Quando se acredita
apenas no que veem no Instagram, as pessoas têm grandes chances de escolher
profissionais nem sempre gabaritados. O médico cirurgião plástico e oncológico,
Dr. Wandemberg Barbosa e a social media, Rejane Toigo dão orientações sobre o
tema
As redes sociais são, na atualidade, um dos meios
mais importantes para a divulgação e potencialização de vendas de produtos e
serviços. Apesar dos benefícios gerados, também são fontes de muitos problemas
quando o assunto é a busca por profissionais de saúde e estética gabaritados.
Não raramente, as pessoas “compram gato por lebre” quando acreditam apenas no
que veem no Instagram e acabam optando por profissionais responsáveis por
procedimentos com alta possibilidade de causarem danos físicos aos pacientes.
Para evitar esse tipo de transtorno, o médico
referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa,
aconselha pacientes a selecionarem bem as informações que encontram nas redes
sociais a respeito dos profissionais aos quais desejam contar com o serviço.
“Primeiramente, evite encantar-se com a beleza da clínica e a vida pessoal do
cirurgião e procure informar-se sobre o currículo dele. A carreira dele é mais
importante do que sua estampa”, enfatiza
Nesse sentido, Dr. Wandemberg orienta que os
pacientes busquem saber se o médico é membro da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica (SCBP). Conforme o médico, essa distinção não significa que o
profissional seja infalível, mas que pelo menos passou por um filtro técnico, o
que minimizará as chances de um trabalho mal feito. Além disso, Dr. Wamdemberg
aconselha que os pacientes acessem o Currículo Lattes do médico e se inteirem a
respeito dos resultados das cirurgias previamente realizadas a partir de
depoimentos de pacientes antigos. “Fazendo essa filtragem já é possível evitar
70% de futuros problemas”, garante.
Além de informar-se a respeito do currículo do cirurgião,
Dr. Wandemberg ressalta a importância da consulta presencial com o médico. É
nela que o profissional irá informar ao paciente sobre as limitações e os
riscos da cirurgia. “Quando o paciente decide pela cirurgia estética, ele entra
em um estado de euforia psíquica, uma espécie de encantamento. Assim, é
obrigação de quem tem experiência (o médico) trazer essa pessoa para o plano
normal novamente”, diz.
Conforme Dr. Wandemberg, na consulta, o médico deve
esclarecer ao paciente, entre outros aspectos, que qualquer procedimento
cirúrgico está sujeito a complicações, como o surgimento de infecções causadas
por vírus ou bactérias, e que o resultado da cirurgia depende de vários
fatores, inclusive cicatrização – que no caso de predisposição genética o paciente
poderá desenvolver queloide. Além disso, o médico deve orientar o
paciente sobre os cuidados pré e pós-operatório e a respeito da importância de
escolher um bom hospital para a realização da cirurgia.
Para o Dr. Wandemberg, se o médico cirurgião tiver
uma boa bagagem profissional e se o paciente seguir à risca todas as suas
recomendações, as chances de ocorrerem complicações cirúrgicas diminuem
drasticamente.
Importância das redes sociais para a divulgação de
profissionais de saúde
A importância das redes sociais para a divulgação
dos serviços de profissionais de saúde na atualidade é tão grande, que segundo
a especialista em mídias sociais, produtora de conteúdo, e fundadora da Like
Marketing, Rejane Toigo, muitas pessoas têm evitado se consultar com médicos,
dentistas, nutricionistas, esteticistas etc. que não divulgam informações a
respeito de seu trabalho em canais digitais.
“Ao acreditarem ser essencial inteirarem-se mais a
respeito de como estes profissionais encaram seu ofício antes de tomar uma decisão,
possíveis clientes preenchem essa lacuna de informação principalmente por meio
das redes sociais, que se tornam assim imprescindíveis não só para quem
procura, mas para quem oferece serviços”, explica a produtora de conteúdo.
Conforme Rejane, através das redes sociais, os pacientes conseguem escolher o
médico de acordo com suas expectativas e os profissionais podem captar clientes
já mais bem informados sobre sua forma de trabalhar.
Não obstante, na hora de divulgar seus serviços no
Instagram, Youtube, ou Facebook, o profissional de saúde deve tomar alguns
cuidados, priorizando a ética e o bom-senso, de modo a minimizar as chances de
engano de futuros pacientes/ clientes. Assim sendo, a especialista em
mídias sociais sugere que o profissional opte por publicar conteúdo
majoritariamente relacionado a sua área de atuação. “Quem almeja ser respeitado
precisa falar principalmente sobre o que entende, ou seja, sobre sua profissão
e se possível fazer isso de modo científico”, orienta.
A produtora de conteúdo sugere que os profissionais
se comportem principalmente como educadores, porque, segundo Rejane, não se faz
saúde sem educação. “Educar para a saúde é o que todo profissional que atua
nessa área deve fazer em suas redes sociais. Agindo dessa forma o profissional
aproxima-se cada vez mais da comunidade e contribui de forma efetiva para a
melhoria da saúde das pessoas”, diz.
A fim de auxiliar o profissional de saúde a disponibilizar conteúdo profissional em suas redes sociais de maneira que não prejudique sua reputação, Rejane aconselha que ele busque a consultoria de um profissional. “Este será o responsável por elaborar e validar a estratégia de conteúdo relacionada às redes sociais, analisando a linha editorial e decidindo junto ao profissional quais assuntos e como eles devem ser abordados”, afirma.
Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade
de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico
formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi
médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum
tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital
Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia
milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto
padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi
responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a
trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo
de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005. Em 1998, concluiu mestrado em
Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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