Uma pesquisa publicada pela revista científica BMC Public Health revelou que 20% das pessoas com diabetes Tipo II são portadoras da doença
O diabetes é uma doença crônica
silenciosa que, se não for controlada, afeta diretamente o sistema
cardiovascular causando diversos problemas ao organismo. No ano passado, o
Brasil registrou índice de 9,1% da população acima de 18 anos com diabetes, um
crescimento de 11,5% em relação ao ano de 2020. Os números são do levantamento
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito
Telefônico (Vigitel) e revela que aproximadamente 15 milhões de adultos no país
têm diabetes.
Os efeitos da doença atingem diversas
partes do corpo, inclusive a visão. Uma recente pesquisa publicada por uma das
mais conceituadas revistas científicas do mundo, a BMC Public Health, revelou
que 20% das pessoas com diabetes Tipo II possuem
retinopatia, que afeta a retina, causando modificações na visão, sensação de
embaçamento, podendo inclusive causar a perda da visão.
“A retinopatia
diabética é uma doença crônica e progressiva da microvasculatura da retina,
sendo uma das complicações mais frequentes causada pelo descontrole da
glicemia. Pode ser não proliferativa, no formato de microaneurismas,
hemorragias intrarretinianas e processos inflamatórios, ou proliferativa,
causando hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular. Este
tipo pode causar perda de visão grave e geralmente irreversível”, explica
Dr. Marcelo Tanabe, médico oftalmologista do departamento de retina do H.Olhos,
hospital referência em oftalmologia da rede Vision One.
Sintomas
Embora alterações na visão nem sempre
indiquem casos de retinopatia, pois alterações momentâneas na glicose podem
apresentar algum impacto na visão, é importante sempre consultar um
oftalmologista caso se perceba alguma irregularidade, pois a doença é
progressiva e qualquer problema deste tipo pode evoluir em complicações sérias
para a visão.
Sintomas como manchas, embaçamento ou
pontos escurecidos na visão devem ser investigados por meio de exames clínicos.
Lembrando que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores serão os
resultados dos tratamentos.
“A prevenção ocular é muito importante
e o check-up com oftalmologista deve ser feito anualmente para monitoramento,
pois outras doenças podem afetar a saúde ocular”, orienta Dr. Tanabe.
Tratamento
O tratamento, dependendo da fase em que
a doença for diagnosticada, pode ser sistêmico, com controle da glicemia e da
pressão arterial, com medicação e mudança de hábitos, ou por meio de tratamento
ocular, que pode incluir medicações intravítreas, como corticoides ou
antiangiogenicos, vitrectomia (cirurgia que
corrige problemas na retina e no vítreo do olho) ou fotocoagulação a laser, procedimento
simples e seguro utilizado para tratar doenças que afetam os vasos sanguíneos
na retina.
Vision One
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