Equinos possuem
trato gastrointestinal tão delicado que os problemas digestivos podem causar
dor intensa e até provocar a morte desses animaisVictória Duarte/Unsplash
As condições de temperatura e umidade influenciam
no bem-estar animal. Os equinos são especialmente impactados pelo clima por
terem um aparelho digestório delicado. Nas regiões que registram tempo seco
nesta época do ano, os criadores devem ficar mais atentos e reforçar os
cuidados para promover a adequada hidratação de cavalos, éguas e potros.
De acordo com o médico veterinário Fabio Camargo,
que é responsável técnico de seguro de animais da FF Seguros, o período entre
novembro e dezembro costuma registrar um pico de ocorrências de cólicas em
equinos, principalmente entre aqueles que são criados em baias. “No período
mais seco, sempre temos um aumento na demanda por reembolso cirúrgico em
decorrência de complicações de cólicas nos cavalos segurados”, conta.
Seguro de equinos
É importante que os criadores possam contar com um
seguro para preservar a saúde dos cavalos, éguas e potros. O seguro de equinos
da FF Seguros oferece indenização em caso de atendimento clínico e cirúrgico de
emergência. A cobertura reembolsa as despesas com transporte, internação e
medicações, respeitando o limite máximo contratado na apólice de até R$ 30 mil,
e esse tipo de sinistro de emergência veterinária pode ser registrado até duas
vezes ao ano. A FF Seguros é líder na comercialização de seguros para equinos,
oferecendo essa modalidade de produto no Brasil desde 2013.
Sazonalmente, o tempo seco impacta na alimentação
dos animais. O trato gastrointestinal do cavalo pode sofrer com um
funcionamento mais lento e ter mais dificuldade para digerir as rações e feno
oferecidos. Com isso, há o risco de maior incidência de cólicas e outras
complicações que podem até levar ao óbito do animal. “Os animais mais velhos,
principalmente a partir dos 15 anos de idade, possuem uma dentição diferente e
costumam mastigar menos, então esses animais requerem mais cuidados com a
alimentação”, alerta o veterinário.
Diferentemente dos bovinos, os equinos não são
ruminantes, então o estômago do cavalo não apresenta diferentes compartimentos
que facilitam a digestão. Além disso, o órgão é considerado pequeno para o
porte dos equinos, com capacidade em distensão máxima de 20 a 25 litros. A
ingestão de alimentos em excesso e formação de gases podem provocar dilatação
abdominal e o cavalo não tem a habilidade de vomitar. Dessa forma, pode até
mesmo ocorrer uma ruptura gástrica.
O intestino delgado e grosso podem somar cerca de
40 metros de comprimento e são também considerados órgãos delicados. Os
alimentos podem “parar” em determinada região do intestino delgado ou grosso do
cavalo, principalmente na transição entre eles, e o órgão pode torcer ou se
deslocar. A torção intestinal é uma situação grave que provoca dor intensa e
pode requerer rápida intervenção cirúrgica. Se não for atendido brevemente, o
animal pode vir a óbito.
É fundamental buscar atendimento veterinário sempre
que houver quaisquer sinais de cólica equina. “O cavalo é muito sensível à dor.
Quando sente dor, o animal fica inquieto, olhando para a barriga ou pode até se
jogar no chão e se machucar. A síndrome cólica pode provocar diferentes sinais
de dor, o que requer a atenção do responsável por provocar sinais como
inquietação, frequência cardíaca aumentada e sudorese”, alerta Camargo. A
cólica pode ser diagnosticada rapidamente em exame clínico com um médico
veterinário, por meio de auscultação, e ser controlada com a passagem de sonda
nasogástrica e às vezes medicamentos.
Para prevenir a cólica equina, é fundamental
fracionar a alimentação, oferecendo porções menores de rações e feno por três a
quatro vezes ao dia. Também é essencial priorizar a hidratação, realizando a
limpeza do cocho e a troca de água com maior frequência durante o verão. “Os
equinos são seletivos. Se a água estiver suja, o animal não bebe, então é
importante sempre oferecer água bem fresca”, diz Camargo. Além disso, é
recomendável disponibilizar sal mineral, cujo consumo geralmente estimula o
animal a beber mais água.
Além de prejudicar a qualidade de vida e o
rendimento do animal, as cólicas geralmente lideram os casos de emergência
veterinária de equinos. Existem outras razões para as ocorrências de cólicas
como a gastrite e as infecções causadas por microrganismos. No entanto, os cuidados
com a alimentação e hidratação sempre são recomendados para prevenir problemas
de saúde principalmente durante o verão.
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