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terça-feira, 10 de outubro de 2023

70% das pessoas que compram emagrecedores não verificam se produto tem registro na Anvisa


Falta de conhecimento sobre origem e composição corretas d
e emagrecedores coloca em risco segurança do consumidor

Crédito: Envato

Nomes semelhantes e falta de orientação do profissional de saúde aumentam riscos de complicações e não garantem resultados desejados

 

Obesos, com sobrepeso ou apenas com alguns quilinhos a mais. É difícil encontrar alguém que nunca tenha pesquisado na internet por produtos para perder peso, mesmo sem consultar um profissional de saúde. Nessa busca, é muito comum encontrar compostos tidos como naturais com nomes de princípios ativos parecidos ou idênticos aos dos medicamentos produzidos por indústrias farmacêuticas brasileiras e de outros países.

Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia indica que 70% das pessoas não verificam se o produto tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de adquirir ou começar a utilizar. Um dos riscos associados a essa prática é a falta de conhecimento sobre a origem e a composição corretas desses produtos. “É importante adquirir produtos em farmácias autorizadas, onde são vendidos de acordo com as regulamentações e normas de segurança aplicáveis”, explica a pesquisadora da Prati-Donaduzzi, Amanda Bedin. “Para um produto - seja medicamento ou suplemento - obter o registro da Anvisa requer a conclusão de uma série de etapas que incluem a análise das substâncias contidas, pesquisas clínicas e até mesmo a avaliação do ambiente de produção. Isso proporciona maior segurança no uso dessas suplementações”, complementa.


Fale com o farmacêutico

Outra advertência importante feita pela pesquisadora é que, ao adquirir fármacos sem a indicação de um médico no caso de emagrecimento, o diálogo com o farmacêutico é essencial para evitar casos de interação medicamentosa.

“Esse é um alerta que vale para todos, principalmente para aqueles que têm obesidade ou sobrepeso, já que muitas doenças crônicas estão associadas a essas condições, como diabetes e pressão alta”, afirma. “Alguns fármacos, como é o caso do Orlitaste, não apresentam problemas de interação medicamentosa, com medicamentos comumente administrados como fluoxetina, losartana, fenitoína, contraceptivos orais, fentermina, pravastatina, nifedipina  e sibutramina, como apontam estudos já realizados. Mas existe uma maneira correta de ingeri-los. Por exemplo, pessoas que fazem outros tipos de suplementação com vitaminas ou outros medicamentos que requerem absorção lipídica devem dar um intervalo de pelo menos duas horas entre os dois produtos. Essas dúvidas podem ser esclarecidas por um médico ou farmacêutico qualificado, mas muitas vezes as pessoas não consultam um profissional”, conclui.

 

Prati-Donaduzzi,

 

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