Especialista em
finanças pessoais explica quais mudanças foram trazidas pela IA
Atualmente, a inteligência artificial (IA) tem
ganhado cada vez mais destaque na sociedade, independentemente da área em que
esteja sendo implementada. E quando se trata do setor financeiro, a IA tem
desempenhado um papel bastante significativo e sua aplicação vem evoluindo ao
longo dos anos.
João Victorino, especialista em finanças pessoais, afirma que a IA já
atua em diversas tarefas do setor financeiro, como análise de dados, que
incluem as transações e histórico de clientes. Além disso, a IA utiliza algoritmos
de aprendizado de máquina (machine learning - um subcampo da
ciência da computação que evoluiu do estudo de reconhecimento de padrões) para
identificar parâmetros dos dados. Esses algoritmos (conjunto de instruções e
regras que um programa de computador possui para executar suas funções) podem
prever tendências de mercado, riscos de crédito, fraudes e até otimizar
estratégias de investimento.
Outro ponto de destaque é a introdução do
Processamento de Linguagem Natural (PLN - uma subárea da ciência da computação,
inteligência artificial e da linguística, que estuda os problemas da geração e
compreensão automática de línguas humanas naturais). “Para
interações com clientes e análise de notícias financeiras, a IA usa técnicas de
PLN para compreender e gerar texto. Isso é útil para chatbots,
análise de sentimentos e tradução de documentos financeiros.”, explica João.
Pode parecer que isso tudo é novidade, mas não é. A
Inteligência Artificial já é largamente utilizada em ferramentas de prevenção a
fraudes e de análise de transações arriscadas nas empresas de meios de
pagamento (cartões de crédito) e também em bancos com operações de crédito ao
varejo. A novidade é que essas soluções vão agora estar à disposição das
pessoas comuns como eu e você. Mas não se engane, as grandes corporações estão
sempre à frente, dada a capacidade de investimento em tecnologias de ponta.
Segundo o especialista, com a chegada desses
grandes avanços tecnológicos, a tendência é que as pessoas fiquem mais
empolgadas em se planejar financeiramente com a IA. Isso acontece porque fica
mais claro enxergar o panorama geral de suas finanças pessoais e verificar as
suas projeções de gastos, recebimentos e atingimento de objetivos de acordo com
cada situação particular.
No entanto, João alerta sobre a importância de
monitorar os riscos da introdução desta ferramenta, sabendo dosar os prós e os
contras. “A inteligência artificial enfrenta desafios no setor financeiro, como
questões de segurança e ética, especialmente quando se trata de tomar decisões
críticas em nome dos clientes. A regulamentação desempenha papel importante na
governança dessas tecnologias para garantir responsabilidade e transparência”,
ressalta.
Para finalizar, João Victorino
destaca as 5 mudanças mais significativas que a inteligência artificial trouxe
para o setor financeiro:
- Análise de dados mais precisa: a IA permite a análise de
grandes volumes de dados financeiros em tempo real, identificando padrões
e tendências que seriam difíceis de detectar manualmente. Isso ajuda na
tomada de decisões.
- Automatização de tarefas repetitivas: a IA pode automatizar
tarefas rotineiras, como processamento de documentos, verificação de
conformidade e conciliação de transações, economizando tempo e reduzindo
erros.
- Melhoria na detecção de fraudes: os algoritmos de IA são
eficazes na detecção de atividades fraudulentas, analisando padrões de
transações e comportamentos suspeitos em tempo real, protegendo as
instituições financeiras e os consumidores.
- Gestão de risco aprimorada: a IA é usada para avaliar e
gerenciar riscos financeiros, calculando modelos de risco de crédito e
identificando potenciais ameaças aos investimentos.
- Aprimoramento do atendimento ao cliente: chatbots e assistentes virtuais
alimentados por IA estão sendo usados para fornecer suporte ao cliente 24
horas por dia, respondendo a perguntas e auxiliando em transações
financeiras.
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