Sociedade
Brasileira de Patologia exalta importância do Maio Cinza na conscientização
para sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos
O Maio Cinza foi recentemente criado como uma
campanha para conscientizar a população sobre os riscos e as características do
câncer cerebral. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença
corresponde a 2% dos tipos de câncer no Brasil e pode acometer crianças,
adultos e idosos. Embora raro, a difícil localização dos tumores pode
comprometer a qualidade de vida dos pacientes e impor tratamentos mais
complexos.
A Sociedade Brasileira de Patologia (SPB) alerta
que não existem medidas definidas para a prevenção específica dos tumores
cerebrais, motivo que torna ainda mais importante o diagnóstico da doença em
uma fase inicial. A detecção precoce requer atenção a sintomas e sinais como
dores de cabeça muito fortes e frequentes, alterações visuais e na fala, crises
convulsivas, sonolência, mudanças no comportamento e dificuldade de
equilíbrio.
A SBP destaca ainda o papel fundamental do médico
patologista na definição do estágio do tumor e das opções de tratamento.
Segundo Felipe D'Almeida Costa, vice-presidente para Assuntos Acadêmicos da
SBP, é o patologista quem recebe a biópsia neurocirúrgica do paciente e utiliza
métodos adicionais, como a imunoistoquímica e os testes genéticos moleculares,
para fazer o diagnóstico preciso e estratificar o risco. “Uma vez estabelecido
o diagnóstico, o paciente pode ser encaminhado para terapias adicionais, como a
radioterapia ou a quimioterapia”, explica D'Almeida Costa.
Ainda, de acordo com o patologista, é primordial
que os médicos considerem sempre a possibilidade de um tumor cerebral dentre os
diagnósticos de um paciente que tenha sintomas neurológicos. “Na maioria das
vezes esses sintomas, sozinhos, não são causados por um câncer, mas é
importante que as alterações sejam investigadas de perto”, reforça D'Almeida
Costa, que tem a neuropatologia como uma de suas subespecialidades.
Encaminhado para uma equipe multidisciplinar, o
paciente poderá ser observado de perto por neurocirurgiões, neurorradiologistas
e neuropatologistas, especialistas em reabilitação e outros profissionais que
ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente neuro-oncológico.
Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)
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