Antes de iniciarmos vale a pena
definir que a responsabilidade afetiva é estarmos cientes de que nossos
comportamentos têm consequências sobre as emoções dos outros, sejam elas
positivas ou negativas, quando estabelecemos um vínculo com alguém. E que a
empatia é a capacidade de entender emocionalmente o que as outras pessoas
sentem, ver as coisas do ponto de vista delas, e se imaginar no lugar delas.
Essas duas ações em desequilíbrio, podem afetar toxicamente a sua vida
Estava lendo um artigo na Forbes
esse final de semana, da Prudy Gourguechon, que é psiquiatra, psicanalista nos
EUA, onde ela comenta sobre como o excesso de empatia pode ser perigoso.
Dizia: “uma liderança não pode liderar de forma eficaz sem uma capacidade
altamente desenvolvida de empatia. A capacidade de sair de sua própria
estrutura mental e se colocar no lugar de outras pessoas é essencial para uma
comunicação assertiva, gerenciamento de crises, estratégia de negócios, vendas,
marketing e relacionamentos comerciais bem-sucedidos”.
No entanto, é igualmente
importante saber quando parar de ser empático. Isso se torna tóxico quando você
começa a se envolver em problemas que não são seus, toma a dor pra si e
torna-se co-dependente e co-responsável pelo problema do outro. É preciso
também ficar atento, pois, muitas vezes, olhamos excessivamente para os outros
porque não conseguimos encarar a nossa própria realidade e sombras. Olhar para
o outro também é uma forma de se distrair das próprias questões.
Devemos
nos blindar da empatia em excesso?
Foi quando vi uma analogia
fantástica de como devemos nos blindar neste tipo de situação: “Pense
nisso como sua pele. Sua pele protege você de objetos estranhos ou produtos
químicos que podem entrar em seu corpo. Uma parede empática protege você de
perspectivas externas e das emoções dos outros que sobrecarregam seu próprio
processo mental.” , citada no artigo da Forbes.
Já parou pra pensar em quantos
problemas emocionais de terceiros você já levou pra casa?
E sabem quem mais sofre com isso?
As mulheres. Somos em maioria mais acolhedoras e muito mais propensas a nos
tornarmos dependentes dos problemas alheios. Se isso é genético, da criação ou
do mundo que nos colocou nessa posição, não nos cabe discutir, o que precisamos
entender é que acolher é necessário, mas adoecer por isso, não.
Um
dos segredos é desenvolver autoconsciência!
Quando eu entendi que a
autoconsciência era uma condição para eu sair de uma zona de manipulação,
compreendendo que o problema do outro era minha responsabilidade até um certo
ponto, comecei a desenvolver ações mais assertivas.
Autoconsciência é uma habilidade
que deve ser desenvolvida pois tomar decisões imediatas baseadas nas suas
emoções e perspectivas - é um erro, e quando você faz isso pelo outro, aí sim,
você se torna parte literal do problema. Existem pessoas que se sentem no
direito de te contar tudo o que estão pensando e sentindo. Essas mesmas pessoas
podem ser enormes drenos de energia e paralisar sua capacidade de pensar. Aqui
entra o libertador: NÃO. Nem sempre você precisa ouvir as mesmas reclamações.
Nem sempre você estará disposto. Nem sempre você precisa ser o foco da solução da
vida de alguém.
Portanto, podemos concluir que não sentir nada nos tornaria frios demais e eu não sugiro que a empatia seja desencorajada. Há momentos em que se colocar no lugar de alguém é um primeiro passo para uma ação positiva. Diante disso, estabeleça limites. Aprenda a separar os problemas de outras pessoas dos seus. Você não é obrigado a assumir o fardo de outras pessoas e antes de ser gentil com os outros, seja gentil com você.
Jéssica Simões - estrategista de LinkedIn, LinkedIn Creator, especialista em reputação de marca pessoal para lideranças, Inteligência e Gestão de Carreira, Employer Branding, Marketing de Comunidade e GhostWriter. Também é Co-Fundadora e Diretora de Relacionamento na Aster, uma empresa especializada em vendas B2B, Captação de Leads e Produção de Conteúdo, responsável por atender grandes marcas do setor da Educação e Tecnologia, com foco em fortalecimento de Cultura Organizacional.
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