Durante a COP 26, 103 países assinaram um compromisso global que visa diminuir a emissão de metano em 30% até 2030. Pensando no impacto do acordo, a VetBR, mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do país, convidou uma especialista que trouxe algumas dicas sobre como diminuir a emissão do gás de efeito estufa na agropecuária
O aumento na concentração de gases de efeito estufa
tem sido uma pauta bastante discutida na atualidade. Gases como o dióxido de
carbono (CO2) e metano (CH4) se tornaram os grandes vilões quando se trata de
aquecimento global e consequentes mudanças climáticas. Alguns estudos revelam
que a pecuária contribui de forma significativa com a emissão de metano que é
considerado o gás orgânico mais abundante na atmosfera do planeta e que
apresenta impactos maiores do que o CO2, por exemplo. Pensando no impacto
mundial desse gás, durante a COP 26, um grupo de 103 países – incluindo o
Brasil – assinou um compromisso global que visa diminuir a emissão de metano em
30% até 2030.
Segundo Thais Goncalves Chateaubriand, agrônoma da VetBR, são diversos os setores que emitem o gás metano, mas tratando-se da agropecuária, novas tecnologias surgiram nos últimos anos e já foram adotadas para tornar a pecuária brasileira cada vez mais eficiente. “Precisamos democratizar as técnicas e os processos de produção para que todos os produtores também tenham acesso a elas. Trabalhar a alimentação do gado é a maneira mais viável para diminuir a emissão do gás de efeito estufa e obter resultados cada vez mais tangíveis”, avalia a especialista que trouxe algumas dicas que são consideradas eficazes na redução da emissão do gás.
Entre os diversos recursos que devem ser utilizados
estão a formulação da dieta que é extremamente eficiente para a redução do
metano, com utilização de capim de qualidade; foco na recuperação de pastagem
degradada; boas práticas de manejo; uso adequado de insumos. A adoção dessas
técnicas, ajudam na mitigação da emissão do gás e tornam a produção mais
sustentável.
A agrônoma alerta que o capim de qualidade é um dos
pontos mais importantes nesse processo. Mas para isso, é necessária uma análise
prévia de solo para depois seguir para o plantio e que, quando a planta estiver
com altura entre 20 a 25 cm, o adubo de cobertura deve ser feito. A aplicação
de calcário também é extremamente importante para que haja pastagens de
qualidade, já que o produto corrige a acidez do solo e fornece suprimento de
cálcio e magnésio para as plantas. Dependendo da qualidade do manejo, a
aplicação de calcário deve se repetir depois de alguns anos, mediante análise
de solo.
Outro ponto a ser destacado é o pastejo
rotacionado, ou seja, utilização de piquetes para que a rebrota do pasto seja
melhor e o controle da lotação da pastagem seja mais fácil. O ideal é que os
animais fiquem em piquetes de 3 a 4 dias e depois sejam deslocados para a nova
área marcada. A pastagem tem uma vida útil de 15 a 20 anos, se a adubação e
manejo forem feitos corretamente. Mas é importante lembrar que a reforma da
pastagem deve ser feita antes do tempo de vida útil do capim para evitar a
abertura de novas áreas e assim tornar o processo cada vez mais
sustentável.
Quer saber mais sobre o assunto? Então fique atento
porque no próximo dia 21 de junho, a partir das 19h30, a VetBR em parceria com
a Agromulher, maior plataforma de capacitação, comunicação e integração de
mulheres do agronegócio no Brasil, irá promover uma live com o tema “Emissão de
gás metano na pecuária: desmistificação e estratégias”. O
evento terá formato interativo e contará com a presença da palestrante Jéssica
Neves, zootecnista, especialista em bem-estar animal e gestão sustentável, do
pecuarista, mentor e coach do agro Artur Toledo e da Thaís Gonçalves
Chateaubriand, agrônoma e promotora de vendas da VetBR. Confira, ao vivo,
através do site a seguir https://conteudo.agromulher.com.br/vetdiversa
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