estágios iniciais da infecção”, detalha.
Uma das principais vantagens deste teste é a rapidez com que fornece resultados. “O exame de Dengue NS1 oferece diagnósticos em um tempo significativamente menor, permitindo intervenções médicas mais rápidas e eficazes, importantes devido à urgência do diagnóstico”, explica.
Além da rapidez,
com o resultado entregue no mesmo dia, o teste de NS1 realizado no laboratório
segue as melhores práticas em análises clínicas. Certificações, como o CAP, do
College of American Pathologists; e PALC, do Programa de Acreditação de
Laboratórios Clínicos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial, obtidas por empresas como o Sabin Diagnóstico e Saúde, asseguram
que as amostras são coletadas por profissionais capacitados e analisadas por
técnicos com formação e experiência para emitir laudos que auxiliam os médicos
nos diagnósticos mais precisos.
Cunha explica,
ainda, que o método permite diagnosticar a dengue independentemente do tipo do
vírus que infectou o paciente (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 – todos em
circulação atualmente no Brasil). A sensibilidade do teste NS1 é mais alta no
terceiro dia de febre e diminui gradualmente até que se inicie a produção de
anticorpos e, com isso, a neutralização do antígeno.
Outros exames
tradicionais de sorologia podem identificar a infecção depois do quinto dia de
sintomas até o período de recuperação da doença. Eles são realizados com base
na detecção dos anticorpos IgM e IgG, que só são produzidos pelo organismo
contaminado após o 4º ou 5º dia do aparecimento dos primeiros sintomas.
“Quando o NS1 já
não está mais presente e há a suspeita da doença persistente ou em pessoas com
mais de cinco a sete dias de sintomas, recomenda-se a pesquisa de anticorpos
IgM”, esclarece. Segundo o infectologista, nos exames tradicionais, os
anticorpos IgM não ficam positivos em uma infecção por um segundo sorotipo, que
são justamente os casos de maior risco de complicações.
Grupo Sabin
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