Orientadora
parental sugere estratégias para melhorar a relação e tornar a educação ainda
mais efetiva
A comunicação afetiva é a base para desenvolver uma
boa conexão entre pais e filhos, fazendo com que as crianças e adolescentes se
sintam em um ambiente seguro para o seu desenvolvimento emocional, além de
promover laços para toda a vida e aumentar a sua autoestima. A troca de
palavras não é apenas o único fator da comunicação afetiva, que também conta
com demonstração de amor, carinho, preocupação e orgulho, sendo essencial para
o filho aprender a se expressar de maneira clara e lidar com seus conflitos de
forma construtiva.
Para a orientadora parental e especialista em
desenvolvimento neuroatípico, Andreia Rossi, existe um caminho que deve ser seguido
para estabelecer uma boa conexão com os filhos. “Nós, pais, devemos começar
ouvindo de fato o que nossos filhos estão querendo nos dizer, dedicando atenção
ao que eles estão compartilhando. Ao processar o que foi dito, devemos entender
também quais emoções e sinais não verbais o filho demonstrou, desse modo,
facilitando a resposta e conexão”, explicou.
Este é um processo que leva tempo e não acontece de
um dia para o outro. Para isso, existem depósitos emocionais e algumas
estratégias, que podem auxiliar no desenvolvimento da conexão entre pais e
filhos:
Ativação reticular: nada mais é do que prestar atenção às pequenas coisas. A ativação
reticular direciona a atenção para o que é importante para cada um e acontece
de forma natural. A dica é se atentar e abusar dessa função, percebendo
pequenos detalhes, como gestos, ações e palavras positivas que o filho
apresenta.
Promessas: os pais não devem prometer algo para os seus filhos, que não irão
cumprir depois. “No início, a promessa pode ser feita com uma boa intenção, mas
o não cumprimento pode acarretar em decepção, perda de confiança, menosprezo e
até mesmo um sentimento de que a criança não é respeitada”, comentou a
educadora parental.
Perdão: diferente do que algumas pessoas pensam, pedir perdão ao filho não passa
uma imagem de inferioridade, mas, sim, que todos podem errar, além de ser
reparador e aliviar a ansiedade.
Demonstrar amor por gestos: pequenos gestos fazem a diferença, além de criar uma memória afetiva
para o filho, irá também criar uma conexão maior com os pais.
Se interessar pelos interesses
da criança/adolescente: é um momento onde
os pais podem curtir junto com os filhos, aprendendo mais sobre o seu estilo
musical preferido, como são os jogos que ele mais gosta, qual série ou filme está
acompanhando no momento. O importante é não julgar, apenas demonstrar interesse
e passar um tempo juntos.
Outros métodos podem ser utilizados para criar
ainda mais conexão. O acompanhamento de uma orientadora parental facilita a
comunicação e convivência dos pais com os filhos, sejam eles típicos ou
atípicos, aqueles com TEA - Transtorno do espectro autista, TOD - Transtorno
opositivo desafiador ou TDAH - Transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade, entre outros transtornos do neurodesenvolvimento
“Os pais podem aproveitar as férias escolares para
se conectarem e repensarem nos desafios e distanciamentos que ocorrem ao longo
do ano, além das oportunidades que o próximo ano reserva”, exaltou Andreia. “A
relação entre pais e filhos é muito mais complexa do que parece, mas diversas
técnicas existem para melhorar a relação e tornar a educação mais efetiva”,
finalizou a educadora parental.
Andreia Rossi - Master em Comunicação Social, Psicopedagoga e atualmente Educadora Parental, auxiliando as relações entre pais e filhos. Aos 8 anos, sua filha recebeu o laudo de TOD – Transtorno Opositivo Desafiador, atraso global do desenvolvimento e rebaixamento cognitivo. Com isso, realizou diversos cursos e se tornou especialista no assunto.
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