Com a aproximação das viagens de final de ano, muitas pessoas enfrentam um desafio comum e desconfortável: o medo de voar. O medo de avião, ou aerofobia, afeta uma parcela significativa da população. Mas, segundo a neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência por Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e da neurociência, há estratégias práticas que podem ser aplicacadas para tornar a viagem mais tolerável para quem sofre com o medo de avião.
Através da reestruturação cognitiva é possível aprender os
pensamentos influenciam as emoções e os comportamentos. “A reestruturação
cognitiva envolve identificar e desafiar pensamentos irracionais ou
catastróficos relacionados ao voo”, diz.
Como aplicar: Quando perceber pensamentos como "e se o avião
cair?", substitua-os por fatos reais, como "voar é um dos meios de
transporte mais seguros". Lembre-se de estatísticas e evidências que
reforcem a segurança da aviação.
A especialista afirma ainda que há técnicas de respiração e
relaxamento já pesquisadas em neurociência que mostram que técnicas de respiração
podem acalmar o sistema nervoso e reduzir a ansiedade.
“Para aplicá-las é importante fazer a respiração diafragmática,
inspirando lentamente pelo nariz e segurar a respiração por alguns segundos e
expirando lentamente pela boca. Isso ajuda a ativar o sistema parassimpático,
promovendo um estado de relaxamento”, ensina Tammy.
Outra técnica é a exposição gradual, uma técnica que envolve
enfrentar o medo em pequenos passos, começando com situações menos ameaçadoras
e avançando gradualmente para desafios maiores.
Como aplicar: “Assistir a vídeos sobre voos, visitar aeroportos
para observar aviões decolando e pousando além de pratique técnicas de
relaxamento enquanto imagina estar em um voo. Isso pode ajudar a
dessensibilizar a resposta ao medo”, diz.
Para a neuropsicóloga, enfrentar o medo de voar pode ser um
processo desafiador, mas com as estratégias certas, é possível viajar com mais
tranquilidade já que a prática e a paciência são fundamentais. “Se necessário,
ainda é válido buscar apoio profissional para guiar o processo e então eliminar
o medo para ter boas viagens”, finaliza.
Tammy Marchiori - Neuropsicóloga com aperfeiçoamento em neurociência em Harvard, especializada em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute. Membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia e da American Psychological Association (APA).
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