A reserva de emergências é um recurso utilizado para cobrir os gastos inesperados, mas ela também pode ser uma aliada na hora de aproveitar boas oportunidades de economia
Você, certamente, já ouviu falar em reserva
de emergências. Ela é um importante recurso do planejamento financeiro. O
principal objetivo é cobrir gastos inesperados e que exigem recursos imediatos.
Os imprevistos são inevitáveis, mas eles não precisam, necessariamente,
desestruturar as finanças da família. Para isso, especialistas sempre
recomendam que se faça a reserva de emergências. Como o nome sugere, trata-se
de uma reserva para situações que fujam do planejado.
No caso de pessoas que não têm investimentos,
a reserva de emergências evita a dependência de empréstimos financeiros, com
altos juros, na hora do aperto. Para aqueles que já investem, ela serve como
uma proteção para que os investimentos possam se manter intactos na presença de
despesas não previstas.
Mas, você sabia que a reserva de emergências
não é somente para emergências? Ela pode ser utilizada também para aproveitar
oportunidades que vão trazer economia e não apenas para cobrir gastos
inesperados.
“Imagine a seguinte situação: você faria o
parcelamento de 12 meses para fazer uma viagem ou trocar um eletrodoméstico e,
de repente, durante uma promoção, vem uma oferta de um desconto de 20%.
Aparentemente, é uma boa negociação e valeria a pena pagar à vista, pois o
desconto concedido vai ser superior à rentabilidade de um bom produto de renda
fixa, que rende por volta de 100% do CDI. Esse é um bom momento para usar a
reserva para oportunidade”, explica André Esteves, planejador financeiro da
SuperRico, plataforma de saúde financeira.
Entretanto, é importante ressaltar que mesmo
que a oportunidade seja boa, deve-se evitar utilizar a totalidade da reserva de
emergências. “Além disso, é imprescindível que a reserva seja reposta o quanto
antes. Assim, no caso da utilização conforme o exemplo, o valor que seria
destinado ao parcelamento da compra deve ser direcionado para recompor a
reserva”.
Vale ressaltar ainda que, tendo a reserva
um papel estratégico, sempre que for utilizada, é importante adotar uma regra
de compensação para substitui-la caso uma emergência ou oportunidade ocorra
quando o recurso já foi utilizado. Por exemplo, deve-se redobrar os cuidados
com o orçamento, cortar gastos com lazer ou deixar o carro pronto para venda
(um plano B para compensar a perda de liquidez e manter a tranquilidade nesses
períodos).
Como
começar a reserva de emergências?
É recomendável que todos tenham uma reserva
de emergências (para oportunidade também). Afinal, ninguém está livre dos
imprevistos. O que varia, de acordo com a realidade de cada família, é o
montante que deve ser destinado para esse fim. A reserva deve ser composta pelo
equivalente a 3 a 6 meses das despesas da família. “Quanto mais instável for a
renda familiar, maior deve ser a reserva”, ressalta André.
O economista-chefe da SuperRico, Jayme
Carvalho, explica que para quem está começando no mundo dos investimentos, a
reserva de emergências deve ser a primeira a ser composta. Ele ressalta ainda
que a reserva deve ser alocada em uma aplicação que ofereça segurança e
liquidez. Segurança porque é uma reserva importante para eventuais necessidades
e liquidez porque é um recurso que precisa estar disponível com facilidade,
afinal as emergências não têm hora para acontecer e, muitas vezes, não podem
esperar. “CDB com liquidez, Tesouro Selic, Fundos DI ou mesmo poupança, são
bons produtos para a reserva”, conclui.
SuperRico
www.superrico.com.br
canal no Youtube – SuperRico – Saúde Financeira
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