Falta de conhecimento sobre origem e composição corretas d e emagrecedores coloca em risco segurança do consumidor Crédito: Envato |
Nomes semelhantes
e falta de orientação do profissional de saúde aumentam riscos de complicações
e não garantem resultados desejados
Obesos, com sobrepeso ou apenas com alguns
quilinhos a mais. É difícil encontrar alguém que nunca tenha pesquisado na
internet por produtos para perder peso, mesmo sem consultar um profissional de
saúde. Nessa busca, é muito comum encontrar compostos tidos como naturais com
nomes de princípios ativos parecidos ou idênticos aos dos medicamentos
produzidos por indústrias farmacêuticas brasileiras e de outros países.
Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia indica
que 70% das pessoas não verificam se o produto tem registro na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de adquirir ou começar a utilizar. Um
dos riscos associados a essa prática é a falta de conhecimento sobre a origem e
a composição corretas desses produtos. “É importante adquirir produtos em
farmácias autorizadas, onde são vendidos de acordo com as regulamentações e
normas de segurança aplicáveis”, explica a pesquisadora da Prati-Donaduzzi, Amanda
Bedin. “Para um produto - seja medicamento ou suplemento - obter o registro da
Anvisa requer a conclusão de uma série de etapas que incluem a análise das
substâncias contidas, pesquisas clínicas e até mesmo a avaliação do ambiente de
produção. Isso proporciona maior segurança no uso dessas suplementações”,
complementa.
Fale com o farmacêutico
Outra advertência importante feita pela
pesquisadora é que, ao adquirir fármacos sem a indicação de um médico no caso
de emagrecimento, o diálogo com o farmacêutico é essencial para evitar casos de
interação medicamentosa.
“Esse é um alerta que vale para todos,
principalmente para aqueles que têm obesidade ou sobrepeso, já que muitas
doenças crônicas estão associadas a essas condições, como diabetes e pressão
alta”, afirma. “Alguns fármacos, como é o caso do Orlitaste, não apresentam
problemas de interação medicamentosa, com medicamentos comumente administrados
como fluoxetina, losartana, fenitoína, contraceptivos orais, fentermina,
pravastatina, nifedipina e sibutramina, como apontam estudos já
realizados. Mas existe uma maneira correta de ingeri-los. Por exemplo, pessoas
que fazem outros tipos de suplementação com vitaminas ou outros medicamentos
que requerem absorção lipídica devem dar um intervalo de pelo menos duas horas
entre os dois produtos. Essas dúvidas podem ser esclarecidas por um médico ou
farmacêutico qualificado, mas muitas vezes as pessoas não consultam um
profissional”, conclui.
Prati-Donaduzzi,
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