Dados
alarmantes revelam o crescimento preocupante da obesidade entre crianças
A obesidade
infantil é uma preocupação de saúde pública crescente em todo o mundo, e não é
diferente no Brasil. Considerada uma epidemia mundial, a obesidade pode trazer
riscos para a saúde física e mental. Segundo o Atlas da Obesidade 2022, publicado pela World Obesity Federation (leia aqui), prevê-se que 23,12% das crianças de 5 a 9 anos e
18,60% dos adolescentes de 10 a 19 anos serão afetados pela obesidade até 2030,
totalizando 44 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos em todas as
Américas. No Brasil, a estimativa é de 7,7 milhões de crianças com obesidade
até 2030.
Causas
Complexas
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a
obesidade infantil não é um problema de fácil resolução, pois suas causas são
multifatoriais. “Nutrição baseada em alimentos processados e pobres em nutrientes, é um dos principais fatores. O sedentarismo, em grande parte
devido ao tempo excessivo gasto em frente às telas de dispositivos eletrônicos, também desempenha um papel significativo.
Além disso, questões sociais, econômicas e culturais completam o pacote para os
riscos da obesidade infantil”, comenta a especialista.
Consequências
As consequências
da obesidade infantil vão além dos problemas de saúde física. Crianças com obesidade
sofrem frequentemente com baixa autoestima, isolamento social e problemas
psicológicos, como depressão e ansiedade. “Crianças com obesidade são mais
propensas a desenvolver hipertensão e distúrbios metabólicos. Muitas vezes, a
obesidade infantil é levada até a idade adulta, aumentando o risco de doenças
cardiovasculares”, explica Dra. Lorena.
Dicas
da Dra. Lorena Amato:
- Criança precisa de rotina, inclusive na hora de comer. Horários estabelecidos para as
refeições, que ajudam a diminuir a chance de escapar e comer aquele salgadinho.
- Até para beber água é importante ter uma rotina, fique atento a isso. A água pode inibir a vontade de
comer. Não beber água, pelo menos, 30 minutos antes das refeições.
- Outra estratégia é não comer doces e salgadinhos direto do pacote, coloque em um pote
uma quantidade determinada para que não haja exagero!
- Comer um alimento de desejo de vez em quando não é o
problema, desde que isso não se torne rotina.
- Deixar frutas ao alcance da criança é uma ótima dica para incentivar a
alimentação saudável.
Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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