O brasileiro é um empreendedor nato. E, muitos dos que empreendem aqui sonham em ver suas empresas fazendo sucesso também no exterior. Entre os mercados de maior desejo estão os Estados Unidos, graças à economia e moeda fortes. Apesar deste processo conter suas complexidades, esse é um sonho mais que possível. Contando com apoio jurídico, contábil e até da tecnologia, o processo de internacionalização de uma empresa se torna muito mais simples do que parece.
O ambiente de negócios norte-americano é extremamente
favorável à abertura de empresas brasileiras, despertando o interesse de cada
vez mais empreendedores que buscam expandir sua área de atuação e oportunidades
de renda em uma moeda mais valorizada do que o real. Em dados divulgados pelo
Ministério das Relações Exteriores em 2021, cerca de 45% dos negócios abertos
por brasileiros fora do país estavam localizados nos Estados Unidos – em um
movimento que vem crescendo consecutivamente nos últimos anos.
A linha de chegada é o sonho de muitos, mas o
processo até lá ainda gera muitas dúvidas. Afinal, abrir um CNJP no exterior é
tão burocrático quanto no Brasil? Será que é uma decisão benéfica para elevar
os lucros do empreendedor nacional? Ambas as respostas são sim, desde que
contem com a assessoria de profissionais licenciados na região e,
indiscutivelmente, invistam em sistemas de gestão robustos que permitam a
unificação de todos os dados necessários para essa jornada.
Para aqueles que estão iniciando esse processo, a
boa notícia é que não é preciso ter uma cidadania americana ou mesmo residir no
país. E, existem oportunidades para todos os segmentos de mercado, que podem
ser um comércio, indústria ou mesmo uma distribuidora, que podem ser
constituídas diretamente do Brasil – mas, que irão demandar um check list
de informações que deverão ser repassadas ao respectivo órgão estadual de onde
se deseja firmar o empreendimento, visto que nos Estados Unidos, as regras
mudam muito de um estado para outro.
No geral, os empresários que desejam iniciar um
negócio no território americano precisarão apresentar um check list de
documentos para abertura da pessoa jurídica, como por exemplo cópia do
passaporte, quadro societário da empresa no Brasil e todos os documentos para
que tenham rastreamento da estrutura. Uma vez reunidos, conseguirão dar entrada
no pedido de abertura – o qual levará entre três e cinco dias úteis para a
finalização do contrato social correspondente. Com este documento em mãos, já
será possível solicitar o Employer Identification Number (EIN), correspondente
ao CNPJ no Brasil, para, por fim, ter sua própria conta bancária americana, o
que também é essencial para trazer maior segurança e controle financeiro às
transações a serem feitas, como pagamentos das taxas demandadas.
Em âmbito mais burocrático, ao contrário da
complexidade do sistema tributário brasileiro, as empresas operantes nos
Estados Unidos arcam com um único regime: o Lucro Real. O valor de impostos a
ser pago irá variar conforme uma série de fatores, principalmente as métricas
relacionadas à estrutura corporativa a ser constituída no território e seu
estado de atuação. A maior dificuldade, na verdade, está em entender qual o
melhor formato de negócio para cada empreendedor, considerando suas metas de
expansão e de lucro.
Cada estrutura societária tem seus prós e contras
e, se perder em meio a tantas informações a serem prestadas pode ser fácil. É
justamente para evitar esse problema que entra o papel da tecnologia e, mais
especificamente, os softwares de gestão, como o ERP. Esses recursos são essenciais
para auxiliar os empreendedores a reunir, em uma mesma base, todos os dados
fiscais, financeiros, legais e tributários para seu melhor gerenciamento.
Há aqueles que tentam economizar nessa jornada e
acabam utilizando sistemas diferentes para as operações no Brasil e nos Estados
Unidos. Mas, essa será uma escolha que apenas trará mais burocracia e que,
inevitavelmente, demandará a conciliação de todas as informações em um único
sistema. Principalmente, caso algum fiscal exija a verificação destes dados
para fins de regulamentações legais, o que será muito mais fácil de ser
concedido quando agrupadas em um único software.
Abrir uma empresa no exterior pode gerar receio e
ser algo complexo, mas essa não precisa ser a realidade. Existem diversos mecanismos
que facilitam a conversa entre sistemas e ajudam na gestão destes
empreendimentos, permitindo que o empresário foque onde realmente importa: na
tomada de decisões para seu crescimento.
Cada caso demandará suas próprias necessidades,
mas, com a devida orientação de profissionais licenciados e qualificados para
essa mediação e, especialmente, o apoio irrestrito da tecnologia em todo o
processo, os empreendedores terão o braço direito que precisam para
internacionalizar sua empresa nos Estados Unidos com grande chance de
prosperidade.
Alexandra
Martins - diretora de relacionamento da H&CO EUA,
consultoria internacional de tecnologia e terceirização de serviços
profissionais.
https://www.hco.com/
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