Ao todo, cerca de 40 hospitais em todo o Brasil possuem a tecnologia de última geração que beneficia médicos e pacientes
Desde que a cirurgia robótica chegou ao Brasil em
2008 foram diversas as transformações para esse tipo de procedimento. Muitos
robôs foram aperfeiçoados com evolução e maior ampliação da tecnologia. Hoje,
por volta de 40 hospitais do país já oferecem a cirurgia robótica de ponta e
mais de 1,2 mil médicos estão habilitados para operar esse tipo de equipamento.
Além disso, o procedimento também foi regulamentado pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM) em 2022. O cenário de evolução traz otimismo.
“A robótica tem se mostrado uma ferramenta valiosa
para procedimentos complexos, minimamente invasivos e com maior precisão, o que
contribui para resultados mais positivos e menor tempo de recuperação para os
pacientes. O número de 1,2 mil médicos certificados para realizar cirurgias
robóticas no Brasil é um indicativo promissor do desenvolvimento da saúde
brasileira em relação à implantação da robótica na rotina médica. Mostra que há
um crescente interesse e investimento na adoção dessa tecnologia avançada em
nosso país”, explica o diretor geral do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dario A.
Ferreira Neto.
Dario ressalta, porém, que ainda há obstáculos
importantes a serem superados na popularização dessa tecnologia no país, como
os altos custos para a sua implantação. Além disso, outros pontos também poderão
colaborar como a inclusão da cirurgia robótica no rol de procedimentos da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a inclusão por parte de planos de
saúde. O diretor destaca que esses pontos tendem a serem alcançados nos
próximos anos.
“Se trata de um alto investimento porque envolve
não apenas os equipamentos como também as estruturas das salas, a formação de
médicos, enfermeiros e outros profissionais. Esse crescimento deve melhorar à
medida que mais médicos procurem as certificações e que os procedimentos
estejam ainda mais acessíveis nos planos de saúde e possam chegar a mais
hospitais. Não temos dúvidas de que isso poderá duplicar ou triplicar nos
próximos anos”, reitera.
O diretor-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos
ressalta que o hospital está entre os 40 do Brasil que possuem a tecnologia de
última geração na cirurgia robótica por meio do robô Da Vinci Xi. A chegada do
robô que aconteceu no mês de junho de 2023 foi feita após uma reformulação
completa do centro cirúrgico do hospital, em um trabalho conjunto entre equipe
de engenharia e tecnologia para garantir que o ambiente cirúrgico estivesse
adequado e equipado além da adaptação de seus profissionais a essa tecnologia.
Segundo ele, a presença da cirurgia robótica é altamente benéfica para a
instituição.
“Hoje já contamos com 15 médicos capacitados para
realizar as operações, além de outros profissionais. Temos as cirurgias de
urologia, ginecologia e torácica entre as principais especialidades presentes e
queremos ampliar para outras. Nosso objetivo também é que médicos externos
fiquem sabendo da disponibilidade de estrutura para cirurgia robótica e tragam
suas cirurgias para o Edmundo Vasconcelos. Com isso, também iremos aumentar o
número de procedimentos cirúrgicos no hospital. Esse investimento reforça nosso
compromisso em oferecer cuidados de saúde de alta qualidade e avançar na
vanguarda da medicina e tecnologia de última geração”, enaltece ele.
Segundo Dario, a quarta geração do robô, presente
no hospital oferece maior capacidade de fornecer uma visão tridimensional e
ampliada do local da cirurgia, graças à tecnologia de imagens detalhadas e de
alta resolução (incluindo em 3D), oferecendo uma visão mais clara e nítida. “Um
dos principais diferenciais é que os braços robóticos oferecem mais precisão e
estabilidade, o que permite uma manipulação delicada dos tecidos durante a
cirurgia. Eles são feitos por meio de pinças e um controlador preciso que reduz
até mesmo tremor e tensão das mãos em cirurgias tanto curtas quanto longas. Há
também a melhoria com a ergonomia, já que a cirurgia pode ser feita com o
médico sentado”, detalha.
De acordo com ele, com mais eficiência, o médico poderá realizar mais de uma cirurgia por dia a depender da complexidade, o que beneficia tanto o médico quanto o paciente que terá um pós-operatório e uma recuperação mais rápida, reduzindo seu tempo de internação, custos com hotelarias, gastos hospitalares, entre outros.
Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br
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