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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Mitos e verdades sobre a creatina

Muito utilizada por quem pratica musculação, esse elemento já teve a fama de ser um grande causador de retenção de líquido


A creatina é um conhecido suplemento alimentar para atletas. A substância é produzida pelo corpo e pode ser encontrada naturalmente em carnes. Usada pelas células como uma fonte de energia de ação rápida, auxilia no desempenho de treinos intensos e de força, o que a faz ser considerada um componente muito importante para vários praticantes de musculação. A dose diária recomendada é de 3 a 5g, o que é difícil de ser adquirida numa dieta comum. Por isso, muitos aderem à opção de buscá-la por outras fontes. 

Mesmo com todos os benefícios gerados ao corpo, a creatina foi, por muito tempo, conhecida por ser causadora da retenção de líquido. Segundo a nutricionista e professora do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, Flávia Ribeiro, a substância mexe com as reservas de água do corpo, dentro das células. “Muita gente acaba pensando que a retenção de líquido da creatina é que nem a causada por uma dieta desequilibrada e um consumo de água ineficiente, mas a forma que essa substância age é diferente. A verdade é que a creatina ‘puxa’ a água para dentro das células, o que as faz aumentar de tamanho, e isso é muito bom para quem busca a hipertrofia”, explica. 

Outro mito da creatina é o da falência renal. As pessoas acreditam que, pelo fato da creatina ‘puxar água’ para as células, ocorre um aumento da necessidade hídrica do corpo. “Não existe comprovação científica de dano nos rins por uso de creatina. Apesar de haver relatos de atletas consumidores de creatina com problemas nesses órgãos, isso não acontece pela substância em si, e sim porque eles não estavam bebendo água o suficiente para suprir a demanda de seus corpos. Se você bebe mais de 3 litros diários de água, não tem com o que se preocupar”, continua Flávia. 

Dos diversos tipos de creatina disponíveis no mercado, Flávia afirma que a versão monoidratada é uma das mais populares, e as alegações dessa versão ser mais fraca não são comprovadas. “As creatinas mais comuns são a monoidratada e a micronizada. A primeira passa por uma filtragem simples e leva água, o que faz sua absorção ser mais lenta, ou seja, o ganho de força demora mais para aparecer. A creatina que não é aproveitada pelo corpo é eliminada como outra substância, chamada creatinina. Lembrando que é importante consultar um profissional nutricionista antes de usar qualquer suplemento alimentar”, conclui.

 

Mário Vasconcelos

 

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