Especialista do HJSC explica a doença; mês de outubro tem data com foco na saúde dos olhos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o mês de
outubro para reforçar a importância da saúde ocular, de como protegê-la e
mantê-la saudável, agora e no futuro. Algumas doenças, a médio e longo prazo,
podem acarretar problemas na visão e, em diagnósticos mais graves, até levar à
cegueira.
Segundo dados da OMS, atualmente, cerca de 285 milhões de
pessoas no mundo têm a visão prejudicada, sendo que a maioria dos casos
poderiam ser evitados - entre 60% e 80% - ou dispõem de tratamento.
A catarata, por exemplo, está entre as principais causas de
deficiência visual no mundo, no entanto, pode ser tratada e, assim, evitar
sequelas irreversíveis. A perda progressiva da transparência do cristalino
(lente natural do olho), causada por uma “opacidade”, é responsável por 47,8%
dos casos de cegueira, porém, ela pode ser corrigida, ressalta Tatiana Tanaka,
oftalmologista do Centro de Referência em Saúde Ocular do Hospital Japonês
Santa Cruz (HJSC), que possui Pronto Atendimento Oftalmológico 24h, além de
consultas e exames ambulatoriais.
A especialista pontua que, entre os sinais do problema, estão
visão nublada; sensibilidade à luz e necessidade de maior iluminação para ler;
visão noturna mais fraca, além das cores tornarem-se amareladas.
Existem diferentes tipos de catarata. “A senil, que é a mais
comum, ocorre em pessoas idosas, geralmente após os 60 anos. A congênita é quando a
criança, geralmente, já nasce com catarata, como consequência de doenças
sofridas pela gestante, como a rubéola e a toxoplasmose. A traumática é
resultante de algum acidente com o olho; do diabético, inicia-se geralmente em idade
mais precoce e com perda visual mais rápida que na senil. E, por fim, a catarata medicamentosa,
que se desenvolve principalmente com o uso de corticoides por longos períodos”,
explica a médica.
O tratamento do problema consiste em cirurgia na qual o
cristalino opaco é retirado e se introduz, no lugar, uma lente intraocular, que
permite ao paciente retornar a visão normal. “A recuperação é rápida e a pessoa
pode realizar atividades sem esforços, em apenas uma semana, com os devidos
cuidados”, orienta.
A oftalmologista salienta que, embora todos nós tenhamos o
envelhecimento do cristalino em algum momento da vida, algumas pessoas têm mais
chances de adquirir o problema, seja por sua genética ou por fatores de risco.
“Diante disso, é recomendável visitar um oftalmologista regularmente,
principalmente a partir dos 40 anos e realizar exames periódicos para detecção
precoce de doenças”, conclui.
Hospital Japonês Santa Cruz
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