Com os consumidores mais exigentes, experiências de compra variadas e mais ágeis passaram a ser um diferencial para o varejo, que tem investido em novos meios de pagamentos
Dinheiro, cartão de crédito e
pagamentos à vista ainda são práticas muito comuns no varejo, mas com a atual
realidade financeira dos brasileiros, oferecer novas experiências de pagamento
é fundamental.
Há diversas opções para inovar
nessa área, como aplicativos, cashback, pagamento via PIX, que impulsionam uma
grande mudança no setor bancário brasileiro visto que, nos últimos dez anos, o
país registrou um aumento na inclusão financeira digital.
Num movimento forçado pela
pandemia da covid-19, 85% dos brasileiros agora têm acesso a serviços
financeiros - um dos maiores aumentos da bancarização visto em décadas. Esse
cenário faz com que os consumidores priorizem experiências de compras cada vez
mais ágeis, e por essa razão, faz sentido que as empresas invistam em
diferentes meios de pagamentos.
Entusiasta dos pagamentos
digitais no varejo, Fabiano Dias, diretor de negócios internacionais da
Bitwage, considera que o comércio brasileiro tem reagido bem a essas novidades.
Tomando como exemplo o PIX, ele explica que esse será um passo que todas as
moedas terão que dar, e o Brasil saiu na frente.
1. A
CHEGADA DO PIX
A adoção do Pix é considerada
um dos maiores símbolos dessa inclusão por meio de pagamentos digitais. O
sistema de pagamento em tempo real lançado em 2020 pelo Banco Central permitiu
que mais de 40 milhões de pessoas fizessem sua primeira transferência bancária,
de acordo com o BC.
A novidade teve a curva de
adoção mais rápida entre todos os sistemas de pagamento em tempo real
pesquisados no mundo pelo Banco de Compensações Internacionais. O número de
usuários aumentou de 41 milhões para mais de 124 milhões entre novembro de 2020
e março de 2022.
Fabiano Dias explica que a
tendência é que as operações cresçam ainda mais com a ampliação das funções com
o lançamento do Pix Cobrança, Pix Débito Automático e Pix Parcelado, previstas
para este ano. Além disso, a aceitação do Pix em estabelecimentos comerciais
vem superando a dos cartões de débito e rivalizando com a dos boletos
bancários.
2. CÓDIGOS
DE RESPOSTA RÁPIDA
Nesse rol de métodos de
pagamento diferenciados e sem contato, o QR Code (Quick Response Code) permite,
entre outras funções, fazer pagamentos. Numa espécie de código de barras em
imagem que armazena informações, o QR Code pode ser lido por qualquer
dispositivo móvel que possua uma câmera, sendo assim de fácil acesso para
consumidores.
Diversas carteiras digitais,
inclusive, já disponibilizam o leitor em seu próprio aplicativo. Além disso,
Dias aponta que com o QR Code tudo se torna mais prático e o consumidor não
precisa andar com carteira.
“Está tudo no celular e é muito
mais seguro com os procedimentos de segurança corretos. Não precisa andar com
cartão, documento, e você deleta tudo do aparelho em segundos se precisar, e
sem transtornos”, diz.
3.
CARTEIRAS DIGITAIS
Os números mostram que o uso
das carteiras digitais deve ajudar a impulsionar os setores em 2022. Segundo o
relatório The Global Payments Reports, essa opção cresceu 43,5% em resposta à
pandemia, somente na América Latina.
A previsão da Bain &
Company é de que em 2022 as carteiras digitais representem 28% do mercado de
pagamentos mundial e 47% dos pagamentos em e-commerce. O serviço deve crescer
ainda mais neste ano com a adoção do Open Banking pelo Banco Central.
Apesar de um melhor controle de
suas finanças, Dias destaca que as carteiras digitais trazem um entrave para o
lojista. Treinar o time de ponto de venda, ou seja, caixas e entregadores, pode
ser um tanto complexo no início, mas em pouco tempo trará inúmeras vantagens,
como liberdade, velocidade, privacidade etc.
4.
CASHBACK
Mais do que facilitar um
pagamento, a disponibilização de cashback contribui para a fidelização de
clientes, pois se trata de uma forma de agradar e beneficiar o consumidor sem
precisar alterar o valor de nenhum produto.
Mais popular no e-commerce, o
serviço já é adotado por algumas lojas físicas, de modo que o percentual do
valor que retornará ao consumidor pode ser calculado de acordo com as condições
de cada negócio.
5.
TOKENIZAÇÃO E SEGURANÇA DIGITAL
Muito importante para a
segurança de quem compra, a tokenização contribui para a imagem de uma empresa
com um bom sistema de segurança, especialmente para o e-commerce. A exibição de
certificados de segurança transmite confiabilidade, pois trata-se de um
processo de segurança realizado para proteger as informações sensíveis dos
clientes que fazem uma transação on-line.
Em resumo, os números do cartão
de crédito são substituídos por letras e números, gerados de forma aleatória.
Embaralhados, esse código não faz sentido para hackers e fraudadores que tentem
se apossar deles. Essa camada extra de segurança pode reduzir ou até eliminar
os riscos desse tipo de operação.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/5-opcoes-para-simplificar-os-pagamentos-digitais-no-varejo
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